CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
André Longo Araújo de Melo - diretor da ANS
DEPENDÊNCIA (pág. 4)
Rede de Apoio a Médicos registra 395 atendimentos em dez anos
SAÚDE DA MULHER (pág. 5)
Publicação atualiza ética na ginecologia e obstetrícia
FISCALIZAÇÃO (pág. 6)
Urgência e emergência de Campinas tem sobrecarga de atendimento
APOSENTADORIA (pág. 7)
Holerite de médico aposentado reflete baixos salários no sistema público de saúde
SAÚDE SUPLEMENTAR (págs. 8/9)
Definida nova mobilização para o dia 25 de abril
CFM (pág. 10)
A Medicina no mundo digital
FINANCIAMENTO DA SAÚDE (pág. 11)
Frente Nacional por Mais Recursos na Saúde
SAÚDE MENTAL (págs. 12/13)
Dispersão de usuários dificulta acesso dos agentes de saúde
REGIONAIS (pág. 15)
Cremesp inaugura novas delegacias em Bauru e Osasco
BIOÉTICA (pág. 16)
Prática de trocar receita é considerada infração ética
GALERIA DE FOTOS
EDITORIAL (pág. 2)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp
Escola médica não é moeda de troca
“Parece não ter fim a escalada de irresponsabilidades protagonizada pelo governo federal diante de assunto tão sério: a má formação de médicos que terão em suas mãos a saúde e a vida das pessoas”
O Conselho Nacional de Educação (CNE) agiu contra o interesse público ao recomendar a devolução de vagas de cursos de Medicina cortadas, devido à comprovada má qualidade do ensino, e com avaliação negativa desde 2007 no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).
Serão beneficiadas, com o retorno de 300 vagas ao todo, sete instituições privadas, é claro – com sérias deficiências, uma delas no Estado de São Paulo.
Além do desserviço à sociedade, o MEC está passando por cima do sério trabalho da Comissão de Especialistas do Ensino Médico, montada pelo próprio Ministério, sob coordenação do professor Adib Jatene. A Comissão fez avaliações cuidadosas in loco e estabeleceu critérios de funcionamento de escolas médicas, que inclui a existência de corpo docente capacitado e de complexo médico-hospitalar e ambulatorial para o ensino prático.
Parece não ter fim a escalada de irresponsabilidades protagonizada pelo governo federal diante de assunto tão sério: a má formação de médicos que terão em suas mãos a saúde e a vida das pessoas.
Junto com o retorno de vagas, o MEC reabriu as torneiras dos novos cursos. Somente em São Paulo foram autorizadas quatro escolas no final de 2011, num total de 320 novas vagas. Em 2012, já são 35 cursos de Medicina no Estado, que oferecem mais de 3 mil vagas por ano.
Em ano de eleições municipais, cursos de Medicina são moeda forte de barganha política e de favorecimento a empresários da educação.
Como justificativa, o governo faz divulgar a equivocada tese – que encontrou eco até entre alguns bem intencionados – de que faltam médicos no Brasil. E que, para isso, a solução seria a abertura de mais escolas e vagas, não importando a qualidade do ensino.
Fazemos um apelo público aos ministros da Educação e da Saúde para que venham dialogar com as entidades médicas a partir de evidências. Nós sabemos quais são os motivos da existência de postos não ocupados por médicos no SUS: ausência de carreira, desigualdades regionais, vínculos precários, baixos salários e péssimas condições de trabalho.
Ao falsear o diagnóstico e prescrever o tratamento incorreto, o governo federal produz médicos despreparados que irão atender mal as pessoas nos ambulatórios, nas salas de emergência, nos programas de saúde da família. A população brasileira não merece isso.
Opinião
Mais comodidade no atendimento regional
Denise Barbosa
Diretora responsável pelas Delegacias Regionais do Cremesp
“Temos que primar para que os serviços prestados pelas delegacias contenham as mesmas eficiência e qualidade com que são realizados na sede”
O ano de 2011 foi de grande valia para os serviços prestados pelo Cremesp no interior do Estado. O foco desta gestão é reformar e padronizar todas as delegacias, construindo uma identidade visual; descentralizar os serviços prestados, auxiliando a demanda crescente; e garantir a comodidade no atendimento prestado.
A Delegacia de Itapeva, inaugurada em novembro do ano passado, trouxe conforto e agilidade no atendimento aos médicos e à população da região do Alto do Paranapanema, que antes precisava se deslocar até Sorocaba para um contato presencial com o Cremesp.
A primeira quinzena de dezembro de 2011 também foi marcada pela reinauguração das delegacias de Assis e Jundiaí. Nesse mesmo mês adquirimos uma nova sede para a Delegacia de Bragança Paulista, que será reformada e entregue com total acessibilidade para portadores de necessidades especiais.
Esses trabalhos foram desenvolvidos com o empenho dos funcionários do Cremesp Renata Dionísio, chefe das Delegacias Regionais do Interior; e Rafael Pena, chefe da Manutenção, juntamente com suas equipes.
As delegacias regionais do Cremesp realizam – para médicos, empresas e população – uma média de 100 mil atendimentos por mês, representando o dobro dos que são efetuados pela sede e sub-sede da Vila Mariana. Por essa razão, temos que primar para que os serviços prestados pelas delegacias contenham as mesmas eficiência e qualidade com que são realizados na capital.
Em 2012, esta diretoria continua investindo em reformas de outras regionais, tais como Bauru, Bragança Paulista, Limeira, Barretos, Sorocaba, Araçatuba, Piracicaba, Araraquara e Santos, com reinaugurações já previstas para o mês de março e seguintes, as quais poderão ser acompanhadas pelo Jornal do Cremesp e também pelo nosso portal na internet.