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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
Bráulio Luna Filho, presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Pedro Caetano Sanches Mancuso


TRABALHO MÉDICO (pág. 4)
Atuação profissional


CONTEÚDO DIGITAL (pág. 5)
JC na versão digital


INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 6)
Combate ao câncer


FÓRUM (pág. 7)
A Saúde do Brasil


CRISE NA SAÚDE (págs. 8 e 9)
SUS


HISTÓRIA (pág. 10)
Genocídio Armênio


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
4º Lide Saúde e Bem-Estar


EU, MÉDICO (pág. 12)
Trabalho e Humanização


JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Plantão Regulador


CONVOCAÇÕES (pág. 14)
Editais e desagravo público


BIOÉTICA (pág. 15)
Saúde Mental em Pediatria


GALERIA DE FOTOS



Edição 325 - 05/2015

FÓRUM (pág. 7)

A Saúde do Brasil


Desafios dos sistemas público e privado são debatidos
no 2º Fórum A Saúde do Brasil

 


Sigisfredo Brenelli (Abem), Luna Filho e Cláudia Colucci:
conhecimento médico muda rapidamente e necessita de atualizações

 

Os problemas enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a sustentabilidade da Saúde no Brasil, a falta de planejamento e a situação dos médicos foram alguns dos temas do 2º Fórum - A Saúde do Brasil, realizado pelo jornal Folha de S. Paulo em parceria com o Cremesp, nos dias 11 e 12 de maio de 2015. O evento contou com palestras do presidente do Conselho, Bráulio Luna Filho, e do secretário de Estado da Saúde, David Uip, que apresentou dados históricos sobre repasses e gastos em saúde.  Segundo o secretário, os repasses do Ministério Saúde aos Estados vêm diminuindo ano a ano, penalizando os municípios.

Também presente, o ministro da Saúde, Arthur Chioro abordou as questões relativas à Atenção Básica. “Em um País de proporções continentais, precisamos encarar como decisiva a participação do atendimento primário, que pode resolver 80% dos problemas”. Ele também falou sobre o programa federal Mais Médicos, que chegou à marca de 18.247 médicos. De acordo com o ministro, o programa Mais Especialidades – que pretende garantir consultas, exames e tratamentos aos pacientes – está em fase de planejamento e detalhamento de custos.

Citando dados do Tribunal de Contas da União (TCU), Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), afirmou que em 49% dos municípios, que aderiram ao Mais Médicos, houve redução no número de consultas. Isso porque, para economizar verbas, as prefeituras demitiram os médicos para adotar o programa federal.
 

Gestão

O ministro garantiu que planeja enfrentar o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS). “Temos de pensar nele como um sistema nacional de Saúde, valorizando a relação público-privada, que tem de ser cada vez mais produtiva e qualificada”, disse.

Pedro Ramos, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), destacou que o setor privado também enfrenta problemas. “Temos mais de 50 milhões de pessoas conveniadas, porém, vamos começar a perdê-las, devido à recessão que o País enfrenta”, relatou Ramos, analisando que esses pacientes irão para o SUS, que tem menos recursos que o setor privado, o que será um grande problema.
 



Aumento dos custos e o futuro da saúde privada

No debate sobre a relação entre a alta dos custos na saúde privada e o aumento de expectativa de vida do brasileiro, Eudes Aquino, presidente da Unimed Brasil, afirmou que as instituições de saúde, especialmente as públicas, não têm acompanhado esse crescimento.  “A saúde privada deve fazer uma mudança em seu modelo assistencial, com gestão planejada”, afirmou. Ele citou o SUS como um bom modelo, mas criticou a falta de orçamento e de gestão qualificada. “Não adianta melhorar em alguns setores e manter o descaso com outros. O sistema de saúde só funciona se for cuidado como um todo”, concluiu. 
 

Formação médica carece de avaliação periódica

O exercício da Medicina do Brasil, a exemplo de outros países, deveria ser moderado tanto pela avaliação terminal de recém-formados, quanto de médicos atuantes, a cada cinco anos, defendeu o presidente do Cremesp, Bráulio Luna Filho, no debate com o presidente da Associação Brasileira das Escolas Médicas (Abem), Sigisfredo Brenelli, mediado pela jornalista da Folha de S.Paulo,  Claudia Colucci.

Eles consideram que o ensino médico atual é inadequado e concordam em relação à avaliação periódica de médicos já atuantes. Para ambos, o conhecimento médico muda rapidamente e necessita de atualizações.

“No caso dos médicos já formados, o sistema de avaliação profissional do Canadá, realizado a cada cinco anos, é um bom modelo a ser seguido”, comentou Luna Filho. Brenelli, entretanto, é favorável à avaliação das escolas médicas por meio de um sistema de acreditação, em vez de um exame aplicado ao recém-formado.  Pa­ra o presidente do Cremesp, uma avaliação do recém-formado – com o consequente impedimento do exercício da Medicina, caso não alcance nota mínima –, protegeria a população atendida ao mesmo tempo em que deixaria exposta a escola responsável pela má-formação.
 

Inovação é o desafio das produções científicas brasileiras

O Brasil produz um grande número de produções científicas, mas há falta de qualidade de parte dos trabalhos. Paulo Hoff, diretor clínico do Instituto do Câncer do Estado de SP (Icesp) , afirmou que os pesquisadores reproduzem, mas não criam nada original em relação a produções científicas. Além disso, houve uma série de incentivos à inovação, mas persistem os obstáculos para as empresas fazerem pesquisa.

O secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, enfatizou a aproximação entre universidades e empresas privadas para a criação de novas patentes e destacou que a Anvisa tem tomado medidas regulatórias para aperfeiçoar os testes para novos medicamentos.
 

Impostos inviabilizam acesso a medicamentos

No debate sobre o acesso a medicamentos, José Miguel do Nascimento Jr, diretor do Programa Farmácia Popular, do Ministério da Saúde, explicou que o programa surgiu como forma complementar na oferta de medicamentos pelo SUS. O co-pagamento (em que o governo paga uma parte dos valores e os clientes, o restante) foi adotado quando a rede própria de distribuição foi ampliada, a partir de 2006.

“Temos que buscar uma forma de ampliar o número de medicamentos e dos pontos de venda, sobretudo nas cidades pequenas do interior, reduzindo a carga tributária de 30% para ampliar o acesso pela população de baixa renda”, disse Walter Ihoshi, deputado federal por São Paulo.

 


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