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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
Renato Azevedo Júnior - presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Linamara Battistella


ATO MÉDICO (pág. 4)
Acupuntura


SUS (pág.5)
Projeto de Lei de Iniciativa Popular


SAÚDE SUPLEMENTAR (pág. 6)
Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde


REIVINDICAÇÕES (pág. 7)
Propostas dos médicos à ANS


SAÚDE DO MÉDICO (págs. 8 e 9)
Dados sobre mortalidade dos médicos no Estado de São Paulo


DIPLOMAS ESTRANGEIROS (pág. 10)
REVALIDA


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
O uso abusivo de álcool no trânsito


COLUNA DO CFM
Formação e especialização em Medicina


REGIONAIS (pág. 13)
Atualização profissional no interior paulista


FISCALIZAÇÃO (pág. 15)
Delegacia Regional de Campinas


BIOETICA (pág. 16)
O (polêmico) tratamento da TB multirresistente


GALERIA DE FOTOS



Edição 292 - 05/2012

REIVINDICAÇÕES (pág. 7)

Propostas dos médicos à ANS


Médicos entregam à ANS modelo de contratualização

Enquanto médicos de todo o país se mobilizavam contra os honorários pagos pelas operadoras de saúde, em 25 de abril, representantes das entidades médicas nacionais – Conselho Federal de Medicina, Federação Nacional de Saúde e Associação Médica Brasileira – entregaram à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no Rio de Janeiro, um documento com as 15 propostas da categoria. O texto solicita reajustes anuais de valores pagos, parâmetros para fixação de honorários e critérios para credenciamento/descredenciamento dos médicos pelas operadoras de saúde, entre outros (confira abaixo a íntegra do documento). Foi pré-agendada uma nova reunião para o dia 14 de maio, quando o tema voltará à discussão e a ANS apresentará o seu parecer.

“A ANS foi receptiva e apresentou somente algumas dúvidas de ordem legal. Esperamos que isso possa resultar em bons frutos para os médicos e todo o Sistema de Saúde Suplementar”, afirma Aloísio Tibiriçá, vice-presidente do CFM.

Após a realização, com êxito da mobilização em todo o país, as entidades nacionais orientam as Comissões Estaduais de Honorários Médicos a prosseguirem negociando com as operadoras de planos de saúde. Uma reunião ampliada está prevista para o mês de junho, com data e local ainda a serem definidos. Na oportunidade, será feito um balanço das conquistas e elaborado um cronograma de atividades para os próximos meses.

As 15 propostas dos médicos à ANS

1. Toda entidade médica legalmente constituída poderá negociar com as operadoras em nome de seus jurisdicionados, sem exclusão de uma pelas outras.
2. Obrigatoriamente, haverá uma data base anual nacional estabelecida para reajuste ou aditivos contratuais com redefinição dos valores dos serviços contratados, segundo os critérios estabelecidos na negociação coletiva anual entre a operadora e a representação dos prestadores.

§ 1º O critério de remuneração mínima terá como valor a CBHPM em vigor.
§ 2º O índice de reajuste anual, quando não houver negociação, será o mesmo fixado pela ANS para os usuários de planos de saúde.

3. Os serviços prestados deverão ser efetivamente pagos em até 30 dias corridos da apresentação do faturamento no primeiro dia útil de cada mês e, no caso da entrega do envio do faturamento eletrônico o prazo é de 10 dias corridos para o pagamento.
4. O atraso no pagamento obrigará a operadora ao pagamento de multa de xxxx e atualização monetária de xxxx ao dia.
5. Não serão admitidas glosas de procedimentos médicos realizados que estejam no Rol da ANS ou da operadora ou que tenham sido objeto de autorização prévia, bem como de qualquer desconto indevido.
6. As glosas que porventura forem feitas pela operadora, das quais caberá pedido de reconsideração, serão notificadas ao prestador em documento assinado pelo médico auditor, com explicação detalhada de cada caso, até o dia 15 (quinze) do mês de apresentação do correspondente documento de cobrança, cabendo recurso em 10 dias pelo prestador.
7. Os contratos serão firmados entre os prestadores médicos PF ou PJ.
8. Os profissionais médicos poderão prestar seus serviços como PF ou PJ, de acordo com o profissional, vedado o constrangimento de migrar de uma para outra situação.
9. Os contratos deverão estabelecer o local de atendimento do profissional aos pacientes usuários da operadora.
10. Os pagamentos devidos ao prestador pela execução de serviços em unidades de saúde deverão ser efetuados diretamente ao profissional, pela operadora. Excetuam-se os casos de médicos contratados diretamente pela Unidade.
Parágrafo Único: o atendimento realizado entre às 19 horas e às 7h durante a semana e em finais de semana e feriados, sem prejuízo do disposto no caput, serão remunerados com acréscimos de 30%.
11. Fica vedado o descredenciamento de médico de operadora, exceto por decisão motivada e justa, garantindo-se ao médico o direito de defesa no âmbito da operadora ou outro.
§ 1º No caso de descredenciamento, o médico será notificado com 90 dias de antecedência e caso seja motivado por redimensionamento da rede, deverá ter o aval da ANS.
§ 2º A inobservância do caput implicará a reintegração no trabalho com todas as garantias e demais vantagens relativas ao período de afastamento, o qual será considerado como de efetiva prestação de serviços.
12. As partes se obrigam a respeitar e abrigar nos contratos, o Código de Ética Médica e Resoluções amparadas em lei, emanadas dos Conselhos de Medicina.
13. O foro eleito no contrato deverá ser obrigatoriamente o do local da prestação do serviço médico.
14.A operadora fornecerá aos prestadores médicos o extrato mensal detalhado da prestação dos serviços, incluindo as glosas.
15. A Operadora de Plano de Saúde disponibilizará um canal direto de comunicação do prestador médico com a coordenação médica da operadora.

Conselho Federal de Medicina
Federação Nacional de Saúde 
Associação Médica Brasileira

Aumenta confiança dos brasileiros nos médicos

Apesar da precariedade das condições de trabalho e da baixa remuneração tanto no SUS quanto nos planos de saúde, os médicos detêm bons índices de confiança por parte da população, demonstrando que os movimentos realizados por esses profissionais não têm prejudicado a relação com os pacientes. O índice de confiança do brasileiro nos médicos aumentou para 76% em 2011, quando no ano anterior era de 70%, de acordo com pesquisa do Ibope, que compõe o estudo Worldwide Independent Network of Market Research (WIN). Isso significa que três a cada quatro pacientes preferem seguir a recomendação médica à risca.

Entre os critérios que os entrevistados avaliaram positivamente estavam o respeito, a linguagem adequada e a atenção oferecida durante as consultas, que contribuíram para destacar a boa imagem do médico. Na análise geral, o atendimento do médico foi aprovado por 88% dos pacientes. O estudo é realizado anualmente e deverá ser atualizado no início do segundo semestre de 2012.



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