CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Bráulio Luna Filho, presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
Tomas Salerno
FORMAÇÃO MÉDICA (pág. 4)
Capacitação à distância
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) (pág. 5)
Regularização de Débitos
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 6)
Hospital Filantrópico
JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE (pág. 7)
Núcleo de Apoio Técnico e de Mediação
ESPECIALIDADES (págs. 8 a 9)
Valorização profissional
AUDIÊNCIA PÚBLICA (pág. 10)
Superlotação de hospitais
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
Avaliação acadêmica
EU, MÉDICO (pág. 12)
Conexão Brasil-Nepal
JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Residência Médica
SANTAS CASAS (Pág. 14)
Acesso à saúde: Meu direito é um dever do governo
BIOÉTICA (pág. 15)
Ética em pesquisa
GALERIA DE FOTOS
AUDIÊNCIA PÚBLICA (pág. 10)
Superlotação de hospitais
Cremesp ouve relatos dos médicos que atuam na
Zona Sul da Capital
Profissionais apontam superlotação das unidades e rotatividade
de jovens médicos como principais problemas da região
Médicos da Zona Sul (acima) e Mauro Aranha (primeira foto),
vice-presidente do Cremesp
A superlotação das unidades médicas e a rotatividade de profissionais jovens na Zona Sul da cidade de São Paulo foram as principais preocupações manifestadas pelos médicos daquela região durante Audiência Pública do Cremesp. Realizado no Hospital Municipal do Campo Limpo, em 27 de maio, o evento foi uma oportunidade de ampliar o diálogo da instituição com os profissionais, que puderam falar sobre questões específicas da localidade e expor as principais dificuldades e dúvidas relacionadas ao exercício da profissão.
A reunião foi mediada pelo vice-presidente do Cremesp, Mauro Aranha, que apresentou a estrutura organizacional e as funções do Conselho, esclarecendo procedimentos como pedidos de consultas e aberturas de sindicâncias. Também estiveram presentes o conselheiro Otelo Chino Júnior e o delegado da Delegacia Regional Oeste do Cremesp, Paulo Kron.
Segundo os médicos presentes, a escassez de leitos é agravada pela demanda de pacientes vindos de cidades vizinhas, como Embu das Artes e Osasco, e por reformas em hospitais da região.
Relataram também a dificuldade de manter um profissional recém-formado trabalhando em hospitais da periferia, principalmente em prontos-socorros. Para que eles permaneçam mais tempo em uma unidade, seria necessário – opinaram – que se aproximassem mais da comunidade local. Mauro Aranha concorda que o ponto principal é a aliança com a população. “Mas não é uma parceria como estratégia, é uma aliança humanitária. Em um local onde existe sobrecarga de demanda, o médico não pode perder a empatia com a população, não pode ser indiferente”, declarou.
Bioética
Congresso brasileiro discutirá desigualdades sociais
A diminuição das desigualdades no nascer, viver e morrer será
um dos temas do evento
Discutir e refletir sobre o comprometimento da bioética brasileira com as questões sociais do país será o principal objetivo do Congresso brasileiro de bioética. O tema Bioética e desigualdades comemorará os 10 anos da Declaração universal sobre bioética e direitos humanos da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), e os 20 anos da fundação da Sociedade Brasileira de Bioética (SBB). Promovido pela SBB desde 1996, a 11ª edição do evento será realizada em Curitiba, no Paraná, entre 16 e 18 de setembro de 2015.
Para o conselheiro e coordenador do Centro de Bioética do Cremesp, Reinaldo Ayer, o tema a ser abordado no congresso tem concentrado discussões há mais de dez anos e, ainda assim, é muito atual, o que demonstra sua importância. “Saudamos o Congresso Brasileiro com entusiasmo porque é nele que, uma vez ao ano, todos os brasileiros preocupados com bioética se reúnem. A expectativa é que o encontro seja um sucesso, como nos anos anteriores, com professores e pessoas interessadas em bioética em um mesmo ambiente”, enfatizou.
Para participar, o médico deve se inscrever pelo site www.congressobrasileiro bioetica.com, até o dia 30 de junho, com desconto, e, posteriormente, com valores integrais. No mesmo endereço, o profissional pode conferir a programação completa e eventuais atualizações.
Quem deseja submeter resumos de trabalhos na área para apresentação no Congresso, em uma das três categorias disponíveis – relato de pesquisa, relato de experiência e revisão crítica –, pode fazê-lo também pela internet, após estar devidamente inscrito no evento.
Programação
No primeiro dia, além da solenidade oficial de abertura do congresso, acontecerão as conferências Diminuição das desigualdades no nascer, viver e morrer – desafios para bioética clínica, com Jan Solbakk (Universidade de Oslo, Noruega), e O direito a morrer com dignidade no atual mundo tecnológico, com James Drane (Universidade Edinboro/IAEE, EUA). A conferência de abertura, com o tema do evento, recebe o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro e Bert Gordijn, da Irlanda, que fala sobre Desigualdades e bioética: confluências e diferenças, no segundo encontro do dia. No último dia, Henk Ten Have (Duquesne/IAEE EUA) apresentará Ensino da ética em tempos de desigualdades em uma sociedade global e Suzana Vidal, da Unesco/Uruguai (Redbioética Unesco), Educação permanente à distância no ensino da ética: uma ferramenta contra a desigualdade.
Durante o evento também serão realizados o 3º Congresso brasileiro de bioética clínica, promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e a 3ª Conferência internacional sobre ensino da ética, organizada pela International Association for Education in Ethics (IAEE).