CAPA
EDITORIAL (JC pág. 2)
Estudo inédito do Cremesp avalia a relação médico-indústria
ENTREVISTA (JC pág. 3)
Mauricio Ceschin, presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar
ATIVIDADES 1 (JC pág. 4)
Atualização profissional do Cremesp chega aos médicos do interior do Estado
ATIVIDADES 2 (JC pág. 5)
Obra coordenada pelo conselheiro Eurípedes Carvalho avalia as carências do setor
POLÍTICAS DE SAÚDE (JC pág. 6)
Na pauta das discussões do evento, a valorização do trabalho médico
ATIVIDADES 3 (JC pág. 7)
Cremesp aprimora sua estrutura de serviços à população e aos médicos do Estado
PESQUISA (JC pág. 8)
Acompanhe íntegra do estudo do Cremesp, com resultados e conclusões
GERAL 1 (JC pág. 10)
Federação Ibero Latinoamericana de Cirurgia Plástica tem novo presidente
GERAL 2 (JC pág. 11)
Número de usuários de crack no Estado cresce em ritmo alarmante
CFM (JC pág. 12)
Representantes do Estado no CFM se dirigem aos médicos e à sociedade
GERAL 3 (JC pág. 13)
Em agosto, o encontro de especialistas em hepatologia acontece dia 3
GERAL 4 (JC pág. 14)
Análises do Cremesp ajudam a prevenir falhas éticas causadas pela desinformação
ESPECIALIDADES (JC pág. 16)
SBCP-SP reúne atualmente mais de 1.700 médicos da especialidade
GALERIA DE FOTOS
ATIVIDADES 3 (JC pág. 7)
Cremesp aprimora sua estrutura de serviços à população e aos médicos do Estado
Conselho expande atividades e amplia atendimento ao médico
Médicos na Sede: é crescente o número de atendimentos nos últimos anos
Desde que Flamínio Fávero assumiu a primeira presidência do Cremesp, o exercício da Medicina no Estado vem sofrendo grandes transformações. E quanto mais complexa se torna a atividade médica, maior o esforço do Conselho no sentido de exercer seu papel judicante e fiscalizador de forma eficaz e satisfatória. Isso implica trabalho constante de vigilância das condições do trabalho médico, da qualidade do ensino e da saúde como direito do cidadão. Toda essa responsabilidade tem exigido, por parte dos diretores e funcionários, uma constante adaptação dentro da infraestrutura operacional existente, visando manter a qualidade no atendimento ao médico.
Atendimento
Só para se ter uma ideia da extensão das mudanças ocorridas nos últimos anos, em 1993 – ano em que o Cremesp adquiriu a atual sede, na rua da Consolação –, o número de médicos registrados no Conselho girava em torno de 50 mil. Essa quantidade praticamente dobrou, existindo atualmente cerca de 103 mil médicos inscritos. As empresas médicas registradas – que em 1993 representavam 8.233 pessoas jurídicas –, somam mais de 35 mil. Ou seja, um número mais que quatro vezes maior que há 17 anos.
Para atender a essa crescente demanda, houve um incremento no número de delegacias regionais. Em 1993, eram 22 unidades, num total de 26 delegados. Em 2010, o Cremesp conta com o apoio de 32 delegacias regionais, com 225 delegados atuantes. “A criação das delegacias regionais distribuiu melhor a demanda, mas com o aumento do número de médicos e empresas, além da implantação do serviço de rodízio e do recadastramento, o atendimento ao médico cresceu substancialmente”, declara o chefe da Seção de Atendimento da Sede do Conselho, Luiz Antonio Giacomin, há 26 anos na Casa.
Atividades judicantes
Com o advento das novas tecnologias, a expansão da atividade médica e a abertura indiscriminada de escolas médicas no país, infelizmente o número de denúncias também cresceu, implicando aumento significativo na atividade judicante. Atualmente, existem 3.076 processos em andamento neste Conselho. Em 1993, quando o número de médicos inscritos era praticamente a metade do existente hoje, a quantidade de processos era de 975. “Nos últimos quinze anos, o número de processos cresceu consideravelmente, o que levou a um aumento no número de visitas por parte dos médicos e seus representantes. Além disso, temos necessidade de mais espaço para armazenar toda a documentação, o que acaba dificultando até a circulação de pessoas pelo Departamento”, afirma Olga da Costa, a mais antiga funcionária da Seção de Processos.
Atividades não judicantes
O crescente contingente de médicos inscritos tem representado um aumento substancial na demanda de serviços em todos os departamentos que dão suporte administrativo às atividades do Conselho. Por isso, desde 1993, a diretoria vem procurando adaptar as atuais instalações a esse crescimento, visando atender o médico no que for necessário para o desenvolvimento pleno de sua atividade.
Assim, se em dezembro de 1993 contávamos com o apoio de 117 funcionários, até abril deste ano já totalizávamos 331 contratações, exigindo uma constante readaptação nas instalações, para alocar mais pessoas e equipamentos.
Apesar de todo o esforço, esse espaço encontra-se no limite para o desenvolvimento pleno das tarefas necessárias a um atendimento de qualidade. “Desde que trabalho aqui, aumentou bastante a circulação de pessoas na Sede, pois o meu elevador está sempre lotado, não só de médicos como também de funcionários e visitantes”, diz Antonio Carlos de Araujo, ascensorista da Sede há quase 30 anos.
Mas não foram apenas as atividades judicantes que se expandiram. Em função do fortalecimento do papel do Conselho enquanto agente orientador do trabalho médico, as atividades não judicantes também cresceram muito nos últimos anos, o que passou a exigir uma estrutura de serviços ainda mais complexa.
Dentre as inúmeras inovações implementadas pelo Conselho desde a década de 90, podemos destacar as seguintes: criação das Câmaras Técnicas de Especialidades (33 em atuação) e da Codame; realização de julgamentos simulados; criação do Programa de Educação Médica Continuada e do Centro de Bioética; edição da revista Ser Médico; do portal do Cremesp; publicação de diversos cadernos e manuais envolvendo temas de ética médica; aumento substancial em fiscalizações; crescimento da quantidade de eventos realizados; elaboração do Banco de Dados; ampliação da biblioteca, que é hoje uma das maiores do país em Bioética, com um acervo de mais de 2.155 publicações na área médica; desenvolvimento de fóruns de debates, em conjunto com a APM e o Simesp; criação da Federação Estadual das entidades médicas; reuniões regulares com diretores clínicos e comissões de ética médica; e capacitação das comissões de ética promovida pelo Centro de Bioética, dentre outras.
Portanto, se até 1993 havia uma atividade quase que exclusivamente interna de apuração de denúncias, julgamentos e respostas a consultas, nesses últimos 17 anos, além de se dedicar três vezes mais a essas áreas,¬ o Cremesp vem exercendo seu papel de regulador da atividade médica de forma ainda mais intensa, expandindo seu leque de ações por meio da prestação de novos serviços à sociedade em geral e aos médicos em particular.