CAPA
EDITORIAL
Dia do Médico: emoção e carinho aos profissionais com mais de 50 anos de profissão
ENTREVISTA
Nosso convidado é Mário Tsuchiya, médico perito da Previdência Social e do IML
ATIVIDADES DO CREMESP
Recadastramento dos médicos paulistas: todos serão chamados até março de 2007
EXAME DO CREMESP 2006
Cremesp realiza, pelo segundo ano consecutivo, avaliação dos sextanistas de Medicina
DIA DO MÉDICO 1
Teatro Municipal foi palco de homenagem especial aos médicos com mais de 50 anos de profissão
DIA DO MÉDICO 2
Cremesp, APMs do ABC e Unimed/ABC homenageiam médicos da região em noite de gala
DIA DO MÉDICO 3
O Jornal do Cremesp mostra sonhos e desejos de médicos que amam sua profissão
ATUALIZAÇÃO
Estamos preparados, de fato, para "receber" a gripe aviária no país?
PREVIDÊNCIA
Aposentadoria: benefícios cada vez menores e serviços cada vez piores. Qual a saída?
ACONTECEU 1
Acompanhe a participação do Cremesp em eventos relevantes para a classe médica
ACONTECEU 2
Confira as atividades de diretores e conselheiros em eventos ligados à Saúde
ALERTA ÉTICO
Esclareça suas dúvidas sobre quebra de sigilo profissional
GERAL
Os melhores destaques para o crescimento e atualização profissional estão reunidos aqui
HISTÓRIA
Confira a trajetória do HC da Unicamp, referência para mais de 5 milhões de habitantes da região
GALERIA DE FOTOS
HISTÓRIA
Confira a trajetória do HC da Unicamp, referência para mais de 5 milhões de habitantes da região
HC da Unicamp: o hospital do Interior
Referência para mais de cinco milhões de habitantes, o hospital dedica-se integralmente ao SUS, além de desenvolver ensino e pesquisa de alta qualidade
Um hospital macrorregional, que atende 42 municípios em torno de Campinas, e é referência para 90 municípios na área de câncer. Assim é o Hospital de Clínicas da Unicamp. Com atendimento feito 100% pela rede SUS (2/3 de suas verbas são provenientes da Unicamp e 1/3 do SUS), todos os pacientes acolhidos no HC passam antes por diagnósticos nas unidades do SUS e somente seguem para o hospital depois de constatada a necessidade de tratamento mais sofisticado.
Seu atendimento é caracterizado por um perfil terciário e quaternário de alta complexidade, como politraumatismos, enfartos, acidentes vasculares cerebrais (AVC), traumatismos crânio-encefálicos (TCE), vítimas de violência por arma de fogo e arma branca, queimaduras e outros acidentes graves, cujos tratamentos requerem altas tecnologias.
“Nosso ponto forte é a qualidade do corpo clínico, que é muito competente; todos os médicos atuantes na região, já fizeram residência, estágio, ou se formaram aqui”, enfatiza o superintendente do HC, Luiz Carlos Zeferino (foto). “O hospital surgiu da necessidade de um local próprio para o ensino da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp”, diz Zeferino.
A faculdade foi criada em 1963, instalada provisoriamente na Maternidade de Campinas e depois transferida para a Santa Casa de Misericórdia da cidade. Com a expansão da Universidade, na década de 70, ficou definida a construção do Hospital de Clínicas da Unicamp, que começou a ser erigido em 1980. Entre avenidas desertas, com canaviais por todos os lados, estradas empoeiradas e cheias de lama, foram chegando os primeiros ônibus para o atendimento ambulatorial.
Assim, em 10 de outubro de 1985, o hospital foi inaugurado. “Naquele ano, todas as atividades que estavam na Santa Casa passaram para as novas instalações e o convênio com a Santa Casa foi cancelado”, conta Zeferino. Nesses primeiros anos de sua história, o hospital priorizou a implementação de um sistema de transplantes (rim, fígado e medula óssea), que se tornou sua marca mais forte.
Atualidade
Com uma área de 65 mil metros quadrados, divididos em sete blocos, o hospital atualmente conta com mais de três mil funcionários, e atende a cerca de 900 alunos, entre os cursos de Medicina, Enfermagem, Fonoaudiologia e Farmácia. A instituição tem capacidade para 403 leitos, em 44 especialidades que se dividem em 580 subespecialidades para o atendimento de quase 500 mil pessoas por ano.
Ao todo, o complexo hospitalar compreende mais cinco unidades de serviço além do Hospital de Clínicas: o Centro de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp (Hemocentro), que se destaca na pesquisa em hemoterapia e hematologia; o Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) – com ponto forte no atendimento ao câncer, sendo o terceiro no ranking da Fundação Oncocêntrica de São Paulo como o serviço universitário que mais atende câncer no Estado de São Paulo; o Centro de Diagnóstico de Doenças do Aparelho Digestivo (Gastrocentro), com destaque para a endoscopia, e o Hospital Estadual de Sumaré, que possui um perfil secundário e atende nas quatro especialidades básicas (clínica médica, cirurgia geral, pediatria e gineco-obstetrícia). É também uma unidade nova, voltada para alunos de graduação, pós-graduação e residência; trata-se de um hospital microrregional, que atende quatro municípios: Santa Bárbara, Sumaré, Hortolândia, Monte Mor e Nova Odessa.
Humanização
Desde 1999 o HC vem desenvolvendo programas para tornar o ambiente mais “humano”. O objetivo é disseminar uma cultura de humanização no atendimento ao paciente e melhorar as condições de trabalho para os profissionais. Como medidas práticas, buscou-se melhorar a comunicação entre o HC e a Faculdade de Ciências Médicas e estimular os funcionários do pronto-socorro a discutir dificuldades, relações e papéis profissionais.
Na área de pesquisa, destacam-se a experimentação de novos medicamentos, a pesquisa genética e estudos na área de bioquímica. Um dos projetos em curso prevê a duplicação do total de cirurgias cardíacas e vasculares realizadas. “Este projeto já foi encaminhado ao Ministério da Saúde e só estamos aguardando o financiamento. Hoje fazemos 660 cirurgias por ano e nossa meta é chegar a 1.600”, revela Zeferino.