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Notícias
22-11-2019 |
Roda de Conversa |
Cremesp discute dificuldades cotidianas da atividade dos médicos de Araraquara e região |
O aumento da utilização do SUS decorrente do crescimento populacional, choques de gerações de médicos, poucas vagas para Residência Médica e muitos estágios, dificuldades de elaborar prontuários, falta de conhecimento administrativo e conflitos éticos decorrentes de falta de profissionais foram abordados na 5ª Roda de Conversa com o Presidente do Cremesp, Mario Jorge Tsuchiya, em Araraquara e região, no dia 18 de novembro de 2019. A reunião envolveu médicos, diretores, clínicos e responsáveis técnicos em evento no auditório da Universidade de Araraquara (Uniara). Estiveram presentes também o delegado superintendente da Delegacia Regional de Araraquara do Cremesp, Luis Eduardo Andreossi, e os delegados Ademir Roberto Sala e José Manoel Bombarda. Tsuchiya explicou que, além das funções cartorial, fiscalizadora e judicante, a nova gestão do Cremesp quer desempenhar um papel pedagógico e acolhedor. “Os motivos das sindicâncias se repetem, problemas na relação com os pacientes e familiares, desavenças entre colegas e equipe multiprofissional e violência contra os médicos. Diante da piora da assistência médica, tanto em termos de infraestrutura quanto de pessoal, o Conselho precisa orientar os médicos”, afirmou. O presidente explicou que o caminho que escolheu foi ouvir diretamente os profissionais e entender de perto seus anseios e preocupações para tentar encontrar soluções. A intenção de Tsuchiya é aproximar-se também dos futuros médicos que ainda estão nas escolas, mostrando como atua o Cremesp, já que poucos formandos conhecem seu funcionamento. “Poucos sabem que se trata de uma autarquia federal protetora da sociedade para que a profissão médica não seja desvirtuada”. Plantões Tsuchiya reforçou que o médico pode avisar com até 72 horas a ausência ao plantão, permitindo que o diretor técnico possa encontrar um colega que o substitua. E que o médico não deve abandonar o plantão, mesmo que o colega demore mais que o esperado, informando ao diretor técnico e evitando infringir o Código de Ética Médica. Ele recomendou que os médicos conheçam as regras das instituições em que trabalham. E que documentem o que não considerem correto à direção técnica e exijam mudanças, a fim de não serem coniventes com o erro. O presidente do Cremesp lembrou a todos que a melhor forma de se evitar uma sindicância é investir na empatia como base da relação médico-paciente. E que não há infração ética quando o médico documenta a precariedade a que está submetido e não se furta ao bom atendimento. Ele também mencionou o correto preenchimento do prontuário, sem uso de siglas, o que pode parecer óbvio, mas cujas falhas são constantemente observadas nas sindicâncias. Residência “Teremos mais 70 mil médicos formando-se em países das fronteiras brasileiras e uma pressão no Congresso Nacional para que não seja exigido o Revalida. Haverá ainda mais invasão da Medicina por outros profissionais da Saúde. Os avanços da Telemedicina provavelmente extinguirão, no futuro, algumas especialidades, como a Oftalmologia Clínicas, por exemplo. Além disso, haverá uma necessidade de um exame de ordem para que os formandos exerçam a Medicina, como uma exigência da sociedade”, comentou. Para ele, essas evidências deveriam contribuir para que o médico ingressasse mais fortemente na esfera política ou que tomasse mais contato com seus representantes parlamentares. “O Conselho tem vindo pedir ajuda, inclusive regionalmente, para caminhar neste sentido”. Próximos encontros A Roda de Conversa está sendo realizada em várias cidades sedes de Regionais do Cremesp, oferecendo um panorama ao Cremesp sobre as impressões, dúvidas e sugestões dos profissionais de cada região. Após Araraquara, serão visitadas as cidades de São José do Rio Preto, Santos e Marília. Foto: Osmar Bustos |