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CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
Escolas médicas: é preciso suspender, temporariamente, a abertura de novas e estruturar as já existentes


ENTREVISTA (JC pág. 3)
Entrevista exclusiva com o ministro da Saúde sobre o PAC da Saúde e outros temas de interesse para a classe médica


ATIVIDADES (JC pág. 4)
Destaque especial para a realização do Seminário Periculosidade e Transtorno de Personalidade, dias 29/03 e 05/04


ATUALIZAÇÃO (JC pág. 5)
Programa de Educação Médica Continuada tem agenda movimentada na capital e no interior


ENSINO MÉDICO (JC pág. 6)
Cursos de Medicina: nova regulamentação deve passar por votação na Câmara dos Deputados


SALÁRIOS (JC pág. 7)
O levantamento do Cremesp sobre a (péssima) remuneração dos médicos no Estado continua...


ESPECIAL (JC pág. 8)
Acompanhe uma síntese das conclusões de pesquisa inédita do Cremesp sobre as especialidades médicas no Estado


ARTIGO (JC pág. 10)
A atenção ao portador de doença grave, aguda ou crônica, na visão de dois experts no tema


GERAL 1 (JC pág. 11)
Pesquisa realizada pela Uniad traz dados estarrecedores sobre embriaguez no trânsito das cidades e nas estradas


INDÚSTRIA (JC pág. 12)
Médicos e Indústria Farmacêutica discutem a relação, que passa por um período de amadurecimento...


GERAL 2 (JC pág. 13)
Conheça as novas resoluções do Conselho Federal de Medicina que beneficiam médicos e a população


ALERTA ÉTICO (JC pág. 14)
Laqueadura: acompanhe e esclareça algumas dúvidas, comuns aos médicos, sobre a realização do procedimento


GERAL 3 (JC pág. 15)
Entre as atividades realizadas pelo Cremesp neste mês, merece destaque a fiscalização do HSPE, em parceria com o Ministério Público Estadual


HISTÓRIA (JC pág. 16)
Hospital São Luiz Gonzaga e Hospital Padre Bento: a evolução histórica e marcante destes leprosários, hoje hospitais gerais


GALERIA DE FOTOS



Edição 246 - 03/2008

GERAL 1 (JC pág. 11)

Pesquisa realizada pela Uniad traz dados estarrecedores sobre embriaguez no trânsito das cidades e nas estradas


BEBIDAS NAS ESTRADAS

Pesquisa realizada por Ronaldo Laranjeira e Sérgio Duailib – médicos e pesquisadores da Unidade de Pesquisa de Álcool e Drogas (Uniad) da Unifesp – envolvendo quase cinco mil testes de bafômetro em cinco cidades brasileiras, entre 2005 e 2007 – revela que a maioria dos homens jovens, solteiros e com renda familiar entre quatro e sete salários mínimos bebe antes de dirigir um automóvel. Quando comparado aos motoristas dos EUA e da Europa, em média os brasileiros bebem cinco vezes mais. Dos 4.661 motoristas abordados e convidados a participar da pesquisa, 19,3% apresentavam níveis de álcool no sangue acima do permitido por lei, conforme constatado nos testes com bafômetro, e em quase 30% dos motoristas a embriaguez era óbvia.

Conforme a pesquisa, 48% dos motoristas embriagados já se envolveram em acidentes no trânsito. Segundo os autores, vários estudos mostram o risco de dirigir sob o efeito do álcool, mesmo que os níveis no sangue sejam considerados baixos. “As bebidas alcoólicas podem reduzir a visão noturna em 25%, e os reflexos entre 10% e 30%”, afirmam.

Estimativas da OMS levantadas a partir de pesquisa apontam que, no ano de 2020, os acidentes de trânsito serão o maior problema de saúde pública do mundo. Em 2002, a OMS registrou 1,2 milhões de mortes e 50 milhões de feridos. Sendo que 90% de todas as ocorrências foram registradas em países subdesenvolvidos.

Proibição nas rodovias
Numa tentativa do governo de reduzir o consumo de álcool pelos motoristas, desde 1º de fevereiro passou a vigorar a proibição da comercialização de bebidas alcoólicas em rodovias federais, por meio da Medida Provisória nº. 415, aprovada no dia 21 de janeiro. Estima-se que cerca de 150 mil brasileiros dirigem após ingerir de quatro a cinco doses de bebida alcoólica diariamente.

Pela MP, fica proibida a comercialização de qualquer bebida alcoólica que tenha em sua composição um grau de concentração igual ou acima de 0,5 grau Gay Lussac, medida que expressa graduação alcoólica das bebidas. Caso a lei seja violada, será aplicada uma multa de R$ 1.500,00  e, quando houver reincidência, a multa será aplicada em dobro, e a autorização para o acesso à rodovia será suspensa por dois anos. Além disso, os estabelecimentos comerciais que estão às margens das rodovias deverão afixar avisos, em locais visíveis, indicando a proibição. Caso contrário, a multa será de 300 reais.     
   
A responsabilidade pela fiscalização é da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e, segundo Laranjeira, essa ação é imprescindível para que a medida seja eficaz. “Se não houver fiscalização vamos continuar contando os mortos, principalmente nos feriados, quando o número de acidentes por esse motivo é considerável”, afirmou.

Proibido fumar!
Depois da Irlanda, Itália, Grã-Bretanha e Espanha, a Europa conta agora com a França, Portugal e Alemanha na proibição do fumo em lugares públicos. Na França a lei começou a vigorar no dia 1º de janeiro e, no mesmo dia, a Alemanha estendeu o decreto de 11 para 16 estados federados. Quem não respeitar a nova lei, vai pagar multa de até 750 euros (comerciantes) e 450 euros (clientes). O objetivo do governo francês é reduzir o número de mortes ligadas ao cigarro e proteger os fumantes passivos.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, cinco mil pessoas morrem ao ano por exposição involuntária ao tabaco. No último dia 13, o prefeito de  São Paulo, Gilberto Kassab, alterou a lei 10.862 – mais conhecida como a lei antitabagismo – e instituiu a proibição de fumar charuto até nas áreas reservadas para fumantes em bares, restaurantes e lanchonetes, mesmo as que estão ao ar livre.

Vida de Médico
Tudo em três quarteirões

Com três empregos,  pneumologista explica como faz para driblar o relógio e ficar mais tempo com a família

Uma das maiores dificuldades na vida do médico pneumologista Nelson Morrone Júnior, 43  anos, é conciliar profissão e convívio com a família. “Sou casado com médica e ambos possuímos mais de um emprego”, afirmou. Mas para dar conta de tantos compromissos, ele não poupa esforços. “Faço de tudo para ficar com a família, então transferi todo o meu horário para o dia, assim às 17h estou livre e posso buscar meus filhos na escola e ter uma convivência maior com eles”, conta.

Ao todo são três empregos. No período da manhã, desde 1994, ele trabalha como pneumologista numa instituição filantrópica, a Sanatorinhos. “Tem pessoas que eu acompanho desde que saí da residência, e vale muito a pena, talvez não em termos monetários, mas nunca deixaria esse lugar, porque foi lá que cresci como médico, embora o trabalho seja bastante sacrificante”, explica Morrone. Também pela manhã, trabalha no Hospital Ipiranga, e considera o contato diário com residentes muito positivo. “De certa forma, somos obrigados a estar sempre nos atualizando”.

No período da tarde, Morrone se dedica ao “Programa de Saúde da Empresa”, um projeto do Sesi, existente há seis anos, focado em medicina preventiva para hospitais que atendem à indústria. O objetivo é tentar ensinar pessoas saudáveis a mudar o estilo e as atividades de vida para se prevenir de doenças. “Após uma observação de um paciente, percebi que muito do que os próprios médicos falam para melhorar a qualidade de vida das pessoas, não é feito nem por nós mesmos”, ressaltou.  “Considero-me privilegiado porque consigo resolver todo o meu trabalho em três quarteirões. Faço tudo a pé. Esse negócio de ficar andando pra lá e pra cá de carro é estressante e nos tira horas do dia, horas de estudo, horas de lazer e convívio com a família”, avalia.

Diariamente Morrone tem de lidar com casos de tuberculose, que embora atualmente seja uma doença curável, apresenta risco de contágio. Ele afirmou que em função disso, os casos da doença em japoneses ainda são alvos de preconceito por parte da sociedade. “Muitas famílias proíbem até a pronúncia do nome tuberculose. Por exemplo, num casal de noivos, a família da noiva não pode saber que o noivo tem tuberculose, porque senão não tem casamento”, diz.

Morrone nasceu em São Paulo e se formou na antiga Faculdade de Ciências Médicas de Santos, hoje Centro Universitário Lusíada (Unilus), em 1989. Fez residência em clínica médica no Hospital Ipiranga e se especializou em pneumologia no Hospital do Servidor Público Municipal em São Paulo. Em sua opinião, o começo da profissão é difícil e todos pecam pela falta de experiência. “Muitas vezes o paciente que vai procurar o médico finge ser um doente grave e, no final, o que quer mesmo é só um atestado. Outras vezes a pessoa fala que não sente nada, mas chega com uma doença grave; e tem até casos de pacientes idosas que recusam o atendimento de médicas residentes”.

Ao longo de quase 20 anos de experiência, Morrone acredita que “o poder da cura não está nas mãos do médico, mas temos que tentar diminuir o sofrimento da pessoa que está lá conosco”.

Para ele, que herdou o ofício do pai, pensar na profissão como forma de assistir ao ser humano é imprescindível para gostar da medicina. Apesar disso, ele enfatiza que a atividade do médico está cada vez mais difícil. “Meu pai sempre conta que por mais que fosse humilde ou ignorante, a pessoa sempre saía do consultório agradecendo, o que hoje em dia está se tornando cada vez mais raro”. Além disso, adverte; “hoje o médico faz parte da classe média proletária, e trabalha muito, o que pode prejudicar a qualidade e o atendimento”.


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