CAPA
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Editorial
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Ensino médico
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Balanço da gestão 2013-2018
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Balanço da gestão - Prestação de contas
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Entrevista - Lavínio Nilton Camarim
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Defesa profissional
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Serviços
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Jovem médico
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Comunicação e Bioética
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Agenda da Presidência
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Ressonância
GALERIA DE FOTOS
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Editorial
Aproximação entre o Cremesp e o cotidiano dos médicos nas unidades de saúde
Á frente do maior Conselho Regional de Medicina do país nos últimos 15 meses, pude sentir com mais propriedade a importância de um Conselho ativo e próximo dos médicos.
É função dos Regionais e do Conselho Federal atuarem em prol da prática da boa Medicina, sempre buscando a valorização do profissional e o melhor atendimento
à população. Mas o grande desafio do trabalho desenvolvido em minha gestão foi, com toda a certeza, ir além do papel judicante e fiscalizador do Cremesp.
Por isso, nossa equipe assumiu a tarefa de estar próximo aos médicos para sentir as dificuldades do cotidiano nas unidades de saúde. Com empenho e dedicação, pude percorrer diversas cidades do interior em busca não somente das questões profissionais que afetavam diariamente a vida dos médicos, mas também de soluções, por meio do diálogo junto a autoridades municipais e estaduais. Nas visitas, pudemos
ver o quanto a precariedade da estrutura do serviço público de saúde impacta diretamente o desempenho do profissional, que, frequentemente, ainda convive com atrasos em seus honorários.
Por sua vez, a educação médica foi levada a sério nesta gestão. A luta pela melhoria da qualidade do ensino e do nível das escolas de Medicina foi coberta de êxito. Para tanto, trabalhamos em duas frentes: por um lado, conquistamos uma moratória, por meio de
portaria do MEC, que proíbe por cinco anos a abertura de novas escolas de Medicina. E, por outro, o projeto de lei que tornará o Exame em Medicina obrigatório para todo o território nacional avançou e continua avançando no Senado.
Também investimos na educação continuada dos médicos e procuramos valorizar a produção editorial da casa. No período, foram publicados sete livros, dos quais três inscritos no Prêmio Jabuti 2018, o mais conceituado do país, cujo resultado será divulgado em novembro próximo.
Em outra frente, aprimoramos a comunicação com os médicos, ampliando os canais e tornando o contato mais direto. Foi o caso da implantação do envio de mensagens
por WhatsApp e reformulação do canal do Cremesp no YouTube, com transmissões ao vivo dos eventos pela plataforma.
Não tenho dúvida de que nossos esforços para melhorar as condições de trabalho do médico e em benefício do paciente não foram em vão. Mas há muito, ainda, a ser feito. Esse empenho deve ser contínuo. Por isso, nossa luta não termina aqui. Os governantes precisam enxergar a Medicina com respeito e investir seriamente na construção de uma carreira de Estado, para que se possam fixar os profissionais nos lugares mais longínquos deste país, melhorando a assistência.
Aproveito a oportunidade para agradecer o apoio que recebemos dos funcionários e dos colegas médicos enquanto estive no comando desta Casa. Seguirei na luta por uma Medicina melhor e de qualidade; e na esperança de que esse trabalho tenha continuidade. Com a união das entidades médicas, dos Conselhos e demais instituições que lutam pela saúde, conseguiremos suplantar esse grave momento de crise política,
econômica, moral e ética pelo qual passa o nosso país.
*Lavínio Nilton Camarim (Presidente do Cremesp)
Opinião
No cumprimento da missão
*Renato Françoso Filho
Os médicos paulistas elegeram democraticamente, em agosto de 2018, um novo grupo de conselheiros para o Cremesp. Algumas campanhas foram eivadas de mentiras, ataques pessoais, notícias falsas e propostas não factíveis. No entanto, o processo eleitoral e as apurações foram legítimas, não possibilitando qualquer questionamento.
Com total independência e larga margem de votos, os médicos escolheram os colegas
responsáveis, a partir de 1º de outubro, pelo maior e mais complexo Conselho de Medicina do país.
Nos anos em que ocupamos esta função, pudemos conviver com a realidade da assistência médica neste Estado, onde temos a excelência, em contraste com rincões onde falta quase tudo em termos de recursos humanos, medicações, tecnologia,
financiamento e saneamento básico. Temos médicos da mais alta qualidade trabalhando com tecnologia de ponta e contando coma mais apurada infraestrutura
hospitalar; e médicos tentando prestar o mínimo da atenção básica, oferecendo o que podem, em missões diárias de superação, no interior deste Estado.
Em nosso mandato fomos chamados a mediar conflitos em situações precárias, onde médicos não tinham condição de exercer a profissão por falta de insumos básicos e sem receber seus honorários por mais de ano, retidos pelas instituições ou não
repassados pelo Poder Público. Tivemos embates com forças políticas das cidades, Ministério Público, magistratura e pessoas responsáveis por estruturas arcaicas e ineficientes, achando que o melhor dos mundos seria a Saúde sem médicos.
Realizamos milhares de julgamentos todos os fins de semana, sextas e sábados, e, ainda assim, não conseguimos zerar a demanda de processos que aguardam para serem concluídos. Aumenta o número de médicos, aumentam as denúncias, aumenta
a abertura de processos; e a sociedade cobra dos Conselhos um posicionamento. Tivemos que aprimorar mais e mais a nossa capacidade de instruir os processos
com celeridade e julgar com a máxima justiça. Tenho a mais serena convicção de que buscamos cumprir nossa função judicante com equilíbrio, entendendo a inserção do médico no seu local de trabalho e a complexidade do exercício de uma profissão imersa
em profunda dimensão humana e formação técnica que exige comprometimento excepcional.
Produzimos resoluções e pareceres que resultaram em mais eficiência, indo ao encontro das aspirações dos médicos, e na melhora da assistência à população. Também promovemos cursos para atualização e requalificação, na capital e interior.
Ao fim deste tempo, fica nosso pleito de gratidão aos médicos que, dia após dia, dedicam suas vidas a cuidar de outras, mesmo enfrentando todas as adversidades.
Obrigado por nos terem permitido trabalhar pela Medicina paulista e brasileira, honrando o mandato que nos concederam.