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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
João Ladislau Rosa - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Tim Swanwick


LEGISLAÇÃO (pág. 4)
Limites da atuação do médico e do farmacêutico


MAIS MÉDICOS (pág. 5)
As falhas do Programa em São Paulo


SAÚDE SUPLEMENTAR (pág. 6)
Contratualização formal dos médicos


MOVIMENTO MÉDICO (pág. 7)
Plano de Carreira


ENSINO MÉDICO (pág. 8)
Avaliação de egressos


ENSINO MÉDICO (pág. 9)
Opinião acadêmica


PLENÁRIA TEMÁTICA (pág. 10
Trote, preconceito e assédio


EBOLA (pág. 11)
Medidas de precaução


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 12)
Inauguração


JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Falsificação de atestado médico


ANUIDADE 2015 (pág. 14)
Desconto para PJ


BIOÉTICA (pág. 15)
Avanço tecnológico e acesso dos pacientes


GALERIA DE FOTOS



Edição 319 - 10/2014

PLENÁRIA TEMÁTICA (pág. 10

Trote, preconceito e assédio


Violência entre estudantes contrasta com compromisso ético do futuro médico

Cresce número de casos de trotes abusivos, preconceitos e assédio entre estudantes de Medicina


Trotes universitários: "tem imperado a barbárie"


A violência entre estudantes de Medicina – não só em trotes aos calouros, mas também em competições esportivas, festas e mesmo dentro do ambiente de ensino – foi debatida por médicos, estudantes e conselheiros durante plenária temática no dia 26 de outubro, no auditório do Cremesp. Mauro Aranha, psiquiatra e vice-presidente do Conselho, destacou que a violência no Brasil cresce entre os jovens de 18 a 25 anos, e o mesmo acontece com os estudantes de Medicina. “Observamos que tem imperado a barbárie”, disse ele, o que motivou o Cremesp a analisar o assunto em profundidade.

O evento Violência entre estudantes de Medicina – do trote a outras violências, que teve a coordenação da psiquiatra e conselheira do Cremesp, Katia Burle dos Santos Guimarães, também trouxe a visão do psiquiatra Ibiracy de Barros Camargo, professor de psi­quia­tria da Unaerp e do Centro Universitário Mauá, sobre o compromisso ético, estabelecido pelo Código de Ética do Estudante de Medicina. “É preciso bem mais que o simples cumprimento das regras. Necessitamos de consciência ética sobre o lugar e o papel social do futuro médico na sociedade. Se o início da vida acadêmica for marcada por selvageria, humilhação e traumas, como será a vida profis­sional do médico?”, ques­tionou.

Em sua palestra Violência e Trote: altruísmo X projeção da destrutividade, Luiz Roberto Millan, membro da Câmara Técnica de Psiquiatria do Cremesp, abordou as pulsões vocacionais que levam o estudante a escolher a carreira de médico e também o papel das escolas. Para ele, a instituição deve oferecer um ambiente acolhedor e humano, ter profissionais como fonte de identificação para que o estudante desenvolva seu potencial, criar serviços de assistência psicológica aos alunos e médicos residentes, além de criar grupos de tutoria para auxi­liá-os em sua trajetória acadêmica.


Camargo, Del Sant, Milan, Kátia, Pignatari e Stasi: análise do omportamento dos futuros médicos


Responsabilidade
Mencionando a violência nos jogos Intermed, Pré-Intermed e Jumed, Renato Del Sant, diretor do hospital-dia do Instituto de Psiquiatria do HC-Fmusp, afirmou que, nessas ocasiões, “é comum os estudantes perderem o senso de responsabilidade e cometer atos impensados”. Mas que esse seria um comportamento típico de uma massa desorganizada, o que não é o caso.

Os estudantes Renato Pignatari, da Fmusp, e Gabriel Guimarães Di Stasi, da Faculdade de Medicina de Marília (Famema), relataram que os centros acadêmicos e atléticas estão preocupados com a vio­lência e abuso de álcool e drogas em festas, assim como em questões comportamentais co­mo racismo, homofobismo e assédio sexual. Na USP, foi criada uma comissão específica para monitorar esses temas e criar um mecanismo de acolhimento dos alunos que passaram por esses episódios. O serviço já existe na Famema.

Stasi relatou que, apesar das recomendações e das câmeras de segurança instaladas na universidade, o limite entre trote e integração depende de cada estudante e envolve a índole deles, o que torna impossível o controle por parte das organizações estudantis.

A íntegra do evento está disponível em áudio para download no portal do Cremesp (www.cremesp.org.br).

 


 

Indústria de bebidas patrocina 86% das festas acadêmicas

A maioria das agremia­ções estudantis (86%) da capital paulista conta com apoio da indústria de bebidas alcoólicas para realizar eventos, e mais da metade (63%) recebe incentivo financeiro, de acordo com pesquisa realizada por uma equipe de psi­co­biólogos da Unifesp. As associações atléticas acadêmicas atuam co­mo orga­nizadoras de eventos esportivos e festas dentro das faculdades, muitas no sistema open bar, ou seja, sem limite de consumo de bebida. Com esse atrativo, muitos estudantes exageram e bebem demais, chegando ao co­ma alcoólico.

Mais de um terço (35%) dos entrevistados pelo estudo afirma que as vendas de bebidas acontecem também dentro das sedes das atléticas, o que é proibido pelas regras das universidades. Segundo relatos, as agremiações receberiam das cervejeiras preços mais baratos, estrutura e divulgação das festas e bonificações ao cumprirem com as metas de vendas.

Para a indústrias, os acordos comerciais com as atléticas existem, mas envolveriam apenas o fornecimento de infraes­trutura, como mesas, caixas térmicas e freezers em troca de exclusividade da marca.

 


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