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Notícias
14-03-2005 |
Aids no Feminino: evento foi um sucesso de público e conteúdo |
Debate realizado em 10/03, na sede do Cremesp, mostrou as dificuldades que as brasileiras enfrentam para prevenir e tratar a doença |
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Jornalista e militante na causa, Mário Scheffer mediou a discussão. Rosenthal iniciou sua participação divulgando alguns dados sobre as mulheres norte-americanas soropositivas: a maioria das portadoras do HIV/AIDS está desempregada, 50% são negras, 20% são latinas e apenas 14% estão casadas. O que mais chamou a atenção dos presentes, entretanto, foram as desvantagens femininas referentes ao tratamento da doença. De acordo com o médico, as mulheres sofrem mais efeitos provocados pelo tratamento anti-retroviral: “entre os anti-retrovirais mais tóxicos está a estavudina. Mas, para o fígado das mulheres, a nevirapina, droga comum em muitas terapias, chega a ser 11% mais tóxica. A dislipidemia também se mostra mais comum entre elas”. A dislipidemia associa-se ao aumento dos índices de colesterol e triglicérides, e é responsável pelo surgimento da lipodistrofia ou acúmulo de gorduras em partes específicas do corpo. Calligaris lembrou a extrema dificuldade de se trabalhar a prevenção nas relações amorosas: “a importância da vida de uma mulher soropositiva tem relação com a expectativa que ela tem para amar e ser desejada”. E acrescentou: “prevenção em excesso equivale ao fracasso. O discurso preventivo só é possível de ser alcançado, se o divulgador não relevar somente o cuidado à saúde, mas a preservação da vida sexual do sujeito. Ninguém consegue controlar as fantasias sexuais. Se os métodos de prevenção forem compatíveis às fantasias do casal serão utilizados, caso contrário não”. Mas, acredita que “é muito mais difícil ser mulher soropositiva, que homem soropositivo”. Brito confirmou grande parte das dificuldades encontradas pelas mulheres com HIV/AIDS e citadas no evento, lembrando sua luta pelo fornecimento gratuito dos anti-retrovirais pelo governo. Reiterando os conceitos de Rosenthal sobre os efeitos do coquetel contra a Aids nas mulheres, ela questionou: “Nós (mulheres) e as crianças utilizamos a mesma quantidade terapêutica que os homens. Será que os fabricantes dos medicamentos não percebem que somos corporalmente menores? As condições biológicas devido a este forte tratamento ficam evidentes, como pernas finas, barriga etc”. Confiante quanto ao combate feminino da doença, a ativista diz “acreditar muito nas mulheres com HIV, pois muitas, mesmo com tanto preconceito e discriminação, renascem para a vida”. Na ocasião, o Grupo Pela Vidda lançou mais uma edição dos Cadernos Pela Vidda - Mulher Cidadã Positiva. Editada pelo jornalista Mário Scheffer, aborda entre outros tópicos, tratamentos, qualidade de vida, direitos e ativismo para mulheres que vivem com HIV/Aids. Fonte: http://www.agenciaaids.com.br |
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