Data: 04/11/2005 Relatório: Os Médicos e os Meios de Comunicação Abertura – Gabriel David Hushi Editorial de Joseval Peixoto (novembro de 2004) Fabiane Leite (Folha de S.Paulo) 1) A área da saúde é uma das que mais oferece pauta aos jornalistas. 2) Citou a assessoria de imprensa da UNIFESP como facilitadora ao contato do jornal com os médicos. 3) Menciona também outras assessorias de imprensa de hospitais e até de médicos, individualmente. 4) Os grandes laboratórios farmacêuticos têm suas grandes assessorias de imprensa. Neste caso tem havido muito cuidado para não haver propaganda de medicamentos. 5) Avalia que há um certo temor dos médicos em se expor quando se trata de políticas públicas. Aqui, a consideração é que lamentavelmente o médico vê o papel do jornalista colhendo sua opinião com temor e receio. 6) Considera que freqüentemente o médico tem dificuldade para se expressar em matéria de utilidade pública numa linguagem mais clara para a população leiga. Izilda Alves (Jovem Pan) 1) Sente-se enaltecida por estar sendo ouvida e participando deste debate com os médicos. 2) Compara a ação dos médicos com os dos sacerdotes e todas as peculiares observações éticas. 3) Relata que todos os dias conversa com médicos, encontrando informações úteis à sociedade. 4) Refere-se à Campanha Não às Drogas como de cunho social ao longo de 4 anos. 5) Refere que o jornalista tem que estar atento à precisão das notícias. 6) Refere que nunca tem problemas de conflitos com os médicos. 7) Refere que o jornalista se faz na prática, aprendendo como conseguir as melhores fontes. 8) Homenageia o Prof. Osvaldo Gianotti que a estimulou à especialização no jornalismo voltado à saúde. Cilene Pereira (Revista Isto É) 1) Constata que tem havido grande aprimoramento do jornalista com o médico. 2) Refere que “as capas mais vendedoras da revista” são as capas da saúde. 3) Refere dificuldades em variar as fontes uma vez que os médicos freqüentemente têm dificuldades em prestar informações técnicas. 4) Refere maior facilidade de conseguir informações na UNIFESP, pois há uma estrutura de imprensa maior. 5) Como jornalista, sente-se em um período delicado em relação a divulgar as eficácias de medicamentos em confronto com o que se tem divulgado quanto à credibilidade da pesquisa em drogas. 6) Acredita ser imprescindível que se aperfeiçoe a comunicação social entre médicos e jornalistas. Isabel Vasconcelos (Rede Mulher) 1) Considera os médicos ótimos. 2) Considera seu trabalho mais fácil que o das outras jornalistas da mesa, pois faz TV levando informação de saúde. 3) Relata que o CREMESP, um dia já a contestou, pois argumentava que seu programa promovia médicos. 4) Considera que hoje os médicos são presença obrigatória na TV. 5) Sua preocupação como comunicadora é levar informação de saúde. 6) Critica a veiculação de detalhes de doenças em detrimento de informações de saúde, tais como hábitos e prevenção. Gabriel Hushi parabeniza as jornalistas presentes. Inscritos: Antonio Pinheiro – parabeniza a mesa. Refere a assessoria de imprensa dos cirurgiões plásticos que os promovem, inclusive em festas, prometendo resultados. Isac Jorge – agradece a presença das quatro jornalistas, enaltecendo o respeito que demonstraram aos médicos. Refere que os Conselhos de Medicina são órgãos isentos, sem conflitos de interesses, representando parceiros (fontes) ideais de informações. Henrique Carlos – fala sobre o sigilo profissional (tanto do médico como dos Conselhos) e sobre o sigilo processual contido na Lei dos Conselhos. Mesa Cilene e Isabel se manifestam e respondem. Cilene refere que freqüentemente há dificuldade em se conseguir “o personagem” paciente dificultando a finalidade da matéria no que diz respeito ao leitor identificar-se. Fabiana retruca o sigilo processual, pois a população “tem que saber com que médico está lidando”. Izilda fala sobre assunto de interesse público em comparação com a necessidade do sigilo processual. Refere que há algum impedimento do código em esclarecer a opinião pública pelo sigilo. Eliane (MG) – fala também sobre o sigilo e acha que os Conselhos devem refletir sobre a questão do sigilo. Renato Azevedo – retrata as dificuldades da relação dos médicos com os jornalistas. Bráulio – fala sobre o grande marketing da indústria em promover seus produtos. Fala sobre a relatividade das novas informações que são levadas à opinião pública sem grandes comprovações estatísticas. Fala sobre os conflitos de interesses. Mesa Izilda refere que na Joven Pan a direção não influencia a fidelidade da notícia, referindo nunca ter sido censurada na rádio. Fabiane reitera a necessidade do aprimoramento das relações. Isabel novamente fala sobre os conflitos de interesse e que isso deveria ser mais debatido em público. Cilene pensa da mesma forma. Renato Silva – Coloca à disposição as Assessorias de Imprensa de todas as Faculdades. João Ladislau – Fala sobre a necessidade do direito de resposta. Desiré Callegari – Fala sobre os perigos da edição das matérias. Lavínio - refere a preocupação quanto a ritos sumários de julgamentos, com o risco de “condenar” inocentes. Refere as cassações de médicos executados pelos Conselhos. Salim – mais uma vez lembra as dificuldades referentes às relações do médico e imprensa. Propõe que imprensa e Conselhos se irmanem para proteger a sociedade. Henrique Carlos – colocações finais. O sigilo não está só nos códigos, na verdade está positivado na Lei dos Conselhos. Dá ênfase ao sigilo processual e profissional. Considerações finais da Mesa, com Izilda, Fabiane, Cilene, Isabel Clóvis Francisco Constantino Relator |