CAPA
ENTREVISTA (pág. 3)
Gabriel Wolf Oselka
NOTÍCIAS (pág. 4)
Plenária do Cremesp recebe ministro da Saúde e exige soluções para a crise
ESPECIAL (PÁG. 5)
Serviços exclusivos conferem destaque ao Conselho paulista
ESPECIAL (PÁG. 6)
Exposição registra pujança do Conselho paulista nas lutas em prol da Saúde
ESPECIAL (PÁG. 7)
Ações regionais foram referências para regulamentações no País
ESPECIAL (PÁG. 8)
O percurso do Cremesp rumo à regulamentação dos Conselhos de Medicina
ESPECIAL (PÁG. 10)
Médicos de SP ganham obra de arte exclusiva do artista plástico Guto Lacaz
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (PÁG. 11)
Presidente do Cremesp fala sobre papel dos Conselhos em congresso internacional
ESPECIAL (PÁG. 12)
O que nos reserva a Medicina dos anos futuros?
EU, MÉDICO (PÁG. 13)
Para médica, avanço tecnológico não significou avanço humano
EDITAIS (pág. 14)
Convocações
ESPECIAL (pág. 15)
Cremesp é um dos protagonistas do pensamento bioético no País
EDITORIAL (pág. 2)
Cremesp na vanguarda
GALERIA DE FOTOS
ESPECIAL (PÁG. 6)
Exposição registra pujança do Conselho paulista nas lutas em prol da Saúde
Exposição registra pujança do Conselho paulista nas lutas em prol da Saúde
Diretoria do Cremesp durante abertura da exposição de capas do Jornal do Cremesp
Uma exposição de capas históricas do Jornal do Cremesp foi aberta ao público, no dia 19 de setembro, na sede da rua Luís Coelho, dando início às comemorações dos 60 anos do Cremesp.
Para a mostra, foram selecionadas 42 capas da publicação – dos anos 1979 a 2017 – que retratam a pujança do Conselho nas lutas em prol da saúde pública e das condições de trabalho médico, em capas marcantes. Dentre elas, A proposta dos Médicos para a Saúde na nova Constituição; o Movimento em defesa de honorários dignos; A Tragédia de maio: ato público faz balanço da onda de violência; O desafio da AIDS etc.
Selo comemorativo
Na ocasião, também foram lançados, em reunião plenária especial, o selo e carimbo comemorativos pelos 60 anos. Ambos trazem o rosto de Hipócrates, considerado o “pai da Medicina”, e a logomarca do Cremesp, alusiva aos 60 anos. Foram confeccionados 10 mil selos, e o carimbo será usado por três meses em agências dos Correios da capital paulista. Após esse período, o carimbo e um exemplar do selo serão incorporados ao acervo do Museu Nacional dos Correios em Brasília.
“Para nós, este gesto representa mais um marco na história dessa instituição, que durante seis décadas vem trabalhando em prol da Medicina, da ética e da saúde”, declarou o presidente do Cremesp, Lavínio Nilton Camarim.
O evento também contou com a presença do vice-presidente Renato Françoso, de diretores, conselheiros e funcionários do Cremesp.
Proliferação de escolas médicas preocupa Cremesp há décadas
Recém-formados participam do primeiro Exame do Cremesp, em 2005
O aumento sem critérios de escolas de Medicina e a degradação do ensino e, portanto, da formação dos médicos, é uma preocupação do Cremesp há mais de quatro décadas. Quando foi oficializado, há 60 anos, existiam apenas dois cursos na Capital e dois no Interior, em Sorocaba e Ribeirão Preto. Seria razoável esperar uma expansão e, de fato, houve um crescimento lento – que se tornaria uma explosão a partir de 1980.
Em qualquer cidade do País passou a ser autorizada a instalação de faculdades de Medicina, a maioria privada, sem condições mínimas para a formação adequada. Negócio lucrativo, os novos cursos atendem, há décadas, apenas a interesses de mercado, desconsiderando que a má qualidade da formação coloca a saúde da população em risco.
Em 2017, apenas no Estado de São Paulo, eram quase 50 faculdades de Medicina; no País, 271. Em outubro de 2016, o MEC autorizou a abertura de 37 novas escolas. Com esses 271 cursos, o Brasil é o País com mais escolas de Medicina do mundo. Nos EUA, há menos de 140; na China, que tem 1,4 bilhão de habitantes, quase sete vezes mais que o Brasil, há 150 escolas de Medicina.
Desde os anos 80, o Jornal do Cremesp denuncia a má formação médica. Em uma iniciativa pioneira, o Conselho paulista instituiu, em 2005, o Exame do Cremesp, iniciando uma cultura de provas que evidencia, com dados científicos, a baixa qualidade do ensino. Aplicado de forma facultativa, o exame vem apontando que em torno da metade dos recém-formados em Medicina não tem conhecimentos básicos para exercer a profissão, sendo que a maioria dos reprovados provém de escolas privadas. Os resultados são entregues, todos os anos, às autoridades, imprensa e disponibilizados para a sociedade em geral. O Conselho espera que este trabalho possa contribuir para decisões que revertam esse quadro.
Em mais uma ação pioneira, em novembro de 2016, o Cremesp lançou a Avaliação Periódica do Ensino Médico (Apem) para medir a progressão do conhecimento dos estudantes de Medicina ainda durante a graduação, no terceiro e no quinto ano do curso.
Estado de SP é o primeiro a ter uma mulher na presidência da instituição
De todos os conselhos médicos do País, o de São Paulo foi o primeiro a ter uma mulher na presidência: a médica sanitarista Regina Ribeiro Parizi, que esteve à frente do Cremesp por três mandatos – de 1993 a 1995, 2000 a 2002 e 2002 a 2003. Ela também foi eleita duas vezes representante de São Paulo no CFM, onde ocupou o cargo de vice-presidente, além de conselheira. A médica teve papel de destaque no movimento médico, atuando na formulação de políticas para a saúde pública e suplementar, além da área de Bioética. Atualmente, a médica é presidente
da Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) e membro das câmaras técnicas de Medicina
da Mulher e de Bioética do Cremesp, entre outros cargos.