

CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
Mauro Aranha - Presidente do Cremesp

ENTREVISTA (pág. 3)
Jarbas Barbosa da Silva Júnior

INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (Pág 4)
Atendimento humanizado

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA (Pág. 5)
Atendimento pré-hospitalar

TRABALHO DO MÉDICO (Pág 6)
Saúde suplementar

MOVIMENTO MÉDICO (Pág 7)
FPMed

SAÚDE SUPLEMENTAR (Pág. 8 e 9)
Planos populares

EXAME DO CREMESP (Pág 10)
12ª Edição

AGENDA DA PRESIDÊNCIA (Pág 11)
Plenária especial

EU MÉDICO - (Pág. 12)
Arary Triba

MÉDICO JOVEM (Pág 13)
Saúde do residente

CONVOCAÇÕES (Pág 14)
Editais

BIOÉTICA (Pág 15)
Transgêneros

GALERIA DE FOTOS

MÉDICO JOVEM (Pág 13)
Saúde do residente
Fórum discute as principais questões que afetam a saúde do médico desde a graduação
A depressão e a privação do sono são os principais problemas
que afetam os residentes
Lemos (2º da esq. p/a dir., à mesa): aproximação dos recém-formados
com o Cremesp
As principais questões que o médico recém-formado enfrenta no início da carreira – e que podem afetar a sua saúde física e mental –, a avaliação da qualidade do ensino médico no País e o futuro da Residência Médica foram alguns dos principais temas debatidos no I Fórum Nacional de Integração de Médico Jovem, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), realizado em Brasília nos dias 10 e 11 de agosto.
O Cremesp esteve representado no evento pelo coordenador da Câmara Temática do Médico Jovem, Nívio Lemos Moreira Junior, e pela conselheira Kátia Burle Guimarães. Em sua palestra, Lemos abordou as ações do Cremesp em favor dos médicos jovens, que podem servir de exemplo para outros Estados para ampliar a participação dos recém-formados e aproximá-los do Conselho.
Entre as iniciativas do Cremesp, destacou a implantação de procedimentos comuns a médicos com até 40 anos e o desenvolvimento de ações preventivas em questões relativas a sindicâncias.
Segundo Kátia, há indícios de que o estresse do médico começa já durante a graduação. Ela apresentou pesquisa realizada com alunos a partir do 5° ano, que apontou que em 63,71% dos casos havia predominância de sintomas psíquicos. O levantamento apresentado pela conselheira também mostrou que 60,1% das alunas tinham estresse, enquanto entre os homens, esse número cai para 41,06%.
Depressão e dependência
Segundo o professor Luiz Antônio Martins, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 28,9% dos residentes, em seu primeiro ano, apresentam sintomas depressivos. “A depressão e a privação do sono são os mais significativos problemas que afetam os residentes e têm sido considerados, respectivamente, como a principal reação ao treinamento e um dos mais importantes fatores estressantes. A privação do sono poderá levar ao comprometimento do desempenho clinico, maior incidência de erros e aumento do tempo necessário para exercer tarefas”, alertou.
Os problemas mais comuns que acometem os médicos, que lidam diariamente com situações de alto nível de exigência física e mental, são a dependência de álcool ou de drogas, as doenças afetivas, distúrbios alimentares, demências e/ou delirium provocados pelo consumo de álcool, e transtornos de personalidade, afirmou o coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Droga da Universidade Federal de São Paulo, Cláudio Jeronimo da Silva.
Papel do paciente
Segundo ele, além da convivência com situações de estresse, as resistências que os médicos têm em admitir que estejam passando por algum problema em relação à saúde física ou mental fazem com que levem, em média, sete anos e meio para procurar ajuda médica, com o risco de a doença se agravar. “Um em cada 15 médicos apresenta problemas atuais de drogas e álcool. Em geral há uma dificuldade do médico em aceitar o papel de paciente. Observamos que na maioria das vezes os profissionais sentem-se envergonhados em procurar ajuda de um colega”, declarou Silva.
Outro dado alarmante discutido durante o fórum diz respeito ao número de suicídios cometidos por médicos, que é cinco vezes maior do que a população geral, de acordo com a literatura médica. E as mulheres médicas possuem um risco ainda maior que os homens.
CONSULTA
O plantão obstétrico é obrigatório?
Devido às características específicas do trabalho de parto, o atendimento a pacientes gestantes deve ser realizado pelo médico obstetra, e sua presença é obrigatória em período integral.
As normativas estão descritas na Resolução CFM 2.056/2013, que estabelece critérios mínimos para o funcionamento regular dos estabelecimentos de saúde, apontando de forma clara o que o Cremesp entende necessário para a prestação de serviços adequados durante esse procedimento.
No que se refere às maternidades, a normativa consignou, em seu artigo 27, que são requisitos para o exercício da Medicina: sala de parto normal e cirúrgico, obrigatoriedade da presença, em tempo integral, de médico obstetra, anestesista, pediatra ou neonatologista nas maternidades onde se façam partos normais, de risco e cirúrgicos. A interpretação da norma leva à conclusão que os profissionais devem estar presentes durante o período integral de funcionamento da instituição de saúde.
Baseada na consulta nº 166.356/14, aprovada na reunião da Câmara de Consultas (26/06/2015) e homologado na 4.671ª reunião plenária (30/06/2015).