CAPA
EDITORIAL (JC pág.2)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
José Luiz Gomes do Amaral, atual presidente da WMA
ALERTA (pág. 4)
SMS solicita identificação de todo caso suspeito
CREMESP (pág. 5)
Anuidade 2012 - pessoas físicas e jurídicas
PLANO DE CARREIRA (pág. 6)
Reunião avalia questões para delinear a carreira de médico
DEMOGRAFIA MÉDICA (págs. 7, 8, 9)
Levantamento traça perfil dos médicos brasileiros
ENSINO MÉDICO (pág. 10)
Basta!
MEDICINA E JUSTIÇA (pág. 11)
Evento comemorou os 25 anos do Coned
COLUNA DOS CONSELHEIROS DO CFM (Pág. 12)
Pelo ensino médico responsável
EDUCAÇÃO CONTINUADA (pág. 13)
Atualização para o atendimento emergencial de crianças
LEGISLAÇÃO (pág. 14)
Atendimento em situação de desastres
TRISTE FIM DA EC 29 (pág. 16)
Sem dinheiro, propostas para melhorar o SUS serão inviabilizadas
GALERIA DE FOTOS
ALERTA (pág. 4)
SMS solicita identificação de todo caso suspeito
Sarampo volta ao país e mobiliza vigilância epidemiológica
Todo caso suspeito de sarampo, detectado pelo médico, deve ser notificado à Secretaria Municipal de Saúde para investigação
A circulação endêmica do sarampo está de volta, após mais de dez anos de interrupção do fluxo da doença no país. Desde 2000 foram registrados apenas casos esporádicos, no Brasil e no Estado de São Paulo, relacionados à importação do vírus de locais onde ele continua endêmico. No período de janeiro a novembro de 2011, foram confirmados 22 casos no Estado, com identificação do genótipo D4, prevalente na Europa. Desses, 15 ocorreram em pesssoas não vacinadas, incluindo seis crianças entre seis e 11 meses de idade. Em 2010, foram confirmados 68 casos no país (nenhum no Estado de São Paulo) e, neste ano, foram registradas 38 ocorrências até o final de novembro.
De acordo com Ana Lucia Yu, coordenadora do programa de Vigilância das Doenças Exantemáticas do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) Professor Alexandre Vranjac, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, “o crescimento do fluxo de viagens internacionais e o fato de haver uma epidemia na Europa em 2011, aumenta a probabilidade de ocorrência de novos casos importados no Brasil”.
Ela afirma que foi implantado um sistema de vigilância para monitorar o comportamento epidemiológico do sarampo em São Paulo visando garantir orientação técnica na investigação e confirmação dos casos, além de adoção de medidas de prevenção e controle em tempo oportuno.
Com essa estratégia, a Secretaria espera interromper a circulação do vírus e a ocorrência de surtos, estabelecendo metas para manter altas coberturas vacinais. A medida de prevenção mais eficaz contra o sarampo é a vacina tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba.
Sintomas
O primeiro sinal do sarampo é febre alta, com duração de quatro a sete dias, acompanhada de coriza, tosse, olhos avermelhados, fotofobia, pequenas manchas brancas na face interna da bochecha. Após alguns dias, surgem manchas maculopapulares avermelhadas na pele, com início na face e atrás do pescoço, progredindo em direção aos membros inferiores, durando pelo menos três dias, e desaparecendo no mesmo período.
Orientação aos médicos
Ana Lucia orienta os profissionais de saúde a manter sua situação vacinal atualizada, para proteção no ambiente profissional e familiar. Especial atenção deve ser dada aos casos suspeitos de doença exantemática – considerando que possa ser sarampo –, com notificação à Vigilância Epidemiológica para investigação do caso, confirmação laboratorial e deflagração de medidas de controle. Também devem ser observadas medidas de precaução respiratória e isolamento social dos casos suspeitos, além de reforçadas as condições de higiene pessoal e do ambiente.
Notificação
Todo caso suspeito de sarampo deve ser notificado por telefone ou e-mail à Secretaria Municipal de Saúde e/ou à Central de Vigilância/CIEVS/CVE/CCD/SES-SP, pelo telefone 0800 555 466 (plantão 24 horas, todos os dias), e/ou pelo e-mail: notifica@saude.sp.gov.br
Teste do pezinho
Câmara homenageia pioneiro do diagnóstico de fenilcetonúria no país
O pediatra Fernando José de Nóbrega, pioneiro da descrição da fenilcetonúria no Brasil, foi homenageado na sede da Câmara Municipal de São Paulo, no dia 28 de novembro. A partir de seus estudos, o diagnóstico precoce da doença passou a ser feito em crianças recém-nascidas, surgindo o “teste do pezinho”, que começou a ser adotado para detectar várias possíveis doenças nos bebês, como hipotireoidismo con¬gênito, anemia falciforme e fibrose cística.
Doença genética caracterizada pelo defeito ou ausência da enzima fenila¬lanina hidroxilase, a fenilcetonúria é autossômica recessiva e afeta aproximadamente um em cada dez mil indivíduos da população caucasiana. A maioria dos pacientes não tratados apresenta um QI inferior a 50.
Constantino (3º, à esq.), Natalini (4º, à dir.) e
vereadores homenageiam Nóbrega (ao centro)
“Qualquer homenagem será pouca pela importância do professor Fernando na Medicina, Pediatria, no ensino médico e em seu compromisso social. Graças a seus estudos, o Brasil pôde tratar a fenilcetonúria que, se não tiver o acompanhamento devido, pode causar doença mental”, afirmou o vereador Gilberto Natalini (PV), que tomou a iniciativa do evento. “É uma satisfação, quando se tem mais de 20 anos de carreira, e eu já tenho um pouco mais que isso, saber que há quem leve a sério o trabalho que a gente realiza”, disse o homenageado. Clóvis Constantino, conselheiro do Cremesp, participou do evento como presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo e representante do presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior.
Tramita na Câmara dos Deputados o projeto de lei nº 484/11, apresentado pelo Senado, que propõe a realização obrigatória, pelo SUS, do Teste do Pezinho expandido nos recém-nascidos. O exame possibilitaria diagnosticar precocemente mais de 45 tipos de distúrbios metabólicos – entre eles a homocistinúria –, o dobro de doenças detectadas pelo Teste do Pezinho convencional, já oferecido pelo SUS.