CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Renato Azevedo Júnior - presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
Linamara Battistella
ATO MÉDICO (pág. 4)
Acupuntura
SUS (pág.5)
Projeto de Lei de Iniciativa Popular
SAÚDE SUPLEMENTAR (pág. 6)
Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde
REIVINDICAÇÕES (pág. 7)
Propostas dos médicos à ANS
SAÚDE DO MÉDICO (págs. 8 e 9)
Dados sobre mortalidade dos médicos no Estado de São Paulo
DIPLOMAS ESTRANGEIROS (pág. 10)
REVALIDA
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
O uso abusivo de álcool no trânsito
COLUNA DO CFM
Formação e especialização em Medicina
REGIONAIS (pág. 13)
Atualização profissional no interior paulista
FISCALIZAÇÃO (pág. 15)
Delegacia Regional de Campinas
BIOETICA (pág. 16)
O (polêmico) tratamento da TB multirresistente
GALERIA DE FOTOS
SAÚDE SUPLEMENTAR (pág. 6)
Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde
Passeata reivindica reajuste em honorários dos planos de saúde
Médicos e dentistas de São Paulo pedem respeito das operadoras de saúde, em mobilização que reuniu 1 mil participantes na avenida Paulista
Passseata dos médicos na avenida Paulista, dia 25 de abril
Médicos e dentistas do Estado de São Paulo fizeram uma mobilização pelo Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde, em 25 de abril. Cerca de 1 mil participantes reuniram-se na sede da Associação Médica Brasileira (AMB), às 9h, e seguiram em passeata até o Conjunto Nacional, na avenida Paulista, local em que foi realizada a Feira da Saúde, no período da tarde.
De acordo com João Ladislau, conselheiro do Cremesp que participa das negociações com os planos de saúde, o movimento visa ao aumento das consultas para R$ 80, implementação da CBHPM, reajuste anual dos honorários (como item dos contratos) e definição de critérios para credenciamento e descredenciamento. “O papel do Cremesp é garantir a assistência à sociedade. Corrigir as distorções dos honorários médicos com certeza terá reflexos na qualidade da atenção à saúde”, ressalta.
Com a faixa Planos de saúde: reajuste já – por valores dignos de consultas e procedimentos médicos, além de Ladislau, o Cremesp foi representado pelo presidente, Renato Azevedo, e pelos conselheiros Eurípedes Carvalho, João Márcio Garcia, Krikor Boyaciyan, Pedro Teixeira, Renato Françoso e Silvana Morandini.
Médicos paulistas "deram cartão amarelo" aos planos de saúde, no dia 25 de abril
Durante o percurso da passeata, representantes do Cremesp, Associação Paulista de Medicina, Sindicato dos Médicos de São Paulo, Academia de Medicina de São Paulo, sociedades de especialidades médicas, Associação Brasileira de Mulheres Médicas – Seção São Paulo, Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas, Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas e Conselho Regional de Odontologia de São Paulo explicaram o objetivo do movimento e “deram cartão amarelo” (em sinal de advertência) exigindo respeito das operadoras. Também foi distribuída uma Carta Aberta à População.
“Os lucros das empresas de planos de saúde são exorbitantes, às custas da exploração do trabalho médico. É por isso que estamos na rua: para exigir respeito dos planos de saúde e para que a ANS cumpra seu papel”, disse Azevedo. Ele ressaltou que o movimento acontece em todo o país.
“Com a mobilização coletiva do ano passado, pela primeira vez conseguimos alguns avanços, como alguma recuperação nos valores das consultas. Mas precisamos negociar um aumento escalonado dos procedimentos a ser pagos de acordo com a complexidade”, declarou Florisval Meinão, presidente da APM. Estão previstas reuniões das entidades médicas com vários planos de saúde e as negociações estão previstas até o final de maio.
Feira da Saúde
“Conseguimos,no ano passado, um reajuste de honorários para os médicos da Santa Casa baseado nos índices da ANS para planos de pessoa jurídica, no qual recebemos R$ 43 por consulta, mas queremos chegar a R$ 80.”
Celso Limoli Jr, médico da Santa Casa de Valinhos e membro da Associação Médica de Valinhos
“A Unimed acaba balizando as consultas de Campinas em R$ 53, além de oferecer benefícios como férias, 13º salário e plano de saúde. Somos 3 mil cooperados na região e apoiamos a passeata porque achamos que as operadoras precisam ter senso crítico e entender que não basta exigir, têm que haver respeito ao médico.”
Gerson Muraro, médico do Centro de Ortopedia de Campinas e representante do Sindimed de Campinas
“Muitos colegas têm se descredenciado dos planos de saúde no ABC. As operadoras querem uma negociação centralizada em São Paulo, embora não aceitem pagar os mesmos valores de consulta que oferecem na Capital, o que é um desrespeito ao médico. Queremos honorários únicos em todo o Estado.”
Alice Lang Simões Santos, médica da prefeitura de Santo André e presidente da regional da APM
Após a manifestação, os médicos deram esclarecimentos à população durante a Feira da Saúde, promovida pelas sociedades médicas. Nos estandes, a Sociedade Paulista de Pneumologia (SPPT) prestou informações sobre tabagismo; a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (Sogesp), sobre câncer de útero, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), sobre diabetes e obesidade; e a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) realizou um treinamento sobre ressuscitação para leigos. Membros da Associação Brasileira dos Cirurgiões Dentistas (ABCD), a Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD) e o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) conversaram com a população sobre saúde bucal, enquanto a ProTeste Associação de Consumidores orientou os usuários sobre os planos de saúde. No estande das entidades médicas, os cidadãos puderam ter acesso ao formulário de coleta de assinaturas por mais recursos da União para a saúde. Também receberam a publicação Os médicos e os planos de saúde – Guia de direitos contra os abusos praticados pelas operadoras, do Cremesp.