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CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
O PCCS da Prefeitura de São Paulo, por Henrique Carlos Gonçalves, presidente do Cremesp


ENTREVISTA (JC pág. 3)
Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2007, o geneticista Oliver Smithies, fala sobre células-tronco


ATIVIDADES 1 (JC pág. 4)
Módulos de Atualização Médica do Cremesp: público recorde confirma importância da iniciativa


ATIVIDADES 2 (JC pág. 5)
Homenagem a médicos com 50 anos de dedicação integral à Medicina chega ao interior


ATIVIDADES 3 (JC págs. 6 e 7)
Cremesp lidera Ato Público pela aprovação do PL-2733, que restringe a propaganda de cerveja na TV


ESPECIAL
Aprovação do PCCS vem de encontro às reportagens especiais do Cremesp sobre salários dos médicos no município


GERAL 1 (JC pág. 10)
Em Opinião de Conselheiro, José Henrique Vila aborda o transplante cardíaco


GERAL 2 (JC pág. 11)
Vida de Médico: conheça porquê um ortopedista de Ribeirão Preto é destaque desta edição


IND. FARMACÊUTICA (JC pág. 12)
Na série Medicina & Indústria Farmacêutica, em foco a propaganda de medicamentos e o ensino médico


GERAL 3 (JC pág. 13)
Na coluna dos conselheiros do CFM, o periódico Bioética e a linguagem médica são temas de Clóvis Constantino e Isac Jorge, respectivamente


ALERTA ÉTICO (JC pág. 14)
Tire suas dúvidas sobre questões que envolvem dependência química e consumo de drogas ilícitas


GERAL 4 (JC pág. 15)
Reuniões do Clube do Fígado seguem com sucesso todas as primeiras terças-feiras do mês


HOMENAGEM (JC pág. 16)
Homenagens pelo Dia da Mulher lembram médicas de ascendência japonesa que atuam no Estado


GALERIA DE FOTOS



Edição 247 - 04/2008

GERAL 2 (JC pág. 11)

Vida de Médico: conheça porquê um ortopedista de Ribeirão Preto é destaque desta edição


Quebrando barreiras


Antonio Santos, o  dr. Niltão

Ortopedista de Ribeirão Preto, mesmo cego, nunca pensou em deixar a profissão

Durante discussão clínica realizada em congresso de Bioética sediado em Ribeirão Preto, um participante chamava a atenção por seu apego às minúcias do caso. Queria saber detalhes do histórico da paciente, empregada doméstica que havia dado em adoção seu filho recém-nascido à patroa que não podia engravidar. Quantos anos tem a mãe biológica? É seu primeiro bebê? O colega ginecologista obteve elementos que levassem a suspeitar de pressão sobre a atendida? Estas perguntas constavam do rol de preocupações deste médico, após rápido (e eficiente) retrospecto mental.

A concentração e sensibilidade de Antônio José da Cruz Santos – conhecido com dr. Niltão na cidade onde mora, Ribeirão Preto, local onde se graduou em Medicina, pela USP – têm razão de ser: hoje com 60 anos, o médico ficou cego em 1979, época em que passava pela residência médica em Ortopedia. “Eventualmente fazia plantão na cidade de Porto Ferreira, há 85 quilômetros de Ribeirão. Sofri o acidente em uma dessas ocasiões, ao ser fechado por um caminhão tipo Romeu e Julieta (com duas carrocerias interligadas), na rodovia Anhanguera”, lembra.

Na época, já estava casado e era pai de um menino e uma menina – o mais velho, com três anos de idade. “Meu terceiro filho, hoje professor de Educação Física, nasceu treze dias após o acidente, um dia depois que saí do coma”, conta, emocionado. Desistir da profissão por conta da nova realidade? Nunca passou pela cabeça do dr. Niltão.

Volta por cima
“Não podia deixar que a depressão por conta daquela fatalidade me fizesse desistir da carreira. Pensava na confiança depositada em mim pela família. Também queria manter o sonho de ser um exemplo de vida aos filhos”. Por isso, o dr. Niltão continuou. E fez bonito: ao terminar sua residência, prestou concurso (e foi aprovado) no Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão, e, em 1989, concluiu sua segunda especialidade, a Fisiatria.

O médico começa o dia de serviço bem cedo, por volta das 7 horas, e atua em múltiplos empregos. Além de sua função no HC, trabalha no Núcleo de Gestão Assistencial do Ambulatório de Especialidades da Prefeitura de Ribeirão Preto; e em consultório particular. Locais, aliás, em que conta com a total confiança dos pacientes – sempre previamente avisados de que serão atendidos por um profissional cego. Segundo ele, como desenvolveu mais os sentidos do tato e da audição como mecanismo compensatório, consegue estabelecer uma ótima relação médico/paciente. “Procuro conversar bastante com os atendidos, além de tocá-los, o que os leva a se expor, se sentir mais livres para se abrir durante as consultas”, comenta.

Isso não quer dizer que o dr. Niltão não tenha enfrentado situações até cômicas, no desempenho de sua função. Com seu jeito bem-humorado, conta: “Outro dia, atendi uma senhora que tinha lesão no joelho esquerdo. Ao apalpar o direito para fazer a comparação com o outro saudável, ela me advertiu: ‘joelho errado, doutor’”.

Se em meio aos pacientes a “limitação” do dr. Niltão é considerada qualidade, nem sempre o mesmo ocorre em relação aos seus pares. “Já senti certo cerceamento quando alguns colegas percebem que não enxergo, situações nem sempre claras”, lamenta.

Eventuais discriminações não se justificam. Como qualquer (bom) médico, empenha-se em constante atualização. Para tanto, desenvolveu seus próprios métodos: por exemplo, costuma gravar os congressos e cursos dos quais participa. Manda traduzir e, depois, solicita que sua secretária relate o conteúdo de artigos publicados em revistas científicas estrangeiras.

Identificar problemas e su¬perá-los da melhor forma possível parecem ser as marcas do dr. Niltão. Quando perguntado se classifica como “pequenos” – em relação ao seu – problemas recorrentemente mencionados por colegas (baixos honorários, horas excessivas de plantão etc), responde com uma negativa. “Problemas são problemas, o tamanho varia, de acordo com o ponto de vista de quem os vivencia”, ensina.


Senado aprova EC-29


Desiré (à esq.) conversa com o deputado Rafael Guerra

Regulamentação da Emenda é aprovada por 58 votos favoráveis e apenas um voto contrário

O Senado aprovou em sessão especial, no dia 9 de abril, o projeto de lei complementar da EC-29, que prevê o comprometimento dos orçamentos dos Estados e dos municípios com saúde, em 12% e 15%, respectivamente, de suas receitas correntes brutas.

No que diz respeito aos repasses da União, os percentuais de transferência para a saúde pública, calculados com base no orçamento do ano anterior, mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) nominal, serão os seguintes: 8,5% em 2008; 9% em 2009; 9,5% em 2010; 10% em 2011.

A proposta fixa ainda critérios mais rígidos para a aplicação dos recursos da saúde, definindo o que são ações e serviços de saúde, impedindo, por exemplo, que recursos já vinculados pela Emenda 29 sejam gastos por prefeitos e governadores em programas como restaurantes populares e asfaltamento.

Apesar de terem apoiado a aprovação do projeto, os governistas prometem reabrir as discussões sobre a matéria na Câmara. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), fez ressalvas ao texto e disse que não se podem aumentar as vinculações do Orçamento Geral da União (OGU) com gastos específicos.

A Frente Parlamentar da Saúde da Câmara dos Deputados estava no Plenário do Senado para pressionar suas respectivas bancadas a aprovar a matéria.

Pela manhã, no plenário no Senado, houve a solenidade pela passagem do dia internacional da Saúde, onde lideranças dos diversos partidos discorreram sobre os problemas da saúde no Brasil, acabando por motivar os Senadores no sentido da aprovação do projeto de lei, por 58 votos a favor e um contra.

O Cremesp esteve presente na sessão que apreciou a matéria,  representado pelo conselheiro e diretor jurídico, Desiré Carlos Callegari, que avaliou a votação como “histórica para o movimento médico, pois irá beneficiar a população usuária do SUS, através do aumento de recursos, o que certamente irá beneficiar também o trabalho e a segurança do exercício da Medicina no setor”.

As entidades médicas devem agora concentrar esforços na Câmara dos Deputados, para referendar a aprovação da Emenda.

Médicos peritos do INSS

Entidades médicas entregam ofício ao ministro da Previdência por melhoria das condições de trabalho

O Cremesp, representado pelo seu diretor Jurídico, Desiré Carlos Callegari, também Coordenador do Grupo Permanente de Mobilização dos Médicos Peritos, participou de audiência especial com o ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, em 9 de abril. Na ocasião, foram encaminhadas ações que garantem a segurança para o exercício pleno dos médicos peritos.

Além de Desiré Callegari e do Presidente do INSS, Marco Antonio de Oliveira, estiveram presentes ao encontro: Jarbas Simas, José Erivalder Gomes de Oliveira, Guiomar Silva Lopes, Ricardo Abdou, Antonio Carlos Benedetto e Enrico Supino



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