CAPA
EDITORIAL (pág. 2))
Campanha sensibilizará a classe sobre registro da titulação
ENTREVISTA (pág. 3)
Aloísio Tibiriçá, 2º vice-presidente do Conselho Federal
EVENTOS (pág.4)
Acompanhe os próximos encontros do Cremesp, inscreva-se e participe
ATIVIDADES (pág. 5)
Encontros abordaram dor abdominal e cursos não reconhecidos pelo CFM
EDUCAR PARA PALIAR (págs. 6/7)
Nova área de atuação trará benefícios ao paciente terminal
DIA DO MÉDICO (págs. 8/9)
Fenmesp, Simesp, APM e Academia de Medicina discutem reivindicações da classe médica
ÉTICA & BIOÉTICA (pág. 10)
Profissionais de várias áreas da saúde participaram dos encontros
GERAL 1 (pág. 11)
Pessoas físicas e jurídicas podem efetuar o pagamento de maneiras diferenciadas
COLUNA DO CFM (pág. 12)
Representantes do Estado no CFM se dirigem aos médicos e à sociedade
GERAL 2 (pág. 13)
Destaque para o encontro nacional dos corregedores realizado pelo CFM, em Brasília
ALERTA ÉTICO (pág. 14)
Análises do Cremesp ajudam a prevenir falhas éticas causadas pela desinformação
GALERIA DE FOTOS
ATIVIDADES (pág. 5)
Encontros abordaram dor abdominal e cursos não reconhecidos pelo CFM
Plenária especial discute cursos de especialidades não reconhecidas
Asato (ao microfone), Mauro Aranha, Bacheschi e Calazans
O impacto da autorização e realização de cursos de ‘especialidades médicas’ não reconhecidas foi tema de plenária especial do Cremesp, no dia 15 de outubro.
Conselheiros e convidados presentes discutiram as consequências da realização desses como, por exemplo, na área de medicina estética ou ortomolecular. “Esses cursos de especialização, reconhecidos pelo MEC, são de ordem puramente acadêmica, que não visam dar nenhuma titulação profissional”, afirmou Luiz Alberto Bacheschi, presidente do Cremesp. Segundo ele, “a abertura desses tipos de curso é aproveitada por instituições nem sempre sérias, que os oferecem como uma possível especialização”, disse.
Bacheschi avalia que “isso têm causado distorções graves porque determinados magistrados acabam autorizando alguns profissionais a praticar a especialização, sem o conhecimento do que é, de fato, um curso de ordem acadêmica e uma especialização reconhecida pelo CFM”.
A mesa da plenária, mediada pelo diretor e primeiro-secretário do Cremesp, Mauro Aranha, contou com as presenças de Bacheschi, do conselheiro suplente do Conselho Federal de Medicina (CFM) pelo Estado de Roraima, Mauro Asato; e do diretor do Departamento de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e integrante da Câmara Técnica do Cremesp, Dênis Calazans.
Asato comentou que alguns participantes desses cursos acabam, indevidamente, pleiteando o registro para atuar na especialidade. “Esse equívoco gera algumas demandas no CFM e nos próprios CRMs, com colegas iludidos ou mal-informados com relação a curso de especialização”.
Para Calazans, “não é de hoje que a sociedade está preocupada com esse assunto porque a realização desses cursos tornou-se um problema à segurança da população”. Ele lembrou que cerca de 97% dos médicos que respondem a processos ético-profissionais, relacionados a cirurgias plásticas e procedimentos estéticos, não possuem título de especialista na área, segundo um estudo veiculado pelo Jornal do Cremesp, em outubro de 2008. “Esses médicos que se apresentam como cirurgiões plásticos, com uma especialização questionável, fazem com que a população confunda uma especialidade oficial com uma pseudoespecialidade”, disse.
Clube do Fígado
Sob a coordenação da Faculdade de Medicina da USP, foi realizada a 7ª reunião do Clube do Fígado deste ano, no dia 5 de outubro, tendo como moderadores Paulo Herman, Marcos Vinicius Perini e Fabricio Coelho.
Com a participação ativa da plateia, foram discutidos os seguintes casos: um paciente portador de vanishing tumor (regressão espontânea de tumor hepático primário) e outro paciente portador de múltiplas metástases hepáticas colorretais, submetido à quimioterapia sistêmica com desaparecimento radiológico de quase todas lesões.
As reuniões do Clube do Fígado são coordenadas pelos setores de Hepatologia e Cirurgia do Fígado da Unifesp, Faculdade de Medicina da USP e Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e reúnem especialistas em hepatologia clínica, cirurgiões do fígado, radiologistas e anatomopatologistas.
Esses encontros visam a atualização e reciclagem profissional dos colegas da área no Estado de São Paulo, por meio da discussão de casos clínicos muito bem documentados, especialmente escolhidos para essa finalidade. Permitem a troca de informações entre os colegas, resultando na melhoria da formação médica e da qualidade da assistência prestada à população.
As reuniões acontecem mensalmente, sempre na primeira ou segunda terça-feira do mês, às 10 horas, e integram o Programa de Educação Médica Continuada do Cremesp. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: eventos@cremesp.org.br
PEMC
Isac Jorge (3º à esq.) coordena módulo na Secretaria da Saúde
Dor Abdominal foi tema do módulo 88 do Programa de Educação Médica Continuada (PEMC), realizado em Sertãozinho, no dia 18 de outubro. Participaram da mesa de abertura, o conselheiro responsável pela região, Isac Jorge Filho, e Eduardo Luiz Bin, delegado superintendente do Cremesp.
As discussões foram propostas pelos seguintes especialistas acadêmicos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP: Márcia Guimarães Villanova, preceptora da Residência em Gastroenterologia Clínica do Departamento de Clínica Médica do HC FMRP/USP; José Sebastião dos Santos, professor de Cirurgia Digestiva; Paulo Meyer de Paula Philbert, professor do Departamento de Ginecologia Obstetrícia; e Luís Donizeti da Silva Stracieri, cirurgião pediátrico e médico assistente da Disciplina de Cirurgia de Urgência.
O Programa foi realizado em uma das Unidades de Saúde de Sertãzinho. “O aprendizado faz parte do trabalho de um médico”, opina Jorge Filho. “Consideramos muito interessante a iniciativa da secretaria em autorizar a realização do curso durante o expediente porque abre uma perspectiva para que outros municípios também busquem aperfeiçoar o conhecimento de seus médicos por meio do PEMC do Cremesp, garantindo a presença dos colegas, sem que haja perda de remuneração do seu trabalho. Esse foi um exemplo muito bom e deve ser seguido”, completa o conselheiro.
Visão clínica da dor abdominal foi a palestra ministrada por Márcia, seguida por Stracieri, que apresentou o tema Visão cirúrgico-pediátrica da dor abdominal. Para abordar o assunto do ponto de vista da ginecologia, Philbert explicou a Visão ginecológica da dor abdominal; e José Sebastião encerrou o ciclo de palestras com a Visão cirúrgica da dor abdominal. “Os médicos presentes lotaram o recinto e houve real interação entre convidados e palestrantes para o esclarecimento de dúvidas”, concluiu Jorge Filho.