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CAPA

EDITORIAL (pág. 2))
Campanha sensibilizará a classe sobre registro da titulação


ENTREVISTA (pág. 3)
Aloísio Tibiriçá, 2º vice-presidente do Conselho Federal


EVENTOS (pág.4)
Acompanhe os próximos encontros do Cremesp, inscreva-se e participe


ATIVIDADES (pág. 5)
Encontros abordaram dor abdominal e cursos não reconhecidos pelo CFM


EDUCAR PARA PALIAR (págs. 6/7)
Nova área de atuação trará benefícios ao paciente terminal


DIA DO MÉDICO (págs. 8/9)
Fenmesp, Simesp, APM e Academia de Medicina discutem reivindicações da classe médica


ÉTICA & BIOÉTICA (pág. 10)
Profissionais de várias áreas da saúde participaram dos encontros


GERAL 1 (pág. 11)
Pessoas físicas e jurídicas podem efetuar o pagamento de maneiras diferenciadas


COLUNA DO CFM (pág. 12)
Representantes do Estado no CFM se dirigem aos médicos e à sociedade


GERAL 2 (pág. 13)
Destaque para o encontro nacional dos corregedores realizado pelo CFM, em Brasília


ALERTA ÉTICO (pág. 14)
Análises do Cremesp ajudam a prevenir falhas éticas causadas pela desinformação


GALERIA DE FOTOS



Edição 276 - 11/2010

DIA DO MÉDICO (págs. 8/9)

Fenmesp, Simesp, APM e Academia de Medicina discutem reivindicações da classe médica


Entidades médicas se unem pela valorização do médico

Para discutir as graves insuficiências na saúde e as principais reivindicações do movimento médico, a Federação das Entidades Médicas do Estado de São Paulo (Fenmesp) – que congrega o Cremesp, o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), a Associação Paulista de Medicina (APM) e a Academia de Medicina de São Paulo – promoveu um encontro no Centro de Convenções Rebouças, em 18 de outubro, Dia do Médico.

Participaram da mesa de abertura Luiz Alberto Bacheschi, presidente do Cremesp; Cid Célio Jayme Carvalhaes, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam); Jorge Carlos Machado Curi, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM); e Yvonne Capuano, presidente da Academia de Medicina de São Paulo.


Carvalhaes, Curi, Bacheschi e Yvonne, durante abertura do evento

O presidente do Cremesp, Luiz Alberto Bacheschi, na condição de coordenador da Fenmesp, deu início aos trabalhos parabenizando os médicos pela data comemorativa. Ele anunciou as presenças do deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) e do vereador por São Paulo Gilberto Natalini (PSDB-SP).

Os representantes das entidades médicas e parlamentares pedem uma revisão da regulamentação dos planos de saúde. O tema ganhou destaque no evento com a apresentação da pesquisa APM/Datafolha sobre remuneração e interferências das operadoras na autonomia do médico, quando o deputado Arlindo Chinaglia declarou: “Estou à disposição para fazer avançar as reivindicações médicas e sugiro que seja realizada uma revisão da regulamentação dos planos de saúde”. 

Curi também defendeu a ideia, afirmando que “independente da ação coletiva de algumas especialidades, o mercado está em falência. Na virada do governo, temos de retomar os principais temas do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem), promovendo uma ação coletiva das entidades médicas em prol de nossas reivindicações”.

O vereador Gilberto Natalini manifestou sua satisfação em exercer a medicina. “A cada doente que atendo, renovo meu amor pela medicina. Não há maior satisfação que bem atender o paciente”, disse. Ele ressaltou a importância de uma militância da categoria junto ao sistema de saúde. “Temos um compromisso com a sociedade, com o avanço da saúde e isso significa construirmos uma unidade no parlamento para conseguir regulamentar a Emenda Constitucional (EC) 29 e desatar os nós que o sistema tem hoje.” 

Código de Ética Médica
Durante o encontro, Bacheschi apresentou uma palestra sobre o novo Código de Ética Médica. Entre os principais itens, destacou o veto à publicidade indevida e os conflitos de interesses que possam prejudicar a prática da medicina. “O médico não deve se curvar aos interesses econômicos ou profissionais de qualquer natureza. Ele tem de ser isento e independente”, lembrou o presidente do Cremesp.

Remuneração e Condições de Trabalho
“Falar sobre remuneração médica remete necessariamente ao ponto essencial que é o orçamento da saúde”, disse Carvalhaes, ao abordar o tema em sua palestra. Ele observou que a saúde não tem orçamento próprio, e as dificuldades atingem os três níveis de organização da saúde. “Para se ter uma ideia, a EC 29 não é cumprida em 18 Estados da federação, inclusive em São Paulo, além de mais de 40 dos 5.560 municípios do país”, alertou.

Relação dos médicos com os planos de saúde 
Curi analisou os principais pontos da pesquisa APM/Datafolha, sobre remuneração e nível de ingerência da saúde suplementar dos planos de saúde, no exercício da medicina e na relação com os pacientes.

Ele afirmou que a jornada semanal dos médicos é um item extremamente preocupante. “Os próprios residentes fizeram um pleito recentemente do que seria aceitável como carga horária de trabalho. Além disso, várias pesquisas dos conselhos têm demonstrado o número excessivo de horas trabalhadas e múltiplos vínculos empregatícios, com um ganho entre R$ 3 mil e R$ 9 mil. “Com essa situação desgastante e remuneração tão pífia, não é possível fazer um  bom atendimento”, declarou.


Médicos prestigiam encontro das entidades paulistas

Após as palestras, foi realizado um debate entre os participantes, quando Yvonne  afirmou: “Precisamos criar uma frente comum de resistência a essa situação que avilta a nossa classe. Sinto-me muito orgulhosa de fazer parte da Fenmesp e tenho certeza de que vamos tornar novamente nossa profissão digna e respeitada”.

ABC paulista
Médicos com mais de 50 anos de carreira são homenageados

Os médicos Nelson Francisco da Costa, Nelson Mariano Martins e Maria Auxiliadora Ramos Vasconcelos, que completaram 50 anos dedicados ao exercício da medicina, receberam homenagem do Cremesp e das associações paulistas de medicina (APMs) de Santo André, São Bernardo e São Caetano, que congregam sete municípios.

Durante a cerimônia, realizada no dia 22 de outubro, os homenageados receberam certificado, medalha e o livro Cremesp – Uma Trajetória, que detalha a história dos 50 anos do Conselho, das mãos do conselheiro representante de São Paulo no Conselho Federal de Medicina (CFM), Desiré Carlos Callegari (na foto, ao lado de Nelson Costa, um dos homenageados).

A homenagem aos médicos com mais de 50 anos de exercício profissional é realizada há quatro anos. “Desde que era presidente do Conselho, nos unimos às três APMs da região e, a cada ano, o Conselho presta sua homenagem à excelência da trajetória desses profissionais, em um desses municípios”, afirmou Callegari.

Este ano, compareceram ao evento cerca de 900 convidados, entre eles, a secretária da Saúde de São Caetano, Helaine Oliani, e a assessora especial de Ação Social da prefeitura da mesma cidade, Regina Maura Grespan.


Manifestação em defesa da saúde é realizada em Brasília


Conselheiros do Cremesp e outras lideranças médicas fazem protesto em frente ao Congresso Nacional

As entidades médicas que representam os mais de 350 mil médicos de todo o país participaram de uma das principais manifestações que envolveram a categoria médica neste ano: a Mobilização Nacional pela Valorização do Médico e da Assistência em Saúde no Brasil, que fez parte das comemorações do Dia do Médico.

Os cerca de 300 médicos que estiveram presentes ao evento – ocorrido em Brasília, no dia 26 de outubro – protocolaram no Ministério da Saúde e no Congresso Nacional, junto aos presidentes da Câmara e do Senado, um documento com as principais reivindicações da categoria, em nome das entidades médicas nacionais – Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam). A iniciativa tomou como base os itens aprovados durante o XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem).

Representando o Cremesp, participaram da manifestação o presidente Luiz Alberto Bacheschi, o vice-presidente Renato Azevedo Júnior, o corregedor Krikor Boyaciyan, a tesoureira Silvia Helena Mateus e os conselheiros Renato Françoso, Rui Telles e Silvana Morandini.

Organizado pela Comissão Nacional Pró SUS, o objetivo da mobilização foi conscientizar parlamentares, gestores públicos e a própria sociedade sobre os problemas enfrentados pela medicina atualmente. Dentre os itens que se destacam, estão a necessidade de mais recursos para o SUS, uma regulação efetiva na saúde suplementar e a implementação de melhores condições de trabalho para o médico, visando garantir a valorização da profissão e a qualidade do atendimento prestado à população.

Segundo o vice-presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, “pela primeira vez  foi possível realizar uma mobilização médica envolvendo todas as entidades nacionais e regionais para apresentar nossas propostas, que incluem mais recursos para o SUS, melhores condições de trabalho e remuneração digna na saúde suplementar”.

 “Os médicos brasileiros trazem a mensagem de que devemos ser ouvidos e que os governantes precisam sentar-se à mesa de negociação. Lutamos por uma saúde sólida, consistente e resolutiva. Uma saúde que respeita as condições de trabalho do profissional e ofereça uma remuneração digna e decente”, afirmou Cid Carvalhaes, presidente da Fenam.

“Penso que temos a profissão ameaçada não apenas pela maneira desrespeitosa que a categoria médica tem sido tratada, mas pela interferência que sofremos na prática clínica”, afirmou o presidente da AMB, José Gomes do Amaral.

No encerramento da manifestação, as lideranças médicas dirigiram suas reivindicações ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que assumiu o compromisso de buscar uma solução para o impasse entre as operadoras de planos de saúde e os médicos, devido aos baixos honorários pagos e as denúncias de intervenções na autonomia dos médicos. Ele disse, também, que agendará uma reunião com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre o tema.

Com relação à Emenda Constitucional (EC) 29, que objetiva garantir uma fonte de recursos estável para o SUS, Temporão afirmou que “ninguém tolera mais a postergação dessa medida”. A EC 29 está tramitando no Congresso Nacional há quase uma década. O Brasil é o país que possui o sistema universal de saúde com o menor financiamento público. Em 1995, a esfera pública era responsável por 62% dos gastos com saúde. Já em 2009, essa proporção caiu para 47%, segundo dados do CFM.


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