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30-04-2010 |
Transgênicos |
Na pauta do encontro com Michael Hansen, a saúde na mesa do consumidor |
Compromissado em esclarecer aos médicos algumas das dúvidas surgidas com o progresso científico, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), em parceria com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), realizou uma conferência com Michael Hansen (foto), cientista sênior em segurança dos alimentos da Consumers Union, a maior organização de consumidores dos Estados Unidos e do mundo. Com o tema principal Segurança dos Alimentos: O que o mundo está discutindo a respeito de transgênicos e agrotóxicos?, o Cremesp reuniu em sua sede, na tarde deste 26 de abril, além do conferencista internacional, Andrea Salazar, consultora jurídica do Idec; Letícia Rodrigues, gerente de Normatização e Avaliação da Anvisa; e Marilena Igreja Lazarini, membro do conselho diretor do Idec. A abertura do encontro foi realizada por Luiz Alberto Bacheschi, presidente da Casa, e por Marilena Lazzarini. Bacheschi expressou claramente a necessidade de informação adequada para a sociedade. “Esses são temas que os médicos não devem se afastar, uma vez que trazem impactos para a saúde da população”. Andrea Salazar (foto) ressaltou a antiga parceria entre o Cremesp e o Idec, o apoio da Consumers International e da Comunidade Europeia na vinda de Michael Hansen, lembrando a precariedade das avaliações dos riscos ambientais e alimentares dos transgênicos. Ao analisar o tema “Os impactos dos alimentos transgênicos e dos agrotóxicos para a saúde”, Hansen lembrou que os Estados Unidos não exigem uma análise de segurança dos transgênicos antes destes serem comercializados, citou os efeitos inesperados desses alimentos em pesquisas e a toxicidade de alguns pesticidas. “É preciso garantir, antes dos transgênicos irem para o consumidor final, que daqui a 20 ou 30 anos não haverá problemas”, alertou. O cientista também acredita ser essencial a rotulagem dos produtos transgênicos por dois principais motivos: “Primeiro porque o consumidor tem o direito de saber o que está consumindo e segundo para no caso de efeitos inesperados acontecerem você poder rastrear a fonte dos genes para fins médicos”, finalizou o cientista. A discussão em torno do tema abordado por Hansen foi coordenada por Isac Jorge Filho, conselheiro e coordenador da Câmara Técnica de Nutrologia do Cremesp. Na sequência, Letícia Rodrigues problematizou a situação dos transgênicos no país, relatando como são regulamentados, como é realizado o trabalho de fiscalização da ANVISA e abordou a junção das empresas de agrotóxicos e transgênicos. O evento foi encerrado com um debate, com a participação de Bacheschi, Isac Jorge, Hansen e Letícia, e dos membros da Câmara Técnica de Nutrologia, Ieda Teresinha do Nascimento Verreschi, também conselheira da casa, e Paulo de Azeredo Passos Candelária. Michael Hansen parabenizou a iniciativa do Cremesp. “É fantástico ver a comunidade médica participando deste tipo de evento”. Agradecendo a presença de todos, Bacheschi reafirmou mais uma vez o compromisso do Conselho com a sociedade: “o que realmente importa é que a população possa contar com alimentos de qualidade, que não seja enganada e que tenha a possibilidade de escolha, seja ela qual for”. |