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CAPA

EDITORIAL
Vamos festejar a cidadania


ENTREVISTA
Clóvis Francisco Constantino


RETROSPECTIVA 1
Cremesp faz retrospectiva do 1º período da gestão


RETROSPECTIVA 2
Cremesp faz retrospectiva do 1º período da gestão


POLÍTICA DE SAÚDE
Estréia, a partir desta edição, série de matérias sobre o SUS


GERAL
Cremesp implanta sistema de suporte de vida


CLASSE MÉDICA EM MOVIMENTO
Medidas jurídicas fortalecem a CBHPM


VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Alerta: Febre Maculosa Brasileira


AGENDA
Reinauguração de delegacias do Cremesp


NOTAS
Alerta Ético


PARECER
Prontuários Médicos


HISTÓRIA
Cremesp - uma trajetória


GALERIA DE FOTOS



Edição 208 - 12/2004

HISTÓRIA

Cremesp - uma trajetória



Livro resgata a trajetória do Cremesp e do
movimento médico no país









O Conselho lançou, no último dia 14, o livro “Cremesp – uma trajetória”, obra de considerável importância histórica que, sob uma visão crítica, resgata a memória da instituição e reproduz o percurso do movimento médico organizado e o cenário político da saúde no Estado em diversas épocas. “A trajetória do Cremesp também representa a história de médicos e médicas do país”, disse o presidente do Conselho, Clóvis Francisco Constantino, na apresentação do livro. Ilustrada e com 128 páginas, a publicação é dividida em períodos, abordando inicialmente a prática da Medicina antes do Cremesp, as formas de regulação da atividade médica pré-conselho e a instituição dos conselhos profissionais por Getúlio Vargas, no Estado Novo. 

Na década 50 do século passado, o Cremesp dava seus passos iniciais sob a presidência do iminente professor de Medicina Legal, Flamínio Fávero, detentor do CRM número 001. A Associação Paulista de Medicina e o Sindicato dos Médicos de São Paulo tiveram papel fundamental nas articulações que resultaram na sua criação. Na época, a Medicina era exercida majoritariamente como profissão liberal e as causas em pauta dentro do movimento médico eram as lutas contra o charlatanismo e a publicidade abusiva. Em paralelo, o livro narra alguns acontecimentos marcantes no contexto da saúde no Estado como o surgimento das principais instituições de ensino médico.

Entre as décadas de 60 e 70, as instituições e o movimento médico são estagnados pela ditadura. A colaboração de médicos com o regime e a perseguição sofrida por grandes profissionais, afastados das universidades ou exilados, marcaram esse período.

Episódios como a censura às notícias sobre a epidemia de meningite demonstram os efeitos diretos de um regime ditatorial sobre as ações de saúde. Nessa época também surgem as grandes empresas de convênios de saúde, aumentando a parcela de assalariados em relação aos profissionais liberais. 
Entre o final da década de 70 e início dos anos 80, ganha corpo uma intensa mobilização de médicos pela democracia e em defesa da melhoria da saúde da população.

Anos 80 e 90
No Conselho, a década de 80 é marcada pela luta antiditatorial e defesa do trabalho médico, pela abordagem das questões éticas com ênfase nos direitos do paciente. A participação das entidades ligadas à área da saúde na Constituinte teve reflexos importantes para a implantação do SUS.  A atuação do Cremesp e do Conselho Federal de Medicina (CFM) acompanhava a dos movimentos civis organizados na luta pela restauração da democracia. O país ainda vivia sob ditadura quando o CFM adotou, em 1983, a resolução da ONU que condenava a presença de médicos em sessões de tortura. Também nesse período, o Cremesp desenvolveu um trabalho pioneiro no combate à Aids e à discriminação dos portadores do vírus HIV nos serviços de saúde. 

Na década de 90 surgem novas questões relacionadas aos avanços tecnológicos e ao panorama político. Nesse período, o Cremesp ocupou um papel destacado na luta contra a implantação do Plano de Assistência à Saúde (PAS) na capital paulista. A participação da entidade em campanhas – em favor dos remédios genéricos, com o slogan “remédio não é grife” e “Uso Branco Pela Paz”, mostra um alinhamento com as causas sociais. Com o aparecimento de novos dilemas éticos, o Cremesp desenvolve trabalhos pioneiros como a criação da Câmara Técnica de Bioética e, posteriormente, o Centro de Bioética.

O início do século 21 é marcado pela luta contra os novos cursos de Medicina e a campanha pela implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos.  “Conhecer uma instituição dentro da dimensão histórica permite observar as inquietações e os movimentos da sociedade no tempo e compreender porque algumas questões tão importantes em determinado período perdem a relevância em outra época”, diz Clóvis Francisco Constantino na apresentação do livro. 

A elaboração
A obra foi desenvolvida sob a coordenação do conselheiro José Marques Filho, apoiado por uma comissão editorial formada pelos conselheiros Desiré Carlos Callegari, Krikor Boyaciyan, Ieda Therezinha do Nascimento Verreschi, Nacime Salomão Mansur e Reinaldo Ayer de Oliveira. Os textos e a apuração histórica ficaram a cargo de uma equipe, sob o comando do jornalista e autor Igor Fuser, além da colaboração dos departamentos Jurídicos, de Comunicação e da Biblioteca do Cremesp. José Marques Filho diz sentir-se muito honrado em coordenar uma obra “tão importante para a memória da medicina paulista”. Ele faz questão de destacar que o livro só se tornou uma realidade graças ao estímulo do presidente do Cremesp, Clóvis Francisco Constantino e à colaboração de antigos e atuais conselheiros da Casa. O evento de lançamento, no dia 14, resultou numa grande confraternização que reuniu antigos e atuais conselheiros, além de representantes de várias instituições ligadas à área de saúde.    


Publicações Históricas

Em 2004 a Medicina foi brindada com monumentais livros históricos. A Associação Paulista de Medicina (APM) e a Academia de Medicina lançaram, em 18 de outubro, Dia do Médico, o  livro “450 anos de Medicina em São Paulo”. A obra que faz parte das comemorações dos 450 anos da cidade, foi coordenada por Guido Antonio Palomba, presidente da Academia de Medicina; Juomar Gomes Duarte e Luiz Antonio Nunes, também da APM, o livro relata o que foi a Medicina ao longo desses quatro séculos e meio, sob a ótica histórica, em uma visão bastante abrangente, desde a época dos jesuítas até os dias de hoje.

“A Casa de Arnaldo”
Também no dia 18 de outubro, Dia do Médico, aconteceu o lançamento do livro “A Casa de Arnaldo”, publicação organizada pela museóloga Berta Ricardo de Mazzieri, do Museu da História da Medicina da Faculdade de Medicina da USP. A obra resgata a memória da Faculdade desde sua fundação, em 1913, até a atualidade. O nome faz referência ao fundador e primeiro diretor da FMUSP, o médico Arnaldo Augusto Vieira de Carvalho, conhecido como Doutor Arnaldo. Um dos episódios destacados no livro foi a integração da Faculdade de Medicina à USP, em janeiro de 1934.  O livro é editado simultaneamente em  português e inglês. Também conta com apresentação do governador Geraldo Alckmin e a colaboração de médicos como Adib Jatene, Angelita Habr-Gama, Giovanni Guido Cerri Eleuses Vieira de Paiva.


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