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CAPA

EDITORIAL (pág. 2))
Nossos votos para que 2011 seja um ano com saúde, conquistas e realizações


ENTREVISTA (pág. 3)
Luiz Fernando Ferraz da Silva, coordenador do Bandeira Científica


EVENTOS 1 (pág.4)
Cremesp debate atualizações do CEM sob a forma de palestras


EVENTOS 2 (pág.5)
Eventos sobre urgência e emergência aconteceram na capital e no interior


GERAL 1 (JC pág. 6)
Veja opções de pagamento (pessoa física e jurídica)


ATIVIDADES 1 (pág. 7)
Encontro apresentou dados de pesquisa Datafolha encomendada pela Casa


EXAME DO CREMESP (pág. 8)
Iniciativa confirma urgência na qualificação do ensino da Medicina no Estado


PLANOS DE SAÚDE (pág. 10)
Coletiva de imprensa: seguradoras não priorizam os profissionais


SAÚDE MENTAL (pág. 11)
A abordagem multidisciplinar no tratamento do paciente psiquiátrico


GERAL 2 (pág. 12)
Lei do Ato Médico e a normatização de procedimentos exclusivos da Medicina


COLUNA DO CFM (pág. 13)
Canal de comunicação dos representantes do Estado no CFM com médicos e sociedade


ALERTA ÉTICO (pág. 14)
Análises do Cremesp ajudam a prevenir falhas éticas causadas pela desinformação


GERAL 3 (pág. 15)
Destaque para a presença do Cremesp em almoço oferecido à presidente eleita


GALERIA DE FOTOS



Edição 277 - 12/2010

PLANOS DE SAÚDE (pág. 10)

Coletiva de imprensa: seguradoras não priorizam os profissionais


Pesquisa aponta interferência na autonomia dos médicos

Para o presidente do Cremesp, Luiz Alberto Bacheschi, “deslizes éticos são extremamente frequentes”


Bacheschi participa de coletiva sobre planos: "seguradoras não dão prioridade aos profissionais"

Operadoras de planos de saúde interferem na autonomia do médico. É o que 92% dos profissionais em todo o país disseram em pesquisa encomendada pela Associação Paulista de Medicina (APM) e Associação Médica Brasileira (AMB). O objetivo da iniciativa foi o de conhecer a opinião dos médicos sobre a atuação das empresas de saúde suplementar.

Luiz Alberto Bacheschi, presidente do Cremesp, lembra como tudo começou. “Na época em que ingressei em medicina, a prática no setor privado era baseada na relação médico/paciente, e alguns profissionais tentavam atender empresas diretamente. A partir daí, entrou um intermediário, que inicialmente não causou problemas.

Atualmente temos interferências fundamentalmente comerciais”. Ele afirma também que as seguradoras não dão prioridade aos profissionais, e muito menos aos pacientes. “Os planos de saúde são corporações que, para aumentar o lucro, precisam diminuir seus custos no atendimento. Os deslizes éticos são extremamente frequentes”, completa.

Jorge Curi, presidente da APM, enfatizou o quanto é prejudicial à população o comportamento das operadoras. “Não há dúvida de que a saúde suplementar viria para complementar a saúde pública, mas os dados confirmam que este papel não está sendo cumprido”.

Segundo a pesquisa, a classe médica deu média 5 para os planos de saúde, em uma escala de zero a dez, confirmando a insatisfação dos profissionais. O movimento pede que todas as pessoas que se sentirem prejudicadas reclamem e lutem pelos seus direitos. “É absolutamente necessário que as associações médicas se aproximem da sociedade e compartilhem suas preocupações”, diz José Gomes do Amaral, presidente da AMB.

Aloísio Tibiriçá Miranda, 2º vice-presidente do CFM, também comenta a importância de se manifestar: “Os usuários que se sentirem atingidos devem procurar o Procon e os órgãos públicos”. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 0800 173 313 ou pelo e-mail saúde@apm.org.br.

Campeões de reclamação
Entre os problemas mais citados, estão a glosa de procedimentos ou medidas terapêuticas (78%), a interferência no número de exames e procedimentos (75%) e restrições a doenças pré-existentes (70%). Pela pesquisa, a Cassi é o plano de saúde que mais interfere na prática profissional do médico, seguida da Amil e do Bradesco Seguros.

Na opinião de Cid Célio Carvalhaes, presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não se posi¬ciona a fim de adequar a situação. “A relação da ANS com os médicos é inexistente, e as entidades médicas entendem que há omissão”, comenta.
 
A pesquisa realizada pelo Datafolha entrevistou 2.184 médicos inscritos no CFM, entre 23 de junho a 24 de agosto de 2010, contemplando os 26 Estados brasileiros e o Distrito Federal. A íntegra da pesquisa está disponível nos sites da APM e da AMB.

Entidades querem obrigatoriedade de venda fracionada de medicamentos

A Proteste Associação de Consumidores e o Instituto Ethos lançaram a Campanha pela Conscientização da População para a Compra de Medicamentos Fracionados, com apoio da Associação Paulista de Medicina (APM), para pressionar os deputados a colocarem em votação, em caráter de urgência, o Projeto de lei nº 7.029/2006, que torna obrigatória a venda de remédios por unidades. O PL tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados para ser votado. Atualmente, a venda fracionada é autorizada pelo governo, mas não é obrigatória.

Estima-se que 20% de toda a produção farmacêutica no Brasil foi para o lixo em 2005, o que custou cerca de R$ 20 bilhões de reais. As quantidades vendidas normalmente não estão de acordo com a dose exata prescrita pelo médico, gerando excedentes aos próprios consumidores, que acabam, posteriormente, por se automedicar. “Os medicamentos fracionados permitiriam ao consumidor comprar em farmácias e drogarias exatamente a quantidade de remédio prescrita pelo médico, trazendo economia e evitando riscos de efeitos adversos e intoxicação pelo consumo das sobras de remédios estocados em casa”, afirma Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste.

Há mais de cinco anos o governo permite esse tipo de comercialização, mas apenas 15 laboratórios pediram registro da Anvisa para produzir 175 tipos de medicamentos fracionados, a maioria genéricos. A Proteste visitou 46 farmácias com atuação em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Belo Horizonte, Florianópolis e Porto Alegre, e não encontrou venda fracionada em nenhuma delas. Elas alegam que os laboratórios não os produzem.

A Anvisa confirmou que a adesão a esse tipo de venda está abaixo do esperado com a legalização da comercialização fracionada, mas o sindicato paulista do setor industrial afirmou que a mudança exige investimentos pesados e que o mercado não adotará essa prática enquanto o PL não for aprovado.

Renato Azevedo, vice-presidente do Cremesp, concorda com os benefícios da venda em quantidade prescrita. “Temos de considerar que essa medida evitará o desperdício de remédios, propiciando um custo menor aos pacientes, que, por sua vez, estarão medicados corretamente”.

A coordenadora afirma que “o consumidor pouco sabe a respeito dos fracionados e os confunde com os genéricos, ou com a Farmácia Popular”. O mesmo acontece com os atendentes de farmácias.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) alega que os médicos não prescrevem, pois sabem que o mercado é restrito. “As receitas não têm as indicações fracionadas, mostrando que os médicos possivelmente não conhecem essa possibilidade nem as listas de medicamentos que os laboratórios oferecem por unidade”, completa Maria Inês. A Proteste criou uma petição on line para pressionar o Congresso Nacional a aprovar o PL 7029, cujas adesões podem ser feitas pelo site da Proteste.  


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