CAPA
EDITORIAL
Apoio à mobilização dos médicos residentes: CRM acompanha crise nacional
ENTREVISTA
Acompanhe o encontro com Clilton Guimarães dos Santos, Promotor Público do Estado
ATIVIDADES DO CREMESP 1
Terminalidade de Vida: resolução é publicada no Diário Oficial da União de 28/11
ATIVIDADES DO CREMESP 2
Recadastramento dos médicos: imprescindível parz evitar a atuação de falsários
AVALIAÇÃO
Segunda fase do Exame do Cremesp foi realizada em 05/11, com prova prática
MOVIMENTO MÉDICO
A crise dos médicos residentes de todo o país que lutam pela qualidade da especialização
PUBLICIDADE MÉDICA
Já foram realizados 12 Fóruns sobre ética em publicidade médica, com resultados promissores
ATIVIDADES DO CREMESP 3
Congresso de Bioética em Ribeirão Preto: reflexão ética sobre desafios da modernidade
MEDICINA E JUSTIÇA
Ações judiciais p/garantir medicamentos focam a prescrição médica
GERAL - CURTAS
Anti-retrovirais: Cremesp participa de plenária pública sobre Lei Federal 9313/96
ACONTECEU
Acompanhe as atividades dos diretores e conselheiros no mês de novembro
ALERTA ÉTICO
Alerta Ético: dúvidas e respostas para abandono de paciente e transferência de atendimento
GERAL - CURSOS
Destaque p/a criação de rede internacional p/tratamento de dependentes
HISTÓRIA
Iamspe: acredite, recebe mais de 3 milhões de pacientes
GALERIA DE FOTOS
AVALIAÇÃO
Segunda fase do Exame do Cremesp foi realizada em 05/11, com prova prática
Realizada a prova prática do Exame do Cremesp
Teste é opcional, mas aprovados receberão certificado que poderá ser útil no currículo pessoal e no mercado de trabalho
Um aparato de informática – formado por 115 computadores, programas sofisticados e estações multimídia – foi utilizado na realização da segunda fase do Exame do Cremesp, em 5 de novembro, no prédio das Faculdades Integradas Cantareira, no bairro do Belém, na capital paulista. Dos 710 alunos do sexto ano de Medicina do Estado de São Paulo que fizeram a primeira fase, 427 se habilitaram para a prova prática e 265 a fizeram. O exame é experimental, opcional e gratuito. Não é um pré-requisito para a habilitação do médico ao exercício profissional da medicina. Os aprovados receberão um certificado, que poderá ser útil no currículo pessoal e no mercado de trabalho.
Os alunos foram divididos em quatro turmas que tiveram, respectivamente, 45 minutos para responder a 40 questões com imagens que simulavam um atendimento real nas áreas de Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia Geral, Clínica Médica e Bioética.
Se o aluno acertasse a questão na primeira tentativa recebia a pontuação máxima por ela; se na segunda tentativa, recebia 50%; na terceira, 25%; e na quarta não pontuava. As provas de cada aluno eram acompanhadas on line pela equipe de coordenação, inclusive em relação a qual tentativa correspondia o acerto da questão. O tempo levado para cada uma das respostas também era medido, entre outras informações que gerarão uma planilha. O objetivo é subsidiar a análise do grau de dificuldade ou facilidade da prova, principais falhas e acertos, entre outros itens, para aperfeiçoar o Exame do próximo ano.
A primeira etapa do exame foi realizada no dia 22 de outubro, constando de 120 questões cognitivas que priorizaram áreas mais comuns da medicina: Pediatria, Ortopedia, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia Geral, Clínica Médica, Saúde Pública, Saúde Mental, Bioética e Ciências Básicas. A prova teórica foi realizada em 14 cidades do Estado e a prova prática apenas na Capital.
Este é o segundo ano de realização do exame. Em 2005, a avaliação constatou deficiências, por exemplo, nos diagnósticos e condutas em emergência, como nos casos de infarto e traumas. Também foi muito baixo (17%) o índice de acertos referente ao adequado preenchimento do atestado de óbito. E muitos dos participantes não acertaram questões relacionadas a atendimento ao parto.
Participação
Antes de entrar na sala para fazer a prova prática, cada turma de alunos – reunida em um auditório – ouvia uma preleção a respeito do exame e as boas vindas e agradecimentos do coordenador da Comissão do Exame do Cremesp, conselheiro Bráulio Luna Filho. “Pretendemos melhorar a formação dos médicos, pois o Conselho não pode interferir nas decisões internas das faculdades, mas é ele o responsável pelo exercício ético da Medicina; a participação de vocês é fundamental, pois com os resultados do exame vamos dialogar com as várias escolas”, afirmou Bráulio aos participantes. Esclareceu que “não haverá pressão nenhuma em relação a vocês, que terão seus diplomas normalmente, mas as faculdades que não forem bem no Exame precisarão melhorar a qualidade de sua graduação”.
CRM´s de outros Estados
Assim como na primeira fase, em 22 de setembro, conselheiros dos CRM´s do Pará e do Espírito Santo acompanharam, como observadores, a prova prática do Exame do Cremesp.
O representante do CRM do Pará, desta vez, foi o conselheiro Teiichi Oikawa. “A prova foi muito bem elaborada e acredito que alcançou o objetivo do Cremesp. A avaliação prática só faz somar à primeira fase da avaliação, mas o grande problema dessa prova é o alto custo operacional. No Pará, vamos continuar a discutir a avaliação com todos os setores envolvidos e acredito que estamos levando subsídios bons através dessa visita”, informou Oikawa.
Para o diretor do CRM do Espírito Santo Ricardo Cristiano Leal da Rocha, que esteve presente durante a realização da primeira fase, “as 40 questões foram muito bem elaboradas e estão dentro do mínimo que se espera de conhecimento prático do formando de medicina nessas áreas específicas; elas têm um grau de dificuldade que, se desconhecido pelo aluno, mostra que ele realmente está muito despreparado para atuar como médico”.