CAPA
CARTA ABERTA (pág.2)
SUS: direito ao atendimento de qualidade
ENTREVISTA (pág.3)
Roberto Luiz d'Avila
MOBILIZAÇÃO NACIONAL (pág.4)
Protestos contra entrada de médicos estrangeiros sem revalidação
PROPOSTA (pág.5)
MS promete grupo de trabalho para analisar carreira no SUS
MOVIMENTO MÉDICO (pág.6)
Plano de carreira da SES é contestado por médicos
SAÚDE SUPLEMENTAR (pág.7)
Médicos devem denunciar casos de abuso de planos de saúde
FISCALIZAÇÃO DO CREMESP (pág.8)
Prontos-socorros do Estado: situação catastrófica
FISCALIZAÇÃO DO CREMESP (pág.9)
Irregularidades em mais da metade dos PSs fiscalizados
PROJETO DE LEI (pág.10)
Regulamentação da atividade médica é aprovada pelo Senado
EXAME DO CREMESP (pág.11)
Conselho promove parceria com escolas para a elaboração da prova
ELEIÇÃO DO CREMESP (pág13)
Pleito define diretores e conselheiros da gestão 2013-2018
CHAPA 1 (pág.14)
UNIDADE MÉDICA
CHAPA 2 (pág.15)
OPOSIÇÃO UNIDA
GALERIA DE FOTOS
MOVIMENTO MÉDICO (pág.6)
Plano de carreira da SES é contestado por médicos
Médicos contestam plano de Carreira da SES
Simesp encaminhará proposta com modificações à lei estadual visando ajustes no novo Plano de Carreira Médica
Carlos Izzo e Cid Carvalhaes (Simesp) com Ladislau: novo plano prejudica quem trabalha há mais tempo no Estado
O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) irá encaminhar à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Alesp) propostas de modificações na Lei Complementar Estadual 1.193/2013, que institui a Carreira de Médico no âmbito da administração pública estadual. A ação visa solucionar as flagrantes injustiças contidas no plano – notadamente para os médicos com 20 a 30 anos de exercício profissional – e torná-lo mais compatível aos objetivos declarados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). A medida foi decidida durante assembleia, no dia 6 de junho, em que foram discutidos os graves problemas que o plano de carreira proposto pelo governo estadual.
O pagamento dos salários referentes ao mês de fevereiro frustrou os médicos do Estado. Muitos deles se queixam, inclusive, de redução salarial e criticam o fato de a Secretaria de Estado da Saúde ter anunciado que os médicos poderiam ter salário de até R$ 14 mil, mas que, na prática, está havendo redução de valores. Além disso, questionaram o fato de a grande maioria dos médicos ter sido classificada na categoria I, independentemente do tempo de profissão.
“Nossa expectativa era de que o tempo já trabalhado no Estado, pelos médicos mais antigos, fosse computado com a incorporação dos aumentos proporcional a esse período”, afirma João Ladislau Rosa. Para Cid Carvalhaes, presidente do Simesp, “da forma como foi aprovada, a lei da carreira médica não altera os valores recebidos pelos médicos em alguns casos, chegando até a prejudicar aqueles que já trabalham no Estado há mais tempo”.
Gratificações
PPM pode representar prejuízos na aposentadoria
Não bastasse a efetiva falta de valorização profissional que a lei traz, ela não está sendo cumprida em sua integralidade. O Prêmio de Produtividade Médica (PPM), que substitui o Prêmio Incentivo (PIN) – e era devido desde fevereiro – deixou de ser pago aos médicos de diversas unidades da SES; ou foi contabilizado com valor menor, igualando os vencimentos dos profissionais que atuam em locais distantes e de difícil acesso aos dos que trabalham nos bairros centrais da cidade.
Outra questão grave refere-se à incorporação do PPM, para fins de aposentadoria, que se dá na proporção de 1/30 a cada ano trabalhado. Quem ingressar agora na carreira, após 30 anos de trabalho, terá a incorporação de 100% do PPM na aposentadoria. Mas os que já eram servidores por ocasião da publicação dessa Lei, integrados por ela à Carreira de Médico, dificilmente receberão o PPM integral. Ou seja, a maior parte dos médicos que vierem a se aposentar nos próximos meses ou anos terá prejuízo em relação àqueles que o fizeram no último ano, por exemplo, já que a incorporação da PPM poderá ser inferior aos 50% do PIN já garantidos.
Representantes do Cremesp, APM e Simesp tiveram reunião com o secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri, o secretário adjunto, João Manoel de Camargo Teixeira, e o coordenador de Recursos Humanos, Haino Burmester, no dia 25 de junho. A equipe da Secretaria confirmou que parte dos médicos teve ganhos razoáveis, outros pequenos acréscimos e um contingente pequeno foi prejudicado, principalmente os sanitaristas, que terão análise caso a caso. De acordo com Cerri, o Plano de Carreira ainda não foi implantado em sua integralidade, o que deve acontecer a partir de 2014. O Cremesp aguarda novos contatos com a Secretaria para acompanhar as decisões.
Sanitaristas criticam critérios de enquadramento
Azevedo, Ladislau e Marli receberam o grupo de profissionais na sede do Cremesp
Os médicos sanitaristas que atuam na Secretaria de Estado da Saúde foram recebidos no Cremesp, no dia 11 de junho, para tratar da Carreira de Estado proposta pela Secretaria de Estado da Saúde. Em reunião informal com o diretor de Comunicação, João Ladislau, eles trouxeram informações e documentos para análise do Cremesp e demais entidades médicas que apontam possíveis irregularidades. Também participaram do encontro o presidente do Cremesp, Renato Azevedo, e a conselheira Marli Soares.
“Acabaram com a carreira de sanitarista, criada na década de 70. Esses profissionais foram extremamente prejudicados, especialmente aqueles em vias de se aposentar. Iremos analisar a situação e planejar os próximos passos com as demais entidades médicas paulistas”, afirma Ladislau.
Os sanitaristas criticaram os critérios para o enquadramento no novo Plano de Carreira e nos valores incluídos na composição do salário e da produtividade e de problemas na transição do PIN para o novo PPM, entre outros.