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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
Bráulio Luna Filho - presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Dirceu Greco


HOMENAGEM (pág. 4)
Henrique Carlos Gonçalves


ÉTICA (pág. 5)
CFM nº 2.126/2015


INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 6)
Pesquisa e proteção à saúde


FISCALIZAÇÃO (pág. 7)
Qualidade do ensino médico


SAÚDE PÚBLICA (págs. 8/9)
Sífilis endêmica


SAÚDE SUPLEMENTAR (pág. 10)
Planos de saúde


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
Apoio contra violência


EU, MÉDICO (pág. 12)
Alexandre Fonseca


JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Dia do Basta


CONVOCAÇÕES (pág. 14)
Editais


BIOÉTICA - (pág. 15)
Portal reformulado


GALERIA DE FOTOS



Edição 330 - 10/2015

HOMENAGEM (pág. 4)

Henrique Carlos Gonçalves


Conselheiro por 22 anos, ele deixou um legado administrativo
ao Cremesp,  além de uma história
admirada por amigos e por todos que o conheceram

 

Henrique Carlos Gonçalves, ex-presidente e conselheiro do Cremesp, faleceu em 28 de agosto, aos 67 anos.

De origem humilde, não conheceu o pai, que viajou para a guerra pouco antes de seu nascimento e faleceu em combate.  Henrique Carlos começou a trabalhar aos 11 anos, servindo mesas na casa de um duque na capital paulista.

Contrariando as expectativas da época e com o apoio da mãe, formou-se médico na oitava turma de Medicina da Santa Casa de São Paulo. Especia­lizou-se em Pediatria e em Medicina do Trabalho.

Na Prefeitura Municipal de São Paulo, ocupou cargos importantes de direção em hospitais e autarquias. No Cremesp, elegeu-se conselheiro em 1993, por eleições livres e diretas, se reelegendo por cinco vezes, e tornando-se duas vezes presidente da casa e quatro diretor do Departamento Jurídico – função que lhe era familiar devido à sua outra formação, em Direito.

Destacou-se pela atuação em diversas situações emblemáticas para a Saúde e a Medicina, como a apuração do Massacre do Carandiru; os processos do grupo Tortura Nunca Mais no Cremesp, aos quais deu celeridade; o julgamento e identificação dos corpos das vítimas dos ataques do crime organizado seguido de contra-ataque da Polícia, em maio de 2006; e na resistência dos médicos contra o Plano de Atendimento à Saúde (PAS).

O médico deixa esposa, três filhos e uma história admirada pelos amigos, colegas de trabalho, pacientes e aqueles que conviveram com ele.


Posse na presidência do Cremesp
em 2008

                                         Gonçalves participou ativamente dos Programas de

                             Educação  em Saúde para a comunidade (PESC) do Cremesp
 


Gonçalves (3º da esq. para a dir.) no Ato Público do Cremesp
sobre os Crimes de Maio

 


“Eu tive contato com o Henrique Carlos em três fases de minha vida: quando a prefeitura reassumiu o Plano de Atendimento à Saúde (PAS); depois, quando ele era superintendente da Prefeitura e eu, diretor do Hospital Ignácio Proença de Gouveia (conhecido como hospital João XXIII), onde ele era meu superior; e ao ingressar no Cremesp. Nos três momentos eu só aprendi com ele, sendo responsável por grande parte do que sei.  Ensinou-me muito sobre a conduta no CRM, como diretor de hospital, como pessoa. Só tenho a agradecer a ele. Foi um mestre para mim”.  Nicola Cociolito, delegado da Regional Leste do Cremesp


“Conheci o Henrique Carlos havia muitos anos, desde a participação juntos no movimento sindical. E, depois, na administração da Prefeitura de São Paulo, em 1989, quando ele era diretor do Hospital Municipal do Tatuapé e eu participava da diretoria do Hospital Doutor Arthur Ribeiro de Saboya. Ele era um médico extremamente ativo, muito sério e competente na sua atuação. Posteriormente, vim a encontrá-lo no Cremesp e o Henrique sempre teve muito bom senso, auxiliava sobremaneira o encaminhamento das plenárias, os aspectos políticos. Por ser advogado tinha, obviamente, um conhecimento maior que a maioria dos conselheiros e auxiliava nas questões jurídicas. Tanto que esteve à frente do Departamento Jurídico por várias gestões. Foi ele quem investigou condições administrativas inadequadas que existiam no Conselho, solucionando esses problemas e, de certa maneira, saneando  a administração. Como uma pessoa extremamente respeitada, fazia pareceres do Cremesp para encaminhamento à Justiça. Um deles, sobre a condição de abortamento na gestação com feto anencéfalo, aprovado na Plenária do Cremesp, auxiliou na decisão do Supremo Tribunal Federal. Henrique Carlos foi um homem seríssimo, honesto, extremamente simples e humilde, que teve uma participação efetiva no movimento médico. Contribuiu para melhorar as condições de atendimento médico e foi um homem admirável”. João Ladislau, conselheiro do Cremesp

 

“Conheci Henrique Carlos a partir de 1989, quando trabalhei no Hospital Municipal do Tatuapé. Ele como assessor médico do hospital, e eu como assessor jurídico. Antes disso, tive informações do médico que ele foi, um profissional dedicado. Ficamos juntos no hospital até 1991, quando mudaram a diretoria. Posteriormente, nos encontramos no Cremesp, quando lá advoguei. Tínhamos um respeito muito grande. Em 2003, ele me convidou para ser seu assessor jurídico na superintendência do Tatuapé, até 2006. Conheci seus filhos e primos, sempre me pareceu um exemplo. Quando deixou a superintendência, eu saí também. Depois disso, eu o encontrava em algumas palestras ou falávamos pelo telefone. Era uma pessoa bem pragmática, que não abria mão dos seus princípios. Grande amigo, respeitado como pessoa e profissional”. Hélio Liberatti, assessor jurídico do Hospital Municipal do Tatuapé

 

 


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