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CAPA

EDITORIAL
O exercício da Medicina: qualidade versus quantidade


ENTREVISTA
Cláudio Luiz Lottenberg, novo secretário municipal da Saúde de São Paulo


CONSELHO
Destaques: encontro dos CRMs Sul e Sudeste será no Espírito Santo


MOVIMENTO MÉDICO
Lei Estadual pode implantar a CBHPM


MOBILIZAÇÃO
Ato contra a Medida Provisória 232


ENSINO MÉDICO
Revalidação de diploma: Cremesp repudia acordo entre Brasil e Cuba


ESPECIAL: Série SUS
O acesso aos medicamentos pela população brasileira


RESOLUÇÃO
A revalidação dos títulos de especialistas


GERAL
Conselhos em Sintonia


ATUALIZAÇÃO
Consenso Paulista para Hepatite C


AGENDA
Em destaque, os eventos do mês que contaram com a participação dos Conselhos Regionais de Medicina


NOTAS 1
Alerta Ético: displicêncvia com prontuário


NOTAS 2
Atenção deve ser dada a todas as denúncias


HISTÓRIA DA MEDICINA
Roberto Geraldo Baruzzi


GALERIA DE FOTOS



Edição 210 - 02/2005

AGENDA

Em destaque, os eventos do mês que contaram com a participação dos Conselhos Regionais de Medicina


Secretário de Saúde de São Paulo participa de plenária do Cremesp

O novo secretário municipal de Saúde de São Paulo, Cláudio Lottenberg, apresentou as propostas de sua pasta à plenária de conselheiros do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), no dia 22 de fevereiro.

A mesa foi conduzida pelo presidente do Cremesp, Isac Jorge Filho, e pelo primeiro-secretário, Henrique Carlos Gonçalves. Após a apresentação, Lottenberg respondeu a perguntas dos conselheiros.

Acompanhe, a seguir, conteúdo do encontro:

Participação de Cláudio Lottenberg, Secretário Municipal da Saúde de São Paulo, em Plenária do dia 22 de fevereiro de 2005 no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo 

"Boa noite prezados colegas.

Agradeço o convite por estar hoje aqui presente entre amigos, colegas de profissão, vários professores meus da Escola Paulista de Medicina. Vou tentar apresentar para vocês alguns dados sobre o que estamos propondo fazer na Saúde e nossa relação com o próprio prefeito José Serra.

O prefeito nos convidou para trabalhar na Secretaria Municipal de Saúde. Não tinha e não tenho qualquer tipo de vínculo de caráter partidário com José Serra ou com qualquer outro membro candidato ou alguém que estivesse participando da militância partidária durante todo o transcorrer da campanha. Todos vocês sabem muito bem que não tive qualquer tipo de participação política, apoiando este ou aquele candidato. O fato é que talvez isso tenha chamado a atenção dos colegas quando o prefeito fez a opção de que participássemos de seu governo.

Diante dessa proposta, assumi com a perspectiva de tentar trazer uma contribuição pelo período que o senhor prefeito julgar adequado, no sentido de transformar a gestão da secretaria sob uma visão eminentemente técnica, o que é muito difícil não apenas pela própria constituição dos membros que atuam no corpo profissional da nossa secretaria, mas pela pressão que os colegas e o próprio governo exercem quase que diariamente, além da maneira implacável com que a própria imprensa trata os fatos públicos em nosso meio.

A Secretaria da Saúde estava fragilizada em sua estrutura. Inicialmente tratamos de trazer todo o comando da gestão; com isso eliminamos as 31 coordenadorias. São Paulo tem 31 subprefeituras e para cada uma dessas subprefeituras existe um coordenador de saúde, que responde diretamente ao subprefeito. Por outro lado, existem as autarquias responsáveis pela estrutura hospitalar e pela estrutura de urgência e emergência. Essas autarquias respondiam formalmente ao prefeito e de maneira informal ao secretário.

Mas, o fato é que o secretário anterior não teve oportunidade de escolher os responsáveis pelas autarquias. Não posso entender, com nossa visão de hoje, um sistema de saúde que trabalhe fragmentado. Não é possível conceber um hospital que não se comunique com a rede ambulatorial. A primeira coisa que fizemos foi uma mudança de caráter político-administrativa, justamente a subtração dos cargos de coordenadores das subprefeituras, pelo menos dentro de sua estrutura original.

Podem existir coordenadores, mas o que temos hoje são cinco coordenadorias regionais que respondem pelas cinco regiões de São Paulo e que coincidem com o número das autarquias, criando dessa forma o que denominamos de eixo da prática assistencial. Este eixo começa ou termina na Unidade de Terapia Intensiva dentro do hospital e caminha ao longo de todo o atendimento até chegar ao Programa de Saúde da Família.

Evidentemente que permeando todo essa estrutura existem programas que são montados dentro da Secretaria. Tenho algumas restrições à forma como isso está acontecendo, pois esses programas não têm, ao meu ver, uma participação de caráter epidemiológico como se esperava. Entendo que quando uma cidade como esta não tem um programa focado em pacientes crônicos, em doenças neurocardiocirculatórias e no setor de oncologia, fugimos do que tem maior prevalência, e evidentemente, com maior importância em termos de planejamento. Mas, esta é uma segunda etapa. Ainda estamos tratando de organizar esses programas e evidentemente abrir caminho para que algo faça sentido no que realmente é relevante para o atendimento da população.

Quando assumimos, e vários de vocês devem ter acompanhado, nossa idéia não era trocar a liderança que ocupava o papel da coordenação na própria secretaria. E por que? Vocês sabem que não tenho origem nos quadros da própria prefeitura e teria que me deixar levar por critérios que não seriam necessariamente, em termos de indicação, de caráter pessoal, mas sustentáveis dentro do ponto de vista técnico. Por esse motivo, fui compelido a escutar algumas pessoas, que eu mesmo escolhi, pessoas de minha confiança, algumas que já atuavam comigo. Entre estes profissionais, um trabalhava no Hospital Albert Einstein, do qual sou presidente licenciado, e outro foi cedido pelo Hospital Sírio Libanês, que aproveito a oportunidade para agradecer. 

Essas pessoas têm uma vivência na vida pública e me ajudaram a encontrar aqueles que deveriam representar os braços da liderança dentro da nossa ordem organizacional.

Também tivemos o cuidado de convidar alguém que exercesse uma representatividade na sociedade científica e chegamos ao professor Rubens Belfort para ser nosso assessor educativo científico. Nosso objetivo, com esta escolha, é ter alguém na liderança com compromisso expresso dentro da área da educação, da formação das pessoas, do desenvolvimento das competências e da valorização do próprio servidor público.

A partir de então, passamos para uma segunda etapa. A idéia era encontrar alguém que fosse responsável pelo programa de atenção básica, que foi entregue, então, para a Dra. Maria da Glória. E todo esse atendimento da prática assistencial, hoje, está subordinado ao Dr. Edison Tayar, ex-superintendente, licenciado das suas funções, do hospital Sírio Libanês.

Assim, temos a prática assistencial liderada pelo Dr. Edison, a atenção básica pela Dra. Maria da Glória, e algumas assessorias técnicas, como a Covisa, sob responsabilidade da Dra. Isaura, sem dúvida alguma uma pessoa de confiança, e que de certa forma acredito representar, inclusive, uma importante interface com este Conselho Regional de Medicina.

Estamos insistindo em alguns aspectos que entendemos serem prioritários. Em primeiro lugar, a valorização da meritocracia. Demos uma demonstração muito clara em relação a isso quando criamos, junto aos gestores dos diferentes hospitais, alguns elementos apenas no sentido de poder rodiziá-los, sem necessariamente afastarmos praticamente ninguém. Mantivemos profissionais com postura técnica de respeitabilidade e afirmamos que não haveria qualquer tipo de perseguição de caráter político ou de forma a caracterizar privilégio ou dar a sensação de uma partidarização.

E aí, divido com vocês, meus colegas de atividade profissional, a dificuldade que está sendo manter esta postura de visão técnica, pois as pressões dos membros do governo, por parte dos vereadores, são enormes. Até já começo a me questionar por quê deixei o Hospital Albert Einstein. A visão extremamente clientelista dificulta a criação de uma postura mais profissional sobre o que está acontecendo. Tenho passado a mensagem de que o secretário da Saúde pode mudar São Paulo e que o que não deve mudar é a secretaria, que é preciso construir algo mais denso, mais consistente, que se transforme em uma solução de continuidade para que as pessoas entendam o que está acontecendo e não exatamente em somente saber com quem estão falando. Elas precisam saber quais são os critérios para que o que desejamos aconteça.

Evidentemente que este processo envolve um preço político claro, porque algumas pessoas que pertencem ao governo querem exatamente o contrário. A visão é partidarizar. Recebo diariamente informes de quem é petista, quem é tucano, quem é PT roxo, quem é PT vermelho, e confesso que nos perdemos um pouco com esse partidarismo extremado. Mas, quem se propõe a trabalhar tem que saber também como administrar esses dissabores.

Criamos algumas metas iniciais. Primeiro: não acredito que possamos fazer qualquer tipo de trabalho se não tivermos uma central de regulação extremamente competente. Procuramos então o governador do Estado e o secretário de Estado da Saúde e ambos nos permitiram que fossem incorporadas as duas centrais de regulação atualmente existentes. Assim, em duas ou três semanas (a contar de hoje), a central de regulação de saúde na cidade de São Paulo será única, não existirá mais uma central de regulação separada da do Estado.

O que isso significa? Significa que para podermos fazer todas as pactuações, criar toda a sistemática de referência e contra-referência, toda a sistemática de comunicação entre os ambulatórios de especialidades, as unidades básicas de saúde e os hospitais, simultaneamente, temos que estabelecer uma participação muito mais ampla do que tínhamos com os hospitais, com os serviços de urgência e com os ambulatórios de especialidade do Estado de São Paulo. Este seria, então, o primeiro passo.

Evidentemente que uma central de regulação não pode estar apenas reunida fisicamente. Ela precisa de pactuações, tem todo um trabalho para ser desenvolvido com uma série de áreas. Temos que entrar em contato com os grandes hospitais, já visitamos o Hospital das Clínicas, o Hospital São Paulo, mas ainda precisamos visitar a Santa Casa, refletir sobre o Santa Marcelina – hospital de excelência, muito respeitado, que faz alta complexidade na Zona Leste – mas que atravessa uma fase de endividamento extremamente importante, representando um grande problema na cidade de São Paulo. Sempre que conversamos com o Santa Marcelina sobre regulação, sobre integração, eles nos entregam uma cartinha solicitando mais recursos.

Enfim, todas essas questões precisam ser organizadas. Não podemos simplesmente estabelecer uma única regulação quando não houver uma pactuação entre os diferentes níveis de complexidade e toda a gama de distribuição de pacientes. Além disso, não dá para ter pactuação se não houver um suporte diferenciado de tecnologia da informação, e é justamente nisso que estamos insistindo durante os últimos tempos.

Quando o prefeito nos chama, sempre diz a mesma coisa: “faltam médicos, faltam remédios e faltam locais para exames e procedimentos”. E todos nós sabemos disso. Por outro lado, acredito que isso também acontece por falta de recursos, talvez porque as pessoas não estejam em seus devidos lugares. Mas você não vai conseguir resolver todos esses problemas abarrotando prateleiras com remédios, dando incertas em prontos-socorros, cobrando presença dos colegas ou, de repente, somente realizando mutirões independentes.

A Sociedade de Radiologia, por exemplo, está se movimentando para nos apoiar em um mutirão. O mesmo está fazendo a Escola Paulista de Medicina que acabou de realizar um mutirão em relação à catarata, e já está programando outro em dermatologia. Enfim, vamos criar essas parcerias. Mas, por outro lado, não basta simplesmente diagnosticar se não tivermos como resolver o problema.

Estamos reunindo, a partir de hoje, 40 unidades básicas de saúde que passam a fazer parte do que já estamos considerando como um verdadeiro Portal da Saúde da cidade de São Paulo. Nessas unidades estamos dispensando medicamentos eletronicamente, dando baixa no estoque central e alimentando o estoque periférico pelo mesmo sistema. Dessa forma conseguimos mobilizar a população para fazer o cartão SUS, contribuindo para incorporar um padrão diferencial de cultura não habitual na rede pública de atendimento.

Quem já implantou algum sistema de informática em uma grande corporação, como em um hospital, por exemplo, sabe o quanto é difícil impor uma mudança cultural nesse sentido. Ela deve estar acompanhada de uma vontade muito grande dos colegas, do pessoal treinado para isso dentro das próprias unidades, pessoas muitas vezes simples, que mal sabem o que é um computador. Entretanto, acredito que esta seja uma alternativa para que possamos correr atrás do tempo perdido e em algum momento obter um sistema um pouco melhor estruturado.

Em relação aos medicamentos, durante esta semana conseguimos finalmente licitar a logística central de medicamentos de São Paulo. As pessoas questionam a demora desse processo, mas há que se entender que existem determinados formalismos na administração pública que não podemos abrir mão. Por exemplo, para abrir uma licitação, deve-se fazer um edital e fechar um escopo. Se não fechamos esse escopo, ganha sempre aquele que tem preço menor, e sabemos que muitas vezes o preço menor não representa garantia de melhor qualidade. Esses ajustes precisam ser feitos para que possamos reproduzir exatamente o que estamos acostumados a ver na iniciativa privada em termos de eficiência de funcionamento.

A licitação para a logística central de medicamentos de São Paulo foi vencida pelo Correio. Isso significa que a distribuição dos medicamentos para cada uma das 430 unidades básicas de saúde também passa a ser feita pelo Correio. Com o sistema de informática funcionando, conseguimos reabastecer estoques mais bem controlados. Vamos avaliar durante quanto tempo esse sistema vai funcionar. Até a metade de março, apenas essas 40 unidades básicas estarão funcionando nesse sistema. Quando tudo estiver pronto até o final deste ano, acreditamos que já exista uma estrutura implementada e que as 430 unidades básicas de São Paulo estarão trabalhando on-line, o que representa um enorme avanço.

Esse mesmo módulo pressupõe agendamentos de consultas on-line através dos ambulatórios de especialidades, que devem acontecer a partir da segunda metade do mês de abril. Ao mesmo tempo vamos trabalhar para que todos os hospitais da rede pública tenham o programa HOPUB implantado que, posteriormente, estará se comunicando com o sistema dos ambulatórios. Acredito que neste ponto vamos contar com um pouco de tecnologia para decidir de forma mais consistente pelas mudanças, o que realmente precisa ser feito e quais as carências necessárias.

Por outro lado, também estamos dependendo muito de um trabalho braçal. Por exemplo, na semana passada, por solicitação da Sociedade de Radiologia, tivemos que realizar um levantamento para informar a demanda dos números de ultra-som na cidade de São Paulo. É um trabalho braçal e empírico. E os números encontrados são desproporcionais, provavelmente não traduzem as reais necessidades, porque foram feitos essencialmente com planilhas do tipo Excel e somas algébricas a partir de máquinas calculadoras. Evidentemente este é um fato que atrapalha, e muito, nossas decisões sobre onde podemos realmente mexer.

Acredito que a tecnologia de informação é a grande ferramenta que podemos usar para organizar o sistema de saúde de São Paulo. Não acho que devemos partir para fatos mais exagerados. Somos questionados sobre os leitos hospitalares, sobre os próprios ambulatórios, mas pelo que tenho visto estas questões são muito mais organizacionais do sistema do que propriamente envolvendo grandes investimentos e recursos físicos.

Tenho uma cultura hospitalar bastante densa, como vários de vocês. Observo que existe um desperdício no número de leitos, uma quantidade enorme de pacientes crônicos abarrotados nos hospitais com tempos de permanência que ultrapassam ano, quando não chegam a dez ou doze meses. Cerca de 10% dos pacientes no hospital do Servidor Público que visitei, são doentes crônicos. Quando solicitamos uma ampliação de leitos, por exemplo, precisamos – na realidade – realocar os pacientes crônicos, mesmo porque as estruturas hospitalares estão se transformando a cada dia em grandes centros de agudos com grandes UTI’s, grandes unidades de emergência. Vamos ter que rever essa cultura num momento adequado.

Provavelmente, se tivéssemos uma estrutura hospitalar um pouco mais densa, mais consistente, talvez o próprio crescimento do sistema de saúde em termos de infra-estrutura estaria sendo feito dentro de uma lógica e não no empirismo que alguns colocam. Sabemos ser verdade que algumas regiões necessitam de recursos. Na região de cidade Tiradentes, em M. Boi Mirim, não existe qualquer tipo de estrutura hospitalar.

Garanto a vocês que o número de leitos hospitalares que temos na cidade de São Paulo é um numero mais que suficiente se exigirmos da máquina uma performance comparada aos grandes centros hospitalares e mais modernos do mundo. É lógico que eles tem um outro tipo de infra-estrutura, mas também sabemos que quando falamos no geral, o elemento de comparação são os EUA. Sabemos que eles gastam 15% do PIB em saúde e nem por isso têm o melhor sistema de saúde. A Europa tem o melhor sistema de saúde e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) gasta 9% do PIB com o setor.

Por isso, não acredito no investimento em termos de leitos e tecnologia, embora, é lógico, deva haver o mínimo necessário. Por exemplo, não dá para ir ao hospital do Tatuapé e constatar que eles não têm tomógrafo funcionando porque a ampola do aparelho quebra todas as semanas. a Temos que encontrar formas mais criativas de lidar com esses tipos de problemas, decidindo de forma mais consistente, não exclusivamente querendo comprar tomógrafos novos ou aparelhos de ressonância nuclear magnética.

Outra questão diz respeito à própria valorização do funcionário publico. Garanto a vocês que as pessoas com quem tenho conversado são muito competentes. Temos uma qualidade de funcionários públicos bastante adequada, com muito boa formação. O que ocorre com essas pessoas é que elas estão extremamente desmotivadas. Evidentemente acabam concorrendo com o mercado de medicina particular, ou seja, cerca de 75% dos funcionários públicos têm mais um emprego dentro da área da medicina privada. Evidente que no momento em que os pressionamos para que correspondam em termos de horário, de freqüência, corremos o risco de perder esses profissionais para a medicina privada.

Na secretaria de saúde existe um centro de formação profissional, o CEFOR, ligado ao departamento de recursos humanos. Estamos tentando criar bases para que o CEFOR se transforme numa verdadeira universidade corporativa, para que permanentemente esteja capacitando as pessoas. Com as unidades básicas de saúde temos a necessidade de fortalecer o conhecimento dos gerentes dessas unidades. Para isso existe um programa chamado GEROS, do Ministério da Saúde. Estamos tratando de colocar este programa para funcionar, estabelecendo, também, uma relação mais próxima com as sociedades de especialidades, uma de nossas metas para que elas se aproximem do que ocorre dentro da prefeitura.

Para isso, o dr. Rubens Belfort está se aproximando dos presidentes das sociedades. Neste momento, quando estamos tentando elaborar diretrizes na plataforma de crônicos para a distribuição de medicamentos, tivemos a validação de professores da Escola Paulista de Medicina, entre eles o professor dr. Artur Beltrani, que estiveram conosco discutindo toda a questão dos medicamentos. Para nossa alegria, eles ficaram extremamente bem impressionados pelos protocolos que já tínhamos na secretaria, pela forma qualificada com a qual os medicamentos eram padronizados e como pretendemos encaminhá-los pelo correio aos pacientes crônicos. Existe uma população com cerca de 500 mil pacientes crônicos que teriam condições de estar recebendo medicamentos pelo correio, evidentemente desde que se encaixassem dentro de protocolos preestabelecidos e de condições mais seguras de trabalho.

A idéia de aproximação com as sociedades cientificas, bastante discutida com a Sociedade de Radiologia, tem como objetivo a padronização de condutas. Evidentemente que todos os senhores, da classe médica, têm muito mais condições e gabarito para estabelecer o quanto podemos deliberadamente atuar nas condições dos protocolos.

Embora seja uma questão controversa, pois muitos enxergam a padronização dentro de uma perspectiva exageradamente mercantilista, é evidente que ela deve conter uma linguagem que se encaixe em todas as partes do planeta. Diria mais: a padronização é necessária para que possamos comparar a qualidade da prestação de serviços na Medicina, sabendo frente a quê a estamos comparando.

Essa inserção da sociedade cientifica tem que ser, evidentemente, bastante ponderada. Sabemos que existe uma reatividade em relação à posição das sociedades científicas e, embora não possa falar algo contra elas porque faço parte desta sociedade. Atuo e estou integrado a um departamento científico, que é o departamento de oftalmologia da Escola Paulista de Medicina. Mas, sabemos que na rede pública existe uma resistência em relação às posturas da academia. Estou tentando, da maneira mais harmônica possível, equilibrar esse tipo de participação, importante na perspectiva de homogeneização da saúde que é prestada em São Paulo.

Estamos neste momento preocupados com a questão do sucateamento dos hospitais. Existe um programa do Ministério da Saúde chamado QUALISUS, com o qual estamos levantando quais as necessidades prementes de cada um desses hospitais. Sabemos que é muito difícil que o governo federal procure aportar recursos, mas no ano passado o Rio de Janeiro recebeu uma quantia significativa, quase 50 milhões de reais, para poder modernizar a infra-estrutura dos hospitais funcionantes.

O QUALISUS é um programa que visa justamente requalificar as condições tecnológicas dos hospitais e centros urbanos Só espero que essa condição não seja tratada no âmbito do ministério sob a perspectiva política e partidária. Estamos trabalhando para que isso seja resolvido de forma técnica. Estivemos conversando com o Ministro da Saúde e com o dr. Antonio Alves de Souza, seu secretario executivo, e acreditamos que essa questão terá, de alguma forma, um desenlace absolutamente técnico.

Quero dizer a vocês que faço questão de ser convocado, comunicado, procurado toda vez que alguma atividade ligada à nossa secretaria provocar algum desconforto a este Conselho ou aos seus membros, inclusive de forma individual.

Entendo que o papel que uma pessoa assume dentro de uma secretaria é de caráter transitório. Não entendo que um secretário deva sistematicamente mudar tudo o que acontece dentro dela. As políticas deveriam ser mais presentes, mais pertinentes, não deveriam mudar todo o tempo.

E isso vale como um parênteses: o prefeito, quando nos convidou, nos deu o nome de algumas pessoas que poderiam assumir o Programa de Saúde da Mulher e, no final, acabei por chamar uma das pessoas que ele havia indicado, Tânia Lago, que alguns de vocês devem conhecer. Ela me disse: “Cláudio, o pessoal que está lá é ótimo. Não mexa em nada. O mesmo com relação à questão de Aids, todos aqueles profissionais são super competentes. Estou procurando manter as pessoas sob a perspectiva técnica. Evidentemente que pago um alto preço por isso, mas o que quero na verdade é ter a certeza que vou conseguir imprimir para quem amanhã assumir, seja outro secretário, outro governo, que jamais assumi qualquer compromisso com o prefeito por ser secretário do Serra: não sou secretário do Serra, não sou secretário do PSDB, sou secretário dos paulistanos e quero trazer uma contribuição verdadeira, de uma maneira madura, da classe médica.

Esta secretaria precisa fazer o sistema funcionar com bases técnicas. Se conseguirmos imprimir isso pelo prazo que for, três ou seis meses, um ou dois anos, acredito que já vai ser um grande salto em termos de gestão pública. Se continuarmos no mesmo esquema partidarizante que herdamos na gestão anterior, penso que São Paulo lamentavelmente vai perder uma chance importante para conseguir avançar.

Sabemos muito bem que a visão do atual governo é virtuosa numa série de pontos e falha em outros, ou seja, ninguém está dizendo que o setor da Saúde é melhor ou pior sob a perspectiva de um grupo ou de outro. Por essa razão não podemos permitir uma visão politizada da Saúde, porque infelizmente se isso acontecer acredito que na realidade quem irá perder é a própria classe médica.

Antes de encerrar, creio que tenho algumas perguntas para ser respondidas. Quero me colocar à disposição de vocês e do Dr. Isac hoje e todas as vezes que me convidarem para o que desejarem.

PERGUNTAS E COMENTÁRIOS DOS PRESENTES

Renato Azevedo – Agradeço a presença do sr. Secretário. Sabemos que os serviços de Urgência e Emergência passam por um momento bastante difícil em todo o Estado de São Paulo e na capital. Qual a sua visão sobre a questão da reorganização dos serviços de Urgência e Emergência, tanto na parte de capacitação técnica dos funcionários, quanto na parte de readequação?

Bráulio – É responsabilidade da prefeitura que todo indivíduo que realiza atendimento de emergência na cidade de São Paulo, particularmente sob a responsabilidade da prefeitura, deva receber um treinamento de SLR e de ATS? A Sociedade de Cardiologia de São Paulo, da qual sou no momento tesoureiro, teria todas as condições de fazer isso a preço de custo. Qual impacto social que esse treinamento tem?

Cláudio – Como doação, o que vocês precisam, mais dinheiro? O Centro de Convenções de São José dos Campos quer ganhar dinheiro?

Krikor – Primeiro, quero parabenizá-lo. O Cláudio é um grande colega. Nos conhecemos há muito tempo, operou meus pais, que foram uns dos primeiros a colocar lente para catarata. Lembro de quando meu pai saiu do consultório com uma outra visão e beijava suas mãos em sinal de gratidão. Hoje venho agradecer a isso. Minha mãe ainda está viva e agradecida lembra até hoje: quando vê sua foto nos jornais, recomenda: “olha você tem que ser assim”... Respondo: “Deus me livre, não quero ser secretário...” Brincadeiras à parte, parabéns. Tê-lo aqui presente conosco é realmente uma honra.

Quero deixar um recado. Recentemente essa Casa fez uma Resolução contra as Casas de Parto. Ainda existe aqui no município de São Paulo, em Sapopemba, uma casa de parto. Precisamos que esse estabelecimento feche as portas pois não é administrado por médicos e temos recebido muitas denúncias por parte das gestantes. Quero registrar esta solicitação nesta oportunidade.


RESPOSTAS E COMENTÁRIOS

Cláudio Lottenberg

Bem, em relação às terapias alternativas, gostaria de receber algo por escrito, para que a discussão esteja documentada. Não sei se posso solicitar isso para a Isaura sem ferir algum dispositivo funcional. Ela é um dos grandes achados da minha vida, uma colega exemplar, responsável por ter me motivado a enfrentar uma série de desafios dentro do Hospital Albert Einstein, particularmente na inserção social do nosso hospital desde o começo em que começamos a atuar. Fiz questão, então, que ela viesse trabalhar conosco porque acredito ser um profissional preparado. É um privilégio contar com alguém com essas qualificações.

Na questão das parcerias, é perfeitamente conhecido que também existem certas rivalidades internas. Assim não devemos acreditar que esse discurso sobre a tal de sinergia da partidarização concretize-se sob um universo tão límpido e tão transparente. Todos sabemos que existem rivalidades, não sejamos inocentes, mas também existe toda uma boa vontade para chegar a um denominador comum.

Assim, muitas vezes por você estar muito próximo (do governo, do poder), tende a achar que vai ser tudo maravilhoso... Não é bem assim. Por exemplo, havia um contrato com a FURP, mas quando fomos averiguar, os medicamentos eram mais caros do que aqueles comprados no mercado. E só para lembrar, a FURP é do governo do Estado.

Não imaginem que essa interlocução é tão mais fácil em razão do cargo. Coincidentemente tenho uma relação ótima com o secretário da Saúde do Estado de São Paulo e esse fato tem sido extremamente pró-ativo.
Mas, por exemplo, estamos tentando obter recursos para o hospital de Cidade Tiradentes e para o M. Boi Mirim através do governo do Estado e até o momento não obtivemos resposta.

O governador é meu amigo pessoal. Quando assumi o cargo, uma das promessas era conseguir um local para acomodar a Secretaria da Saúde. Já começo a me preocupar, pois temos ali no gabinete do secretário 900 profissionais, 750 automóveis em uma locação de um prédio por aproximadamente R$ 140 mil mensais na av. Angélica. A Isaura sabe, ela trabalha lá. Estamos pedindo também ajuda para o Estado, mas não está sendo fácil.

Entretanto, preciso lembrar que o Barradas foi na verdade o grande padrinho durante esse período todo, conversando, apoiando, nos orientando, pois todos vocês sabem que não tenho uma participação tradicional nesse espaço (no espaço político da saúde). Mas, a interlocução não é tão simples assim.

Como acho que ela pode ser aprimorada? Quanto mais técnica for a conversa, melhor será a receptividade. Acredito que temos uma boa interlocução com o ministério. Quando assumimos, o ministro da Saúde ligou para mim aqui em São Paulo e disse que ficou muito feliz com isso. Acho que o principal papel da nossa classe é mostrar que saúde é coisa séria e que não pode ser confundida com questões partidárias. Não importa se o governo do Estado é do PSDB ou do PT. Saúde é coisa séria, e não podemos deixar faltar insumos em razão do governador ser uma pessoa mais simpática ou menos simpática.

O governador, de fato, é uma pessoa muito séria e muito simpática; o secretário da Saúde do Estado também. Mas essa visão deve ser superada. É preciso que, de uma forma ou de outra, deixemos muito claro que saúde é coisa séria.

Outra questão citada pelo Dr. Villa sobre o budget, gostaria de responder agora: o governo federal não aumenta seus recursos para a cidade de São Paulo há tempos. Acontece desde a gestão de Gonzalo Vecina Neto. E afirmo a vocês que na gestão do Gonzalo aconteceram inúmeras coisas boas. Fico profundamente constrangido quando me pedem para fazer uma declaração e citar de maneira negativa a gestão anterior. Meu colega dedicou-se, trabalhou muito, teve seus acertos e imperfeições é verdade, como todos.

Temos que colocar de uma maneira muito objetiva que Saúde é coisa séria, precisa de recursos, deve ter uma linha de financiamento. Tenho evitado ao máximo participar de qualquer cenário de debate no qual se diga que agora a prefeitura está alinhada porque é PSDB. Não é verdade. A prefeitura está alinhada porque a Saúde é séria, porque os profissionais médicos estão, sim, mal remunerados, mas ainda assim na prefeitura eles têm ao menos uma referência para a remuneração.

Vamos então abrir uma oportunidade para começar a dialogar, nos fortalecendo como classe e nos posicionando como médicos, como profissionais da saúde, evitando participar desse cenário. Quando no futuro outro colega assumir a Secretaria da Saúde, venha ele de onde vier, o que realmente importa é seu compromisso com a Saúde e não com o prefeito ou com o partido.

Nesse aspecto, devemos fazer um registro especial para a própria figura do Eduardo Jorge, que sempre buscou esse tipo de postura. Ele tomou todas as iniciativas, não foi preconceituoso com ninguém, chamou as instituições particulares para dialogar. Conversei com ele inclusive sobre a Uninove. Não sei qual o conceito que vocês têm a respeito desta instituição de ensino, mas particularmente observo com certa reserva, acho mesmo que fui até meio tendencioso. Mas, o atual reitor deu aula para todos nós na Escola Paulista de Medicina e não me parece que um reitor que foi professor da EPM seja uma pessoa mal intencionada. Querem selar uma parceria com alguns dos hospitais da prefeitura em função de seus cursos de Medicina e sugeri que façam uma proposta concreta para equipar um dos hospitais onde terão algum tipo de retorno.

É preciso reforçar a idéia que, em qualquer caso, é preciso agir de forma técnica, sem qualquer tipo de influência partidária (nas decisões). Também é preciso exigir respeito por parte dos políticos. Fico constrangido quando sou obrigado a falar de dívida herdada. Embora esta seja um fato, já aconteceu, sabemos disso. Não vou ficar batendo sempre na mesma tecla, foi fulano, foi ciclano. Vamos olhar para frente! 

Em relação à questão do sistema de reabilitação, concordo com vocês: não podemos misturar alta complexidade com baixa complexidade. Se me perguntarem o que está faltando em São Paulo, diria que são hospitais de pacientes crônicos. Se fizéssemos dois bons hospitais de crônicos, mas atenção, não um dispensário humano, mas um bom sistema de reabilitação, acredito que resolveríamos muito bem toda essa questão. Esta iniciativa deve ser bem estimulada.

O Bráulio me perguntou sobre uma questão bastante importante, Urgência e Emergência. Vou pedir inclusive para a Isaura lhe convidar para vir conversar com o Comitê de Urgência e de Trauma, constituído pela dra. Sueli, da FMUSP, dr. Milton Steiman e dr. Ricardo Perez.

Com relação à questão das Casas de Parto, não estava informado sobre o que estava acontecendo. É extremamente difícil para uma pessoa que não está afeito à participação do grupo onde vocês estão atuando, saber de todas as Resoluções. Gostaria muito que vocês nos mantivessem atualizados para que possamos evitar qualquer tipo de erro ou engano.

Fui à Brasília, a convite do Ministro, e fui recebido por uma equipe de técnicos que me passaram algumas informações do que é preciso fazer para entrar no Quali-SUS. Quando cheguei em São Paulo, participei de uma reunião com os técnicos, acho que a Isaura estava presente, e afirmei que precisamos preparar um detalhamento sobre as características de cada hospital, para saber o que está faltando em cada um deles.

Como primeiro passo (para mudar efetivamente as coisas), diria a vocês que é necessário investir em tecnologia da informação; investir em regulação; valorizar o servidor público, incluída nesse grupo a questão da remuneração dos médicos e, afastar toda e qualquer interferência de caráter político.

O sistema de saúde é único, e precisa ser tratado de maneira consistente. Vamos sempre ser super transparentes desde o início de nossa gestão. Jamais vamos discutir sobre valores dentro desta secretaria; vamos falar de eqüidade, integralidade, universalidade.

Vamos falar de qualidade como segurança para o paciente. Tratamos isso como o eixo da prática assistencial, definimos que o cliente da secretaria é o cidadão paulistano. Todos os servidores devem estar à disposição do paciente e quem não estiver atendendo o paciente que esteja à disposição de quem está atendendo o paciente. A linha é essa. A Saúde não pode ser partidarizada. Por isso não sou filiado a partido nenhum.

Isac Jorge – Muito obrigado. Posso dizer, com certeza, que sua participação realmente nos encantou. A palavra é esta mesmo: encantou. Você termina colocando com outras palavras o artigo segundo do nosso Código de Ética, ou seja, o objetivo final da Medicina na saúde do ser humano. Isso permeou todas as suas colocações e ficamos extremamente felizes com elas. Não diria que vamos ser apenas parceiros, seremos muito mais que isso, porque com certeza você é um de nós. Como um de nós, vamos ter a oportunidade de trabalharmos juntos.

Como você mostrou que não leva desvantagens em seus desafios, estamos lhe presenteando com o livro “Cremesp Uma Trajetória”, que é a história do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, mesclada com a história da Medicina desse Estado, exemplo para a história da Medicina deste país.

Clóvis F. Constantino – Agradecemos a presença entre nós do Dr. Cláudio Luis Lotenberg, uma grata revelação. Nós não nos conhecíamos pessoalmente, mas as flores que me enviou por ocasião da minha posse estão vivas até hoje. Espero que a durabilidade dessas flores represente a durabilidade da nossa amizade com esta Casa, que também é a sua Casa, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.

Muito obrigado."


CRM de Minas tem nova diretoria

Com o objetivo de dar continuidade às lutas da categoria médica, o psiquiatra Maurício Leão de Rezende assumiu a presidência do Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais para gestão 2005/2006. A cerimônia de posse, realizada no dia 18 de fevereiro, contou com a presença do presidente do Cremesp, Isac Jorge Filho, e do vice-presidente, Desiré Carlos Callegari.

A nova diretoria do CRM-MG pretende continuar apoiando o movimento pela implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), melhoria no ensino médico e aprovação da lei que regulamenta o exercício da Medicina.

Equipes médicas terão campeonato de futebol

O I Campeonato Brasileiro de Futebol para Equipes Médicas ocorrerá entre os dias 21 e 24 de abril na cidade de São José do Rio Preto, em São Paulo. Além de promover o relacionamento entre médicos, o evento fará campanha para sensibilizar a população a doar sangue e órgãos. A equipe vencedora representará o Brasil no Campeonato Mundial para Médicos que será realizado no Rio de Janeiro no período 8 a 14 de agosto de 2005. Durante o campeonato, haverá, no dia 21, um jogo entre médicos e pacientes transplantados e, no dia 23, a campanha pela doação de sangue e órgãos será feita em praça pública. O médico interessado em participar da competição poderá acessar o site CENACON e preencher a ficha de inscrição até o dia 30 de março.

Cartão DSV-Médico

Informamos que, a partir desta data, para obtenção do Cartão DSV que libera os médicos residentes na Capital do rodízio de veículos, será necessário o pagamento R$ 5,00, quando da entrega do requerimento. Por força de lei, o Cremesp, como autarquia federal, não poderá assumir tal despesa frente ao Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV).  

Agenda dos Conselheiros

- Hospital Municipal de Guarulhos, dia 10 de fevereiro, reunião com corpo clínico com a participação do conselheiro Adamo Lui Netto, representando a Câmara Técnica de Oftalmologia.
- Apresentação dos resultados parciais das bolsas de projetos de pesquisa relacionados à ética médica, concedidas pelo Cremesp aos estudantes de Medicina, dia 11 de fevereiro. Coordenou a apresentação o conselheiro Reinaldo Ayer de Oliveira.
- Reunião do Grupo de Avaliação Profissional, dia 14 de fevereiro, coordenada pelo conselheiro Bráulio Luna Filho.
- Reunião mensal sobre estágio em Medicina, dia 14 de fevereiro, no Centro de Integração Empresa e Escola (CIEE), com a participação da conselheira Ieda Therezinha do Nascimento Verreschi.
- Aula sobre “Aspectos documentais em Medicina”, dia 15 de fevereiro, ministrada pelo vice-presidente do Cremesp, Desiré Carlos Callegari.
- Palestra no Instituto Dante Pazzanese, abordando o tema “relação médico – paciente”, dia 16 de fevereiro, proferida pelo diretor segundo-secretário, Renato Azevedo Júnior.
- Reunião do Conselho Curador da Fundação Pró-Sangue, dia 21 de fevereiro, com a participação Rui Telles Pereira.
- Plantio da muda original de Plátano retirada da árvore onde Hipócrates lecionava Medicina, na Ilha de Cós, na Grécia, dia 22 de fevereiro, na Faculdade de Medicina da Universidade Santo Amaro, com a participação de João Ladislau Rosa.


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