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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
João Ladislau Rosa - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Florisval Meinão


GESTÃO DA SAÚDE (pág. 4)
Pesquisa Datafolha e CFM


SAÚDE PÚBLICA (pág. 5)
Impacto da legalização das drogas


ESCOLAS MÉDICAS (pág. 6)
Abertura de cursos de Medicina


EXAME DO CREMESP (pág. 7)
Inscrições abertas


ELEIÇÕES CFM (págs. 8 e 9)
Novos conselheiros representam SP do CFM


SAÚDE MENTAL (pág. 10)
Prevenção do suicídio


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
Debate sobre a importância do Revalida


ELEIÇÕES APM (pág. 12)
Conheça a nova diretoria


JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Fotos de pacientes na internet


SERVIÇOS DO CREMESP (pág. 14)
Postos de arrecadação


TRIBUTOS (pág. 15)
Projeto parcela dívidas do ISS


BIOÉTICA (pág. 16)
Crianças desaparecidas


GALERIA DE FOTOS



Edição 318 - 09/2014

GESTÃO DA SAÚDE (pág. 4)

Pesquisa Datafolha e CFM


SUS é avaliado como péssimo por 54% da população

Diminuição e falta de leitos, atraso nas obras e superlotação são algumas possíveis causas da avaliação negativa


O Sistema Único de Saúde (SUS) foi ava­liado como péssimo (notas de 0 a 4) por 54% dos brasileiros. No cômputo entre regular e péssimo (notas de 0 a 7), esse número chega a 87%, de acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM). O estudo mostra ainda que a Saúde, pública e privada, também é vista de forma insa­tis­fatória por 93% da população, sendo que 60% dão nota de 0 a 4 (péssimo).

A avaliação foi feita por meio de um questionário que abordava, principalmente, a questão do SUS  – abrangendo imagem, acesso e qualidade, tempo de espera e gestão e financiamento do sistema. De mo­do geral, o serviço foi considerado precário pela população, apresentando falhas nos quatro segmentos abordados pela pesquisa.

O estudo também revelou que a Saúde é considerada uma questão importante para 87% dos entrevistados, e prioridade para o País, de acordo com 57%.

De acordo com a pesquisa, nos últimos dois anos, 92% procuraram um serviço do SUS, que foi considerado de difícil ou muito difícil acesso na maioria dos atendimentos avaliados. A maior procura dos cidadãos (48%) foi por Postos de Saúde ou Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Mas se há dificuldade inicial de acesso, outros estudos mostram que, após o atendimento, a percepção do paciente sobre o serviço é positiva.
 


Os recursos direcionados para o SUS também são alvos de críticas. Segundo o estudo, 80% da população não acredita que o sistema consiga atender bem a todos, em igualdade de condição e que exista uma boa administração dos recursos direcionados.

O tempo de espera por consultas, realização de exames e procedimentos são outras questões criticadas no atendimento do Sistema Público. Em 29% dos casos, o paciente chega a aguardar mais de seis meses por algum tratamento. O acesso a médicos especialistas e a falta de profissionais também são criticados pelos entrevistados. O estudo demonstra que a oferta de serviços precisaria de uma ampliação geral para atender à demanda de forma adequada.

Piora do cenário
Na pesquisa, alguns índices são apontados co­mo possíveis causas da piora no cenário da Saúde no País, entre eles a diminuição e falta de leitos, atraso nas obras e superlotação. Algumas tendências na sociedade também podem estar sobrecarregando ainda mais o acesso aos serviços do SUS. A mortalidade por câncer, por exemplo – que passou de 50,7 por 100 mil habitantes, em 1990, para 86,9 por 100 mil habitantes, em 2012 – seria uma das causas, além do número de mortes por acidentes e causas externas (armas de fogo), que também cresceram nos últimos anos.

O aumento da expectativa de vida do brasileiro – que passou de 54,7 anos em 1960 para 74,6 em 2013 – e do número de suicídios, também podem contribuir para a piora do serviço de saúde.

 


Metodologia

A pesquisa quantitativa do Datafolha foi realizada entre os dias 3 e 10 de junho. O estudo se baseou em 2.418 entrevistas, com homens e mulheres a partir dos 16 anos, pertencentes a todas as classes sociais, com abrangência nacional. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

 


 

Financiamento

Projeto Saúde
+ 10% permanece em tramitação na Comissão de Justiça

Resultado do Movimento Saúde +10, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 321/2013, que reivindica a des­tinação de 10% do PIB para a Saúde Pública, permanece em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, desde o dia 3 de junho de 2014, embora esteja em regime de prioridade, aguardando apreciação para ser votado pelo Plenário.

O PLC estabelece que 10% da receita corrente bruta da União sejam destinados para o financiamento do SUS. Não sendo considerados nesse cálculo os percentuais mínimos a que já estão sujeitos estados e municípios (respectivamente, 12% e 15%), conforme a lei em vigor.

As entidades médicas, articuladoras do Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, Saúde +10, acreditam que é imprescindível que ocorra a aprovação do projeto para que os recursos federais proporcionem uma melhora nos serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com o subfinanciamento, os municípios ficam sobrecarregados e, em alguns casos, arcam com até 30%, o dobro do previsto pela Constituição Federal.

No ano de 2013, o setor da Saúde (assistência pública e privada) contou com uma participação de 10,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, ante 9,5% em 2012. Desse montante, coube ao setor público a menor fatia: 43%, aproximadamente 4,3% da receita bruta da União, de acordo com a Confederação Nacional de Saúde (CNS).

 


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