CAPA
EDITORIAL (JC pág. 2)
Acompanhe uma rápida retrospectiva das realizações do Cremesp durante a gestão 2003-2008
ENTREVISTA (JC pág. 3)
Em entrevista exclusiva, a cirurgiã Angelita Habr-Gama alerta para a importância da prevenção do câncer colorretal
GERAL 1 (JC pág. 4)
Pesquisa realizada pelo Cremesp comprova a desvalorização do salário médico também nas cidades do interior paulista
GERAL 2 (JC pág. 5)
Veja o que dizem os sindicalistas sobre a pesquisa do Cremesp relacionada aos salários dos médicos do interior do Estado
BALANÇO 1 (JC pág. 6)
Conselheiros da gestão 2003-2008 apresentam resultados do trabalho realizado em 5 anos
BALANÇO 2 (JC pág. 7)
Ao longo desta gestão foram realizados eventos de grande interesse para a classe, além de homenagens aos médicos do Estado com mais de 50 anos de profissão
BALANÇO 3 (JC pág. 8)
Preservar a qualidade do ensino médico esteve entre as principais ações dos diretores desta gestão
BALANÇO 4 (JC pág. 9)
Cremesp disponibiliza aos médicos do Estado informações científicas de qualidade, com a criação do site Medicina em Evidência
BALANÇO 5 (JC pág. 10/11)
CBHPM, Ato Médico, Pacto pela Saúde, Defesa do SUS: estas são apenas algumas das ações nas quais este Conselho empenhou-se ativamente pela classe médica e pela sociedade
BALANÇO 6 (JC pág. 12/13)
Atual gestão otimizou as lutas da classe médica em prol de melhores condições de trabalho, para o atendimento na Saúde com qualidade e dignidade
BALANÇO 7 (JC pág. 14/15)
A área Administrativa e Judicante, e o Depto de Comunicação, representaram pontos fortes de transformações que beneficiaram os médicos no acesso à informação e serviços eletrônicos
ATIVIDADES 1 (JC pág. 16)
Centenas de médicos participaram do Programa de Educação Médica Continuada do Cremesp, na capital e no interior
ATIVIDADES 2 (JC pág. 17)
Conselho faz a entrega das primeiras novas cédulas de identidade médica
ATIVIDADES 3 (JC pág. 18)
A quarta edição do Exame do Cremesp já está recebendo inscrições de sextanistas e recém-formados em Medicina de todo o país (exceto do Estado do Espírito Santo)
ALERTA ÉTICO (pág. 19)
Cirurgia plástica e estética: tire suas dúvidas sobre especificidades associadas aos procedimentos médicos, em questões especialmente selecionadas pelo nosso Centro de Bioética
GALERIA DE FOTOS
EDITORIAL (JC pág. 2)
Acompanhe uma rápida retrospectiva das realizações do Cremesp durante a gestão 2003-2008
Trabalho realizado teve como alvo
a classe médica e a sociedade
Realizações decorreram do esforço de um grande número de médicos que se incorporaram à instituição e cumpriram o compromisso de zelar pelo perfeito desempenho ético da Medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão
O Jornal do Cremesp – órgão oficial da instituição – tem a função de atender à obrigação de dar publicidade aos atos da administração do Cremesp, uma autarquia federal. Ao final de cinco anos de gestão, os delegados, membros de Câmaras Técnicas e conselheiros eleitos em 2003 divulgam o trabalho realizado em prol da sociedade e da classe médica, alvos da atenção dos Conselhos Regionais de Medicina.
O trabalho foi árduo, difícil e não faltaram obstáculos. As realizações decorreram do esforço de um grande número de médicos que se incorporaram à instituição e cumpriram o compromisso de “zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da Medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente”.
O êxito nas ações do Cremesp se deu graças ao empenho e à dedicação do corpo de conselheiros, mas, também e, principalmente, da mobilização e participação de todos os membros da classe.
A união das entidades – Conselho Regional de Medicina, Academia de Medicina de São Paulo, Associação Paulista de Medicina e Sindicato dos Médicos – constituiu um importante avanço na condução harmoniosa dos problemas que afetam a categoria.
A educação médica continuada para os profissionais não especializados, a moratória de dez anos e a adoção de critérios rígidos na abertura de escolas de medicina, a fiscalização e a acreditação nas faculdades já existentes, o financiamento do SUS, a carreira de Estado para o médico do serviço público e a aplicação da CBHPM foram projetos do conjunto das entidades médicas.
O relacionamento entre o Cremesp, o Ministério Público, o Poder Judiciário, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a Unidade de Álcool e Drogas (Uniad) da Unifesp, as Câmaras Municipais, as Comissões Parlamentares da Saúde e várias outras instituições, além dos termos de cooperação firmados, foram essenciais para a execução de projetos de interesse dos médicos e da sociedade.
As Comissões de Ética – representações locais do Conselho – receberam permanente orientação, de modo a exercerem suas competências com eficácia, independência e agilidade. A partir da realização dos cursos de capacitação destas comissões, a aproximação do médico com sua Comissão de Ética e destas com o Conselho tem se aprimorado sobremaneira.
Outra importante iniciativa da gestão 2003-2008 foi a reforma administrativa do Conselho, visando garantir um perfeito equilíbrio de receitas e despesas, sem sobrecarregar as anuidades dos médicos e das empresas médicas, mas, melhorando a qualidade e a agilidade dos serviços prestados.
A atualização da Lei de Criação dos Conselhos (3.268/1957), cuja iniciativa depende do Poder Executivo e da aprovação pelo Congresso Nacional, deve ser uma meta prioritária a ser tratada no próximo quinqüênio, visto que irá possibilitar a modernização, a eficácia e a eficiência da entidade, com o amparo legal que se impõe. Os 50 anos decorridos desde a promulgação daquela lei tornaram-na arcaica e ineficiente nos grandes Estados e, notadamente em São Paulo, que concentra um terço dos médicos do Brasil. O número reduzido de conselheiros impõe uma carga de trabalho imensa e que não se esgota com a valiosa e indispensável colaboração dos delegados e membros de Câmaras Técnicas.
Os problemas da classe médica são numerosos e complexos. Muitas vezes se confundem com as questões de saúde pública e de decisão política dos governantes. O enfrentamento exige persistência e conhecimento por parte das lideranças, bem como da mobilização e da participação de cada médico. As ações devem ser desenvolvidas por meio de projetos coletivos, distantes de interesses pessoais ou de grupos. O avanço é lento e custoso. Não existem soluções fáceis e nem mágicas.
Henrique Carlos Gonçalves
Presidente do Cremesp