CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Mauro Aranha - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
Gilberto Natalini
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 4)
IOT é referência no tratamento e pesquisa de lesões do aparelho locomotor
CERIMÔNIA (pág. 5)
Cremesp homenageia médicos da Capital com mais de 50 anos de atividade
ESCOLAS DE MEDICINA (pág. 6)
Programa do Cremesp irá avaliar progressão do ensino médico
SAÚDE PÚBLICA (pág. 7)
Campanhas de prevenção às arboviroses se intensificam com proximidade do verão
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA (págs. 8 e 9)
Pacientes graves esperam até dois dias por leito de UTI
SIMPÓSIO (pág. 10)
Comitês de Bioética ainda enfrentam desafios para sua criação em hospitais
EVENTOS (pág. 11)
Agenda
EU, MÉDICO (pág. 12)
Jovem médica recomenda esporte como estilo de vida
JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Residentes pressionam governo paulista para pagamento de reajuste das bolsas
EDITAIS (Pág. 13)
Convocações
BIOÉTICA (pág. 15)
Bolsas para estudante de Medicina
GALERIA DE FOTOS
SAÚDE PÚBLICA (pág. 7)
Campanhas de prevenção às arboviroses se intensificam com proximidade do verão
Altlas temperaturas e fortes chuvas aumentam as condições
para reprodução do mosquito Aedes aegypti
A chegada do verão, as altas temperaturas e as fortes chuvas aumentam as condições para reprodução do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, cresce o número de casos de doenças transmitidas por esse arbovírus. A preocupação da Saúde com as campanhas de prevenção é para que os casos não disparem nesse ve-rão e agravem a situação no atendimento.
Segundo Marcos Boulos, infectologista e diretor de Comunicação do Cremesp, a expectativa é de que haja menos casos de zika e dengue neste verão. Quem teve dengue, por exemplo, não contrairá o mesmo tipo da doença. Mas pode ocorrer mais casos de chikungunya, o que é preocupante. O sistema de saúde não está preparado para uma epidemia, já que o tratamento dessa doença é multiprofissional e longo.
O surto de dengue, zika e chikungunya em 2016 foi atípico, pois ocorreu no outono, e essas doenças têm maior propagação durante o clima quente e úmido. Desde janeiro, mais de 38,7 milhões de imóveis em todo o Estado já foram visitados por agentes de saúde para eliminação de possíveis focos do mosquito. O governo federal, por sua vez, definiu as sextas-feiras de dezembro para o combate ao mosquito e realizar mutirão em escolas, unidades de saúde, órgãos públicos, canteiros de obras e outros locais, para verificar possíveis focos do transmissor e incentivar toda a população a fazer o mesmo.
Queda dos casos
O número de casos de dengue caiu 76% até o final de novembro, em comparação com o ano de 2015. Foram confirmados 159.969 casos da doença no Estado até novembro. Em 2015, o número total de casos foi de 685.914. Comparado ao número de óbitos, a diminuição foi ainda maior, passando de 488, em 2015, para 94 neste ano, o que representa uma queda de cerca de 80%.
Em relação à chikungunya, somente neste ano foram confirmados, até 25 de novembro, 1.030 casos e, em relação ao Zika vírus, no mesmo período, 4.033 casos da doença em todo o Estado.
Febre amarela
O aparecimento de macacos mortos por febre amarela no interior de São Paulo chamou a atenção para uma possível propagação da doença, em agosto. Em humanos, uma morte foi confirmada em São José do Rio Preto, vitima da forma selvagem da doença.
A vacina é a forma mais eficaz de proteção e, segundo o infectologista e diretor de Comunicação do Cremesp, Marcos Boulos, cerca de 75% a 80% da população dessa região está imunizada. Além disso, algumas cidades têm feito campanhas de imunização.
O vetor transmissor da febre amarela silvestre é o mosquito da espécie Haemagogus. Esse mosquito costuma ficar pouco no chão, geralmente está na copa das árvores, por isso, o risco de contaminação dos homens é menor que a dos macacos. Ainda assim, é prudente àqueles que forem para uma área de risco, certificarem se a vacinação está em dia.
“No passado, o Aedes era um transmissor da febre amarela, porém, não se sabe muito bem o porquê esse mosquito, aparentemente, perdeu a capacidade da transmissão ao longo do tempo”, diz Boulos.
Anvisa alerta para cadastramento de prescritores de Talidomida
Os médicos prescritores de Talidomida ainda não cadastrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisam efetuar o registro. Na Capital, os médicos podem se inscrever junto à Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) e, nas demais cidades do Estado, devem buscar o órgão responsável.
O medicamento é receitado para tratamento de hanseníase, lúpus, para sintomas em portadores do HIV, diminuição do risco de rejeição em transplantes de medula e artrite reumatoide, mas, se prescrito para grávidas, pode gerar reações adversas, como má-formação da criança, ausência de membros etc. Para prescrição do medicamento em caso de indicações que não estejam previstas, como última alternativa terapêutica, é necessário solicitar autorização prévia da Anvisa.
A prescrição deve ser feita por meio de Notificação de Receita de Talidomida, acompanhada do Termo de Responsabilidade/Esclarecimento. Ambos os documentos são retirados na Vigilância Sanitária, após o prescritor se cadastrar.
O cadastro dos médicos só pode ser feito presencialmente. Após esse procedimento, o médico receberá um talão contendo a Notificação de Receita de Talidomida, com seu nome identificado em cada uma das folhas.
Como não há data de validade do cadastro médico, se houver alguma alteração nos dados cadastrados ou desistência de ser prescritor do medicamento, o médico precisa comparecer ao órgão responsável para solicitar atualização.
Cremesp apoia a campanha Dezembro Laranja da SBD
A campanha Dezembro Laranja, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que busca conscientizar a população sobre o câncer de pele, por meio de ações de mobilização em todo o País, ganhou apoio do Cremesp. No site e nas redes sociais do Conselho, está sendo enfatiza-
da a prevenção a esse tipo de câncer, que é o de maior incidência no Brasil, com estimativa de 176 mil novos casos por ano.
Cerca de 3 mil dermatologistas voluntários prestaram atendimento gratuito, em 129 postos de atendimento por todo o País, no dia 26 de novembro deste ano, escolhido como Dia Nacional de Combate ao Câncer (Dia C). No ano passado, cerca de 20 mil pessoas tiveram atendimento e, dessas, 13,28% apresentaram lesões de câncer na pele e foram encaminhadas para tratamento.