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Notícias
30-05-2011 |
Anorexígenos |
Fórum reuniu profissionais para discutir cancelamento do registro |
O cancelamento do registro de medicamentos que contêm sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol, defendido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foi debatido no dia 26 de maio, durante o Fórum Impactos da Proibição dos Anorexígenos no Brasil, promovido pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). A maioria dos presentes manifestou-se desfavorável à proibição, sob o argumento de que a medida compromete o tratamento medicamentoso da obesidade, entre outros prejuízos. Prevaleceu, entretanto, a defesa de uso racional desses medicamentos, sob controle criterioso. O evento reuniu médicos, farmacêuticos e representantes de várias instituições da saúde, e foi acompanhado pelo vice-presidente da Casa, Mauro Aranha, e pela conselheira Ieda Therezinha Verreschi. A representante da Anvisa destacou que o Brasil detêm o título de campeão de uso abusivo dessas substâncias e que faltam evidências sobre sua segurança e eficácia. “Existe desequilíbrio entre os benefícios e os riscos desse tipo de medicamento, com saldo desfavorável à saúde”, afirmou Maria Eugênia. Ela declarou que a situação é preocupante, a ponto de a agência não ter segurança de que eles possam estar disponíveis no mercado. Ao final do encontro, após algumas questões levantadas pela plateia e, outras, enviadas para a representante da Anvisa, ficou pré-estabelecido que será agendada uma data para a elaboração de um documento conjunto (Anvisa, CRM e CRF) que norteará os próximos passos com relação à prescrição e dispensação de medicamentos para o tratamento da obesidade. Mauro Aranha agradeceu a presença de todos e a oportunidade de ter acompanhado debates sobre o tema, enfatizando que a Casa se mantém aberta para as discussões técnicas e éticas, também, de outras situações que envolvam a saúde pública. "O Cremesp não é um órgão de classe, representa a sociedade civil com enfoque ético, demonstrando grande interesse pela saúde da população", garantiu o vice-presidente da Casa, acrescentando que "embora o Estado tenha a obrigação de zelar pela segurança da saúde da população e algumas medidas que lhe cabem tomar sejam necessárias, é preciso estar atento para que não sejam cometidos equívocos que possam vir a prejudicar os pacientes". Para Ieda, o debate de ideias entre a mesa e a plateia sobre um tema polêmico, como a proibição dos anorexígenos, engrandeceu o Cremesp pela brilhantez técnica dos participantes. Maria Eugênia reiterou a disposição da Anvisa na continuidade das discussões sobre o tema com as entidades médicas e farmacêuticas, reafirmando a importância deste contato permanente entre a Agência, as entidades e a sociedade para garantir a saúde dos pacientes. Pedro Menegasso parabenizou o Cremesp pela iniciativa e a Anvisa pela oportunidade de discussões e do debate em nome da segurança dos pacientes e da população. |