CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Mauro Aranha - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
Gilberto Natalini
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 4)
IOT é referência no tratamento e pesquisa de lesões do aparelho locomotor
CERIMÔNIA (pág. 5)
Cremesp homenageia médicos da Capital com mais de 50 anos de atividade
ESCOLAS DE MEDICINA (pág. 6)
Programa do Cremesp irá avaliar progressão do ensino médico
SAÚDE PÚBLICA (pág. 7)
Campanhas de prevenção às arboviroses se intensificam com proximidade do verão
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA (págs. 8 e 9)
Pacientes graves esperam até dois dias por leito de UTI
SIMPÓSIO (pág. 10)
Comitês de Bioética ainda enfrentam desafios para sua criação em hospitais
EVENTOS (pág. 11)
Agenda
EU, MÉDICO (pág. 12)
Jovem médica recomenda esporte como estilo de vida
JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Residentes pressionam governo paulista para pagamento de reajuste das bolsas
EDITAIS (Pág. 13)
Convocações
BIOÉTICA (pág. 15)
Bolsas para estudante de Medicina
GALERIA DE FOTOS
CERIMÔNIA (pág. 5)
Cremesp homenageia médicos da Capital com mais de 50 anos de atividade
Aranha, Constantino e Bacheschi com os homenageados
Médicos da Capital paulista, com mais de 50 anos de atividade profissional, foram homenageados pelo Cremesp, no dia 17 de novembro, em cerimônia realizada no Centro de Convenções Rebouças. Ao destacar que a sua gestão dedica-se ao resgate do humanismo na Medicina, Mauro Aranha, presidente do Conselho, lembrou a todos sobre a importância da humildade na profissão, reforçando que o aprendizado constante e a reformulação do que já foi aprendido devem ser imprescindíveis.
O evento também contou com as presenças do conselheiro Clóvis Constantino (representando a APM), Gerson Salvador de Oliveira (Sindicato dos Médicos de SP), Antonio Carlos Gomes da Silva (Academia de Medicina de SP); e do ex-conselheiro da Casa, Luiz Alberto Bacheschi, que atuou como orador convidado de todos os colegas presentes e também recebeu homenagem. “É muito gratificante para nós, que acompanhamos a formação dos jovens na Residência Médica, participar dessa transição entre o tempo de estudante e o momento de assumir plenamente as responsabilidades profissionais”, declarou Bacheschi.
Para Constantino, “a visão do jovem que ingressa nos cursos de Medicina é diferente da que tínhamos quando escolhemos ser médicos, opção estritamente vocacional. Não podemos negar o avanço de nossa profissão em todos os sentidos, pois nossa arte é sobretudo uma ciência. Nossas bases são potencialmente científicas, mas a ação e o exercício profissional jamais deixarão de ser humanitários”, afirmou.
Oliveira elogiou especialmente as mulheres médicas, pelos desafios que enfrentaram na época em que escolheram a Medicina como profissão.
Graduação de qualidade
Por sua vez, Silva se mostrou indignado com a abertura de novos 71 cursos de Medicina, que receberam autorização do Ministério da Educação e Cultura. E também manifestou seu receio de que esse tipo de comemoração, de reconhecimento aos colegas que realizaram sua trajetória profissional sem qualquer deslize na Medicina, não se repita com o passar do tempo. “Aqueles que escolheram ser médicos precisam contar com uma graduação de qualidade, com foco exclusivo no acolhimento ético e humanizado do paciente”, acentuou.
Código de Ética
Conselheiros do Sul e Sudeste refletem sobre princípios da profissão
A revisão do Código de Ética Médica (CEM), em curso em todo o Brasil, deverá refletir as mudanças sociais ocorridas e os avanços tecno-científicos, com ênfase nos valores e princípios humanitários da profissão. Essa foi a tônica das manifestações dos Conselhos Federal (CFM) e Cremesp, na abertura do Encontro das Regiões Sul e Sudeste para Revisão do CEM, realizado no dia 29 de novembro, na Capital paulista. O evento contou com a presença do presidente do Cremesp, Mauro Aranha; do presidente do CFM, Carlos Vital; do conselheiro corregedor do CFM, José Fernando Vinagre; e do primeiro-secretário da Associação Médica Brasileira (AMB), Aldemir Humberto Soares.
A penúltima revisão do CEM demorou duas décadas para ser realizada, de 1988 a 2009. Já a atual está em curso há pouco mais de seis anos da última atualização, refletindo mudanças acentuadas na prática médica. A previsão é de que o Código entre em vigor no próximo ano.
Durante a Conferência Código de Ética Médica – Paradigma Benigno Humanitário, presidida por Aranha, o CFM defendeu que a revisão do CEM deve seguir o caminho de “travessia do paternalismo hipocrático” para o de diálogo humanitário entre médico e paciente. O Encontro Sul/Sudeste analisou diversos temas, principalmente, no que se refere à autonomia do paciente, auditoria e perícia médica, invasão da Medicina por outras profissões e publicidade nas redes sociais, entre outros.
SP analisou mais de 150 sugestões
A revisão do CEM, iniciada em julho deste ano, vem sendo feita com a participação da categoria médica e de entidades da sociedade civil que podem encaminhar sugestões de mudanças pelo site do CFM, até 31 de março de 2017. Cada Estado dispõe de uma Comissão Estadual, formada por conselheiros regionais que analisam as propostas enviadas no âmbito de sua jurisdição.
A Comissão Estadual de SP, composta por 14 conselheiros e representantes da Associação Paulista de Medicina e Sindicato dos Médicos de São Paulo, é coordenada pelo vice-presidente do Cremesp, Lavínio Nilton Camarim, juntamente com os conselheiros Renato Azevedo, Aizenaque Grimaldi e Katia Burle.
As contribuições podem ser enviadas pelo hotsite www.rcem.cfm.org.br. As Comissões Estaduais farão a avaliação prévia das propostas antes de submetê-las à Comissão Nacional instituída pelo CFM.
Cidadania
Cremesp defende nome social para médicos transgêneros
A viabilidade da utilização do “nome social” àqueles que se identificam com um nome civil distinto de seu fenótipo é defendida pelo Cremesp, que tem feito esforços para a regulamentação do registro profissional ao médico transexual, transgênero e travesti.
O Cremesp entende que a medida reconhece o profissional em sua plenitude de identidade e pessoa, tornando-o um médico melhor e beneficiando, assim, indiretamente o paciente.